sábado, dezembro 31, 2005

Fix You - Coldplay

When you try your best but you don't succeed
When you get what you want but not what you need
When you feel so tired but you can't sleep
Stuck in reverse

And the tears come streaming down your face
When you lose something you can't replace
When you love someone but it goes to waste
could it be worse?

Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try to fix you

And high up above or down below
When you're too in love to let it go
But if you never try you'll never know
Just what you're worth

Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try to fix you

Tears stream down on your face
When you lose something you cannot replace
Tears stream down your face
And I

Tears stream down on your face
I promise you I will learn from my mistakes
Tears stream down your face
And I

Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try to fix you.

quinta-feira, dezembro 29, 2005

Banda homenageia brasileiro morto no metrô de Londres

LÚCIO RIBEIRO
Colunista da Folha de S. Paulo

O prolífico rock inglês deixa 2005 para trás suspirando com ares apaixonados por mais uma banda de sua nova safra, o "diferente" quarteto de Londres chamado Guillemots, um dos mais cintilantes nomes das listas de "fique de olho em 2006" que circulam neste final de ano.

O "diferente" diz respeito ao Brasil: o guitarrista tem o improvável nome de Magrão, e o Guillemots já virou a grande aposta por causa do recém-lançado single "Trains to Brazil", homenagem ao mineiro Jean Charles de Menezes, que foi morto em julho em um trem do metrô de Londres pela polícia inglesa, fruto do "combate ao terrorismo". "Trains to Brazil" foi lançado como single no último dia 5 e se encontra em alta rotação nas rádios inglesas. O vídeo da música está entre os mais pedidos da MTV2 européia.

"Na verdade, 'Trains to Brazil' não foi composta para retratar o incidente com o brasileiro", disse Magrão, ou MC Lord Magrão, em entrevista à Folha. "A gente estava gravando a música quando tudo aconteceu, e todo mundo ficou mal por causa da história. Como a música fala de bomba e tem uma linha forte que diz 'Quanto tempo vai levar para que eles nos explodam', achei uma trilha sonora perfeita para a merda que estava acontecendo. A música foi composta pelo vocalista há três anos e tinha outro nome. Pedi para ele mudar, como uma homenagem, e ele deixou", falou Magrão, que até 2000 vivia na zona leste de SP.

O Guillemots foi formado no ano passado e surgiu forte na cena neste ano, quando em setembro lançou o EP "I Saw Such Things in My Sleep", pelo pequeno selo Fantastic Plastic. Aí começou a correria de gravadoras atrás da banda, querendo fechar contrato com os responsáveis pela linda música "Made Up Love Song # 43", que estava tocando bastante nas rádios.

"Foi uma coisa sem noção. Até o ano passado eu não conseguia achar uma banda para tocar. Agora eu me vejo na TV, me ouço no rádio, meus shows lotam e várias gravadoras estão atrás de nós", diz Magrão, que não quer dar seu nome verdadeiro. "Não precisa."

Magrão conta que saiu da ZL paulistana para Londres por volta de 2000, para tentar viver de música na Inglaterra. "Mas não tinha como. Meu estilo é mais experimental, ruídos. Nada pop. Aqui é difícil. Então já estava com tudo pronto para procurar a sorte em Berlim. Aí resolvi responder um último anúncio de um cara procurando banda, nos classificados do 'New Musical Express'", conta o guitarrista. "Pedia alguém para uma banda de rock, que não precisava tocar muito, mas ter estilo e ser criativo. Respondi dizendo que tirava som até de máquina de escrever. Assim conheci o Fyfe."

O Guillemots é uma miscelânea. Além do brasileiro MC Lord Magrão na guitarra, tem o fundador e vocalista inglês Fyfe Dangerfield, a contrabaixista canadense Aristazabal Hawkes e o baterista escocês Rica Caol. A banda acaba de assinar contrato com a Polydor, braço do gigante conglomerado Universal Music. "Estamos assinados, mas com os pés no chão. Temos que ir devagar."

No futuro próximo, a banda tem shows marcados para EUA e Japão, além de convites antecipados para participar de vários festivais de verão europeus. E as gravações do primeiro disco, que devem começar logo nos primeiros meses de 2006.

No CD, além do "hit" "Trains to Brazil", deve ter ainda uma linda canção chamada "São Paulo", que costuma fechar os já famosos shows da banda na Inglaterra. "Essa saiu de um improviso, depois de uma conversa nossa sobre o dia-a-dia numa cidade grande, cada um de um lugar, com sua experiência. Aí ela ficou com a cara de São Paulo."

O ano de 2006 promete ser bom para o grupo de Magrão. Para garantir, sua banda deve entrar no ano novo segurando nas mãos um exemplar da importante revista "Mojo", que diz: "Guillemots, a mais notável banda do Reino Unido hoje".

dicionário

acostumar

{verbete}
Datação
1255 cf. IVPM

Acepções
? verbo
transitivo direto, transitivo indireto, bitransitivo e pronominal
1 fazer agir ou agir de determinada maneira, com regularidade ou freqüência
Ex.:
transitivo indireto, bitransitivo e pronominal
2 tornar familiar a (alguém ou si próprio), pelo uso, pela experiência ou pelo contato; habituar(-se), afazer(-se)
Ex.:
bitransitivo e pronominal
3 adaptar(-se), como reação ou resposta a estímulos externos, condições ambientais e esp. pela repetição
Ex.:


Etimologia
a- + 1costume + -ar; ver costum-; f.hist. 1255 acostumear, sXIII acostumar, sXIV acustumar

Sinônimos
ver sinonímia de aclimar, habituar e treinar

Antônimos
desacostumar, desafazer; ver tb. antonímia de habituar

dicionário

costume

{verbete}
Datação
1262 cf. IVPM

Acepções
? substantivo masculino
1 hábito, prática freqüente, regular
Ex.: tem o c. de caminhar ao fim do dia
2 modo de pensar e agir característico de pessoa, grupo social, povo, nação etc. na contemporaneidade ou numa determinada época (mais us. no pl.); comportamento
Ex.:
3 moda, indumentária adotada em determinada época por um grupo relativamente representativo de pessoas
Ex.: a atualidade inventou o c. da minissaia
4 Rubrica: religião.
conjunto de práticas, hábitos, não registrados, tomados como lei no judaísmo e propagados esp. pela força da tradição (mais us. no pl.)
5 característica singular, particularidade de alguma coisa; peculiaridade
Ex.: esse isqueiro tem o c. de apresentar uma chama muito alta
6 Regionalismo: Brasil. Uso: informal.
menstruação
7 Rubrica: termo jurídico.
jurisprudência que se fundamenta na prática, no uso em detrimento da lei escrita
8 Rubrica: termo jurídico.
relação pessoal que uma testemunha pode ter com aquele a respeito de quem vai depor
9 Diacronismo: antigo.
tributo pago regularmente na alfândega


Locuções
às de c.
Rubrica: termo jurídico.
às perguntas já previstas; às perguntas de praxe [Expressão empr. nos depoimentos para indicar as perguntas ordinárias que são feitas às testemunhas.]


Etimologia
lat.vulg. *co(n)stumìne de *co(n)suetúmen,mìnis, alt. panromânica do lat.cl. consuetúdo,ìnis 'costume, hábito, uso'; ver costum-; f.hist. 1262 custume, 1275 costume, 1296 costome, sXV coustume, sXV custue

Sinônimos
chara, costumeira, enga, estilo, formalidade, hábito, habitude, jeito, maneira, moda, modo, norma, prática, praxe, procedimento, regra, soeiras, tenência, usança, uso, vezo; ver tb. sinonímia de menstruação, prática e rotina

Antônimos
ver antonímia de prática e rotina

Homônimos
costume(fl.costumar)

dicionário

hábito

{verbete}
Datação
sXIII cf. FichIVPM

Acepções
? substantivo masculino
1 maneira usual de ser, fazer, sentir, individual ou coletivamente; costume, regra, modo
Ex.:
2 maneira permanente ou freqüente, regular ou esperada de agir, sentir, comportar-se; mania
Ex.: abandonar velhos h.
3 ação ou uso repetido que leva a um conhecimento ou prática
Ex.: o h. de escrever
4 Diacronismo: antigo.
vestuário, indumentária, trajo
Ex.: usava h. de luto
5 indumentária de um religioso ou religiosa
Ex.:
6 insígnia, distintivo de ordem religiosa ou militar
7 Diacronismo: antigo.
aparência exterior, figura; vulto
8 Rubrica: biologia.
conjunto das características físicas ou constituição geral de um organismo
Ex.:
9 Rubrica: mineralogia.
forma externa de um mineral


Locuções
de h.
de modo costumeiro, usualmente
deixar ou despir o h.
desistir do sacerdócio ou da vida conventual; lançar o hábito às ervas ou às urtigas
lançar o h. às ervas ou às urtigas
1 m.q. deixar o hábito
2 deixar sua posição social; libertar-se de peias
3 entregar-se à devassidão
por h.
sem refletir, maquinalmente
Ex.: respeitava-o mais por h. do que por uma obediência devida
tomar ou vestir o h.
ordenar-se padre, tornar-se monge ou monja, entrar para o convento
deixar ou despir o h.
desistir do sacerdócio ou da vida conventual; lançar o hábito às ervas ou às urtigas
lançar o h. às ervas ou às urtigas
1 m.q. deixar o hábito
2 deixar sua posição social; libertar-se de peias
3 entregar-se à devassidão
por h.
sem refletir, maquinalmente
Ex.: respeitava-o mais por h. do que por uma obediência devida
tomar ou vestir o h.
ordenar-se padre, tornar-se monge ou monja, entrar para o convento
lançar o h. às ervas ou às urtigas
1 m.q. deixar o hábito
2 deixar sua posição social; libertar-se de peias
3 entregar-se à devassidão
por h.
sem refletir, maquinalmente
Ex.: respeitava-o mais por h. do que por uma obediência devida
tomar ou vestir o h.
ordenar-se padre, tornar-se monge ou monja, entrar para o convento
por h.
sem refletir, maquinalmente
Ex.: respeitava-o mais por h. do que por uma obediência devida
tomar ou vestir o h.
ordenar-se padre, tornar-se monge ou monja, entrar para o convento
tomar ou vestir o h.
ordenar-se padre, tornar-se monge ou monja, entrar para o convento


Etimologia
lat. habìtus,ús 'estado (do corpo), compleição, modo de ser, estado, natureza, postura; exterior, aspecto; modo de vestir, traje; disposição (dos ânimos)'; ver hav-; f.hist. sXIII abito, sXV habito

Sinônimos
ver sinonímia de costume e prática

Antônimos
desuso; ver tb. antonímia de prática e rotina

Parônimos
abito(fl.abitar e s.m.)

dicionário

vacuidade
{verbete}
Datação
a1710 cf. MBFlos

Acepções
? substantivo feminino
1 estado, condição ou qualidade do que é ou está vazio ou praticamente vazio de matéria, conteúdo ou atividade; vazio, vaziez, vácuo
Ex.:
2 Derivação: sentido figurado.
vazio moral ou intelectual, vaziez de espírito, sensação de ausência de valor, de sentido em si ou fora de si
Ex.: a v. de uma alma
2.1 Derivação: por extensão de sentido.
falta de discernimento; imbecilidade, estupidez
Ex.: a v. da expressão de um oligofrênico
3 coisa vazia, destituída de espírito, de sentido
Ex.: conversas repletas de vacuidades
3.1 Derivação: por extensão de sentido.
ausência de modéstia, alta opinião de si mesmo; jactância, presunção, vaidade


Etimologia
lat. vacuìtas,átis 'vácuo, espaço vazio, interregno, isenção, ausência (de um mal)'; ver vacu-

Sinônimos
vacuidão, vaziez; ver tb. sinonímia de imodéstia e lacuna

Antônimos
ver sinonímia de austeridade

terça-feira, dezembro 27, 2005

Top francês e dupla britânica de breakbeat são atrações confirmadas para a agenda noturna do ano que vem

MÚSICA ELETRÔNICA

THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL


O 2006 do pop e do rock já está sendo desenhado, com Rolling Stones, U2, Madonna, System of a Down, Santana... Fora das guitarras, a eletrônica também movimenta a agenda do próximo ano.
O Skol Beats, que em 2005 reuniu 57 mil pessoas, já está com a data fechada: 13 de maio. Como no ano passado, sua estrutura utilizará terrenos do complexo do Anhembi e do parque da Aeronáutica, na zona norte de São Paulo. Dois nomes já estão fechados: a dupla britânica Plump DJs (o principal nome do breakbeat) e o holandês Armin van Buuren (trance). O canadense Tiga e a banda norte-americana de disco-punk LCD Soundsystem, a Folha apurou (a organização não confirma), foram convidados para preencher a escalação do evento.
Também como no ano passado, o festival será dividido em palco, três tendas e um trio elétrico. Há a idéia de acrescentar ao evento um espaço para música urbana (black music, rap etc.) e outro para o popularíssimo trance psicodélico, mas isso não está definido.
Ainda em festivais, o Motomix e o Nokia Trends vão ocorrer em 2006 e terão companhia do novo Campari Tecno. O primeiro terá início ainda no primeiro semestre, com uma espécie de seletiva para novos artistas, e culminará com festa em agosto. O segundo deve ocorrer em setembro, num único dia, com várias atrações.
Já o Campari Tecno acontece em 11 de fevereiro em um sítio na Grande São Paulo e trará pela primeira vez ao país o produtor holandês Speedy J., além do inglês Innigo Kennedy e do escocês Vince Watson. DJs nacionais completarão o line up -a marca de bebidas faz em 8 de abril a segunda edição de seu festival destinado ao rock, que terá os DJs franceses de electro Vitalic e David Carretta, além de bandas como Supergrass e Mission of Burma.
A movimentação dos clubes começa logo após o Réveillon. Para 6 de janeiro, o Lov.e negocia a apresentação de Luciano, chileno bem conhecido no minimal tecno. Já no dia seguinte, a corrente minimalista da eletrônica terá outro representante na cidade: o top alemão Michael Mayer, proprietário do importante selo Kompakt, que toca no D-Edge.
O clube da Barra Funda continua com a iniciativa de trazer DJs internacionais de nome: apenas em janeiro, abrirá espaço para a holandesa Isis van der Wel (ou 100% Isis), para o alemão DJ Hell, além de Crispin Dior e Mr. C (dono do clube londrino The End).
Após o Carnaval (que terá o alemão Ian Pooley), o clube fecha para uma reforma de ampliação de espaço. Na reabertura, provavelmente em 9 de março, fará uma grande festa, e o nome convidado será o top francês Laurent Garnier. Mais: Matthew Dear (fevereiro), Freeform Five, M.A.N.D.Y. (ambos em abril), The Glimmers, Trentemöller, o habilidoso alemão Koze e o escocês Ewan Pearson (maio) ganharão os pick-ups do D-Edge.
O tecno de estrutura minimal, gênero que atraiu inúmeros DJs e fãs para si em 2005, será apresentado no Lov.e pelas mãos de Steve Bug (13 de janeiro) e Richie Hawtin (21 de fevereiro). Além desses, o clube terá Cristian Varela (14/1), a festa Los Amigos, em que Marco Carola, Technasia e Christian Smith tocarão juntos (20/1), Misstress Barbara (28/1), Robert Natus e Tiefschwarz (fevereiro). Em 13 de março, o Lov.e abrirá as portas para o top inglês Dave Clarke.
Os belgas 2ManyDJs estão na mira tanto do clube paulistano quanto do festival Skol Beats.
A Circuito começa 2006 com o sérvio Marko Nastic, em 21 de janeiro. O núcleo continua o ano com Pascal F.E.O.S., Oscar Mulero, DJ Rush e os eslovenos Umek & Valentino Kanzyani. A SP Groove traz a São Paulo, em 24 de janeiro, o francês Olivier Giacomotto. No mesmo dia, o Manga Rosa terá o irlandês Phil Kieran.
Voltando um pouco: fevereiro, além do que está reservado aos clubes, pode guardar outra boa surpresa: o lendário grupo Sisters of Mercy negocia show no país. E o francês The Hacker, parceiro de Miss Kittin, vem em abril.
No litoral, o Sirena fará programação especial no Carnaval, com o alemão Sven Väth, a dupla Deep Dish e o inglês Fatboy Slim -este toca também num trio elétrico em Salvador. Antes, em 7 de janeiro, o clube de Maresias recebe o tecno do italiano Mauro Picotto.

Ópera
Saindo da eletrônica, a CIE, responsável pela vinda do guitarrista Santana em 15, 17 e 18 de março, trará a São Paulo as montagens alemãs das óperas "Carmina Burana" e "Aída". As peças, com mais de cem atores, serão apresentadas em uma semana cada uma, no Credicard Hall, em maio.

segunda-feira, dezembro 26, 2005

...Flávio Tonnetti

para Davi Roque

Enquanto preparava o meu solúvel
olhei pela janela
vi o céu

E eram tantas as estrelas entre as Três Marias
que ao invés de apagá-las, ressaltavam mais belas.

Lembrei dos dias em que eu só
tinha
os postes
da cidade amarela

Fiquei parado
Não pude tomar o solúvel.
Não imediatamente.

Fitei na janela, à comtemplar-me
e à noite
que luzia
por detrás dela.

Resgatada mulher seqüestrada após passar 21 anos em uma cova

Pequim, 26 dez (EFE).- Huang Peishu, uma mulher de 58 anos que foi seqüestrada e vendida como esposa, foi resgatada após viver 21 anos em uma cova na região autônoma da Mongólia Interior (norte da China), informa hoje a imprensa local.

A mulher, procedente de um povoado da província de Sichuan, foi raptada em 1982 e transferida a uma pequena aldeia da Mongólia Interior, onde foi vendida a um morador, Sun Runshan, por US$ 124.

No entanto, após a morte de seu filho recém-nascido, Huang enlouqueceu e se refugiou na cova, onde seu esposo a alimentou e abrigou durante todos os anos que durou o cativeiro.

A publicação de sua história nos meios de comunicação provocou a atuação das autoridades locais, que a internaram em um hospital, onde terá que passar pelo menos três meses.

O seqüestro e venda de jovens solteiras e bebês se multiplicou nos últimos tempos na China, sobretudo nas áreas rurais, e em 2004 a Polícia recuperou 9.000 mulheres e meninas das redes de tráfico de seres humanos.

As moças são normalmente raptadas para serem vendidas como esposas, embora muitas delas sejam forçadas a trabalhar como prostitutas ou permanecem cativas até que a família aceita pagar um resgate.

domingo, dezembro 25, 2005

MTV tira música de Bidê ou Balde da programação e é obrigada a exibir vídeo educativo.

da Redação

A MTV retirou de sua programação a música "E Por Que Não?", da banda Bidê ou Balde, em clipe ao vivo extraído do programa "Acústico Bandas Gaúchas", a pedido do Ministério Público Federal (MPF). A música, segundo o MPF, contém "menção indireta" a pedofilia e incesto, o que seria contrário ao Estatuto da Criança e do Adolescente.

"E Por Que Não?", que foi lançada originalmente em 2000, no disco "Se Sexo É o que Importa, Só o Rock É Sobre Amor", do Bidê ou Balde, traz versos como "Eu estou adorando ver a minha menina/com algumas colegas dela da escolinha/Eu estou apaixonado pela minha menina (...)" e "Teu sangue não é igual ao meu/teu nome não fui eu quem deu/te conheço desde que nasceu (...)".

Uma ação contra a veiculação da música rola desde junho de 2005. Em outubro, o pedido de sua suspensão de execução foi recusado. O MPF recorreu da decisão e, no início de dezembro, o recurso foi aceito.

Segundo informações do site "Consultor Jurídico", a 7ª Câmara Cível Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul reconheceu que a letra da música efetivamente tem "conteúdo que estimula e banaliza" a violência sexual contra crianças, o incesto e a pedofilia. Ficaram estabelecidas, entre outras medidas, uma multa para a comercialização da faixa em CDs e DVDs, e a obrigatoriedade de emissoras de rádio e TV informarem, antes da veiculação da música, que ela traz conteúdo que incita a violência contra menores.

A retirada da música da programação da MTV acontece após uma negociação entre o MPF, a emissora e a gravadora Sony/BMG --que lançou um DVD e um CD do programa que contêm a faixa "E Por Que Não?".

Nos discos, de que também participam Cachorro Grande, Ultramen e Wander Wildner, há outras quatro faixas do Bidê ou Balde: "Microondas", "Melissa", "Bromélias" e "Mesmo que Mude".

Pelo acordo, a gravadora se compromete a retirar a música "E Por Que Não?" de novas edições do CD e do DVD do show, e a MTV fica obrigada a editar uma nova versão do "Acústico Bandas Gaúchas", sem essa faixa, para exibições futuras. O programa já foi exibido seis vezes entre maio e junho de 2005.

Segundo notícia publicada no site do MPF na sexta (23), a emissora se compromete ainda a exibir 60 vezes em horários variados de sua programação, entre 2 de janeiro e 30 de março de 2006, o vídeo de 30 segundos "Exploração Sexual", da Coordenadoria Nacional do Programa de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Em novembro, após denúncia de homofobia contra o programa "Tarde Quente", do apresentador João Kleber, a Rede TV! foi obrigada a exibir programa semelhante sobre cidadania.

sexta-feira, dezembro 23, 2005

dicionário

entropia

{verbete}
Datação
1958 cf. AA

Acepções
? substantivo feminino
1 Rubrica: física.
num sistema termodinâmico bem definido e reversível, função de estado cuja variação infinitesimal é igual à razão entre o calor infinitesimal trocado com meio externo e a temperatura absoluta do sistema [símb.: S]
2 Rubrica: física.
num sistema físico, a medida da energia não disponível para a realização de trabalho
3 Derivação: por extensão de sentido. Rubrica: biologia.
medida da variação ou desordem em um sistema
4 Derivação: por extensão de sentido. Rubrica: comunicação.
medida da desordem ou da imprevisibilidade da informação


Locuções
e.negativa
Rubrica: biologia, comunicação, física.
m.q. neguentropia


Etimologia
ing. entropy (1875) VCI, acp. fís 'quantidade de energia ou calor que se perde num sistema físico ou termodinâmico quando ocorrem mudanças de um estado a outro desse sistema', donde, 'tendência ao estado de inércia, degradação, p.ext., desordem de um sistema'; do al. Entropie 'volta sobre si mesmo', voc. criado por Clausius em 1865; ocorre no ing. em 1868 e em 1875, como VCI, difundindo-se pelo fr. entropie, a partir de 1877; prende-se ao gr. entropê,ês 'ação de voltar(-se), mudança de disposição ou de sentimento, ação de ensimesmar-se'; ver entrop-

quinta-feira, dezembro 01, 2005

Com internet, independentes viram febre.

LÚCIO RIBEIRO
COLUNISTA DA FOLHA

Crise na indústria musical? Que crise? Quem tem ouvidos no som e olhos na tela do computador sabe que nunca a música viveu tempos tão vibrantes. Ninguém mais se espanta hoje se o pequeno grupo carioca ForFun ter em seu site tantas visitas únicas quanto a megabanda inglesa Oasis. Ninguém fala "Não acredito" quando ouve que o veterano grupo americano Pearl Jam só está tocando aqui nesta semana porque um grupo de fãs brasileiros armou o barraco virtual e mandou insistentes pedidos on-lines para o quarteto de Seattle descer à América do Sul pela primeira vez.
Quando em 1999 o programa de troca de músicas Napster tomou de assalto a indústria de entretenimento, estava anunciada a "sede oficial da revolução da nova música". Agora que 2005 está acabando, o programa MySpace está mais que consagrado como a "nova nova nova nova sede da revolução da nova música". Até que no ano que vem outro programa surja e faça o MySpace parecer tão antigo quanto um gramofone.
O MySpace, conhecido como o "Orkut dos Artistas" porque junta amizade, bandas e MP3s, assombra as inter-relações virtuais com o mundo real e faz de bandas como o grupelho inglês Arctic Monkeys os novos Beatles indies.
Há dois anos, o Arctic Monkeys fizeram umas musiquinhas no quarto de sua casa, em Sheffield. Sem ter coisa melhor que fazer, postaram em site, entraram no MySpace, fizeram novos amiguinhos na internet, anunciaram seus showzinhos em botecos.
Em outubro último, depois de lotar shows em Londres e Nova York sem ter nada lançado oficialmente, soltaram no mercado inglês um single, "I Bet that You Look Good on the Dancefloor". Foram direto para o primeiro lugar das paradas, desbancaram o popular e aparatado Sugababes do trono e fizeram pensar os caras que financiaram o terceiro álbum do Coldplay -como uma bandinha daquelas conseguiram o que o milionário grupo de Chris Martin, que gastou semanalmente cerca de R$ 200 mil de aluguel de estúdio para fazer o novo disco, não conseguiu?
No Brasil, o site TramaVirtual, braço "esperto" na internet da gravadora "convencional" Trama, uma espécie de MySpace com mais música e menos amizade, abriga bandas pequenas sem contrato e também cria aqui seus mitos modernos. O exemplo reluzente é o paulistano Cansei de Ser Sexy, que graças a ações na internet já tocou em megafestival e ganhou página de destaque no jornal britânico "The Observer".
Os sucessos de MySpace e TramaVirtual é tamanho que os sites já lançam CDs "reais" no mercado de discos. Como disse o título de reportagem recente do diário inglês "Guardian", "Click your mouse and say "Yeah'!".

Grupo faz show após buscar destaque na cena inglesa

Banda sorocabana Wry retorna com status "internacional" ao Brasil

COLUNISTA DA FOLHA

O bar Funhouse recebe hoje a banda "inglesa" Wry. Até pouco mais de dois anos atrás, o Wry seria anunciado como uma banda de Sorocaba, de certo destaque na rota alternativa nacional. Mas, depois de uma temporada em Londres entre trabalhos chatos de imigrantes e atuante intromissão na pulsante cena musical da Inglaterra, o hoje encorpado e experiente Wry faz por onde ser chamado de "mais uma atração musical" no supersemestre de shows.
A apresentação faz parte da turnê "Wry em Chamas no Brasil", que percorre 16 cidades e só termina 18 de dezembro em Aracaju. O nome da tour tem a ver com o CD "Flames in the Head", que está sendo lançado.
O álbum foi inteiro gravado em Londres e tem dedo na produção de Gordon Raphael, que já trabalhou com os Strokes. O estúdio usado foi o mesmo onde bandas como Futureheads e Razorlight, destaques do novo rock inglês, gravaram seus discos. O líder do grupo irlandês Ash, Tim Wheeler, produziu três faixas. Cópias do single "Come and Fall" estão na destacada loja Rough Trade.
"Flames..." deve ter distribuição na Inglaterra. A banda paulista negocia, via seu empresário, o americano Tom O'Connor, com a gravadora Fierce Panda, importante na cena independente britânica. O lançamento inglês, do álbum ou, mais provavelmente, de um single, traria na carona uma turnê pela Inglaterra.
Mario Bross, guitarrista e vocalista do Wry, comanda duas noites de rock em Londres, a Goonite (quartas, no Buffalo Bar) e a Take Me to the Other Side (mensal, sexta, no importante clube Garage).
"Tenho mais alguns convites para promover outros lugares. Aos poucos estamos criando uma identidade forte do Wry com Londres. Já temos um público por lá. Às vezes estou na porta do clube ou na cabine de DJ e vem um e diz "Você é do Wry, não?'", diz o vocalista. "Desde março de 2003, quando entramos nesse circuito difícil londrino, temos nos dado bem. Estamos fazendo nosso nome por lá e construindo uma história aproveitando o bom momento da cena inglesa de bandas novas. Estamos vivendo o melhor tempo de nossas vidas. Meu sonho é colocar o indie brasileiro no mapa mundial. Quem sabe eu consiga." (LÚCIO RIBEIRO)

Wry
Quando: hoje (a casa abre às 23h)
Onde: Funhouse (r. Bela Cintra, 567, Consolação, tel. 3259-3793)
Quanto: R$ 12