domingo, dezembro 03, 2006

Outras mostras na área cultural recebem menos incentivo fiscal

DA REPORTAGEM LOCAL

O Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo, o maior do gênero no país, custou R$ 1,4 milhão neste ano. Pela Lei Rouanet, captou R$ 900 mil do R$ 1,4 milhão autorizado -pouco mais da metade dos R$ 2,6 milhões autorizados pelo MinC à Motorola.
Apresentado por dez dias e com itinerância em mais quatro cidades, o festival paulista exibiu 400 filmes para mais de 30 mil pessoas com entrada franca. "Não chega a ser um ótimo negócio, mas ninguém trabalha de graça", afirma Zita Carvalhosa, organizadora da mostra sobre os valores gastos.
Outro evento de grande porte da área, o Festival Internacional de Cinema do Rio, teve R$ 2,4 milhões (menos que o da Motorola) autorizados para captação neste ano, segundo Vilma Lustosa, diretora de marketing do festival.
Foram exibidos 400 filmes durante 15 dias em mais de 30 locais. Lustosa considerou "elevado" o gasto do Motomix.
Há alguns meses, o MinC autorizou um incentivo fiscal de R$ 9,4 milhões para que a mexicana CIE (Corporação Interamericana de Entretenimento) trouxesse ao Brasil a trupe canadense Cirque du Soleil.
Apesar dos incentivos, os ingressos para espetáculo foram vendidos entre R$ 50 (meia-entrada) e R$ 370 (VIPs).
A operação foi feita por meio da Lei Rouanet, criada em 1991 para que empresas e pessoas físicas incentivem a cultura destinando parte de seus impostos a esse tipo de atividade.
Em abril, quando o caso veio a público pela Folha, o MinC exigiu um plano para que parte dos ingressos fosse mais acessível ou gratuita. A resposta foi considerada insatisfatória, e um novo incentivo para o espetáculo acabou negado.

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