da Efe, em Guanajuato
O cineasta americano Tim Burton (responsável por filmes como "Edward Mãos de tesoura" e "A Noiva-Cadáver") confessou hoje no México que tem medo de muitas coisas, como a Polícia, os palhaços, e "a vida real", mas não se incomoda com a morte.
Burton, que na véspera visitou o museu das múmias na cidade mexicana de Guanajuato, onde participou de um festival de cinema de curtas-metragens que termina hoje, disse em entrevista coletiva que se sente atraído pelo culto mexicano à morte.
"Sou encantado com a cultura que os mexicanos têm, porque é um reflexo de como se pode abordar a morte, e isso acontece porque existe muita imaginação. Essa visão me interessa muito, assim como sua perspectiva obscura", acrescentou.
O cineasta americano disse que sente admiração pela idéia de ver a morte mais realista e de não sentir temor em relação aos mortos.
"Na verdade, acho que ficarei aqui como uma múmia", brincou Burton em relação a sua visita ao museu das múmias de Guanajuato.
"Tenho medo de palhaços, daquelas pessoas que ficam imóveis nas ruas (estátuas vivas), dos policiais, de me cortar e de muitas coisas. Tenho medo da vida real", disse.
Sobre o fato de ser conhecido por incluir personagens "estranhos" em seus filmes, o cineasta comentou que a sociedade é a grande responsável por rotular as pessoas.
"A sociedade em geral rotula as pessoas e é isso que nos faz pensar que as pessoas são diferentes, e por isso eu gosto desses personagens, porque representam o modo em que a sociedade trata as pessoas", afirmou.
Tim Burton disse ainda que ele é como seus personagens e, por isso, gosta deles, porque também é calado e introspectivo.
quarta-feira, agosto 29, 2007
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