Como você leu em outras páginas deste Folhateen, os shows gringos estão bombando neste segundo semestre aqui no Brasil. E o tiozinho que escreve estas linhas gostaria de dar um conselho. Junte uma grana e vá a pelo menos um. Banda ao vivo é o que há. Uma emoção que simplesmente não se pode capturar em disco.
Ás vezes, um grupo meia boca vira outra coisa no palco. Lembro de um caso assim. Os Smoking Popes -americanos dos anos 90, bem na cola dos Smiths. No CD, eram só isso, uns Smiths classe B. Ao vivo, transformavam-se numa bandaça.
Outros grupos soam melhor em disco, caso dos Strokes. Mesmo nessas situações, vale ir ao show, ver os caras tocando aquelas notas, suando, cometendo erros, tentando (ou não) contagiar a platéia.
Eu gosto principalmente de conferir, ao vivo, bandas que fazem músicas complexas e usam arranjos sofisticados, tipo Radiohead e Mercury Rev. É demais perceber como bandas assim resolvem seu som ao vivo -seja simplificando os arranjos, seja desdobrando-se para tocar como no disco. Ou, ainda, mantendo a complexidade, mas com muito mais energia no palco do que em disco (o que é exatamente o caso de Radiohead e Mercury Rev).
Para a gente, aqui no Brasil, shows estrangeiros têm um significado especial. São eventos sociais e geram notícia. Transformam-se em experiências de uma vida, histórias a serem contada por muitos e muitos anos.
Nos EUA e na Europa, o papo é outro. Tem mais show do que chuchu na serra, e essa aura especial, essa aura de grande evento, não existe. Qualquer cara de 15, 16 anos, desde que não more num fim de mundo, já viu todas as bandas de que mais gosta.
Uma cidade como San Francisco (750 mil habitantes, menor do que Campinas) tem, sem exagero, mais concertos em uma semana do que, num ano, a gente vê em São Paulo (a cidade brasileira onde mais shows estrangeiros rolam).
Outra coisa que pega por aqui é o preço dos ingressos. Se forem convertidos para dólar, até que não são tão caros. Mas, para o padrão brasileiro, custam um absurdo. Ingresso que vale meio salário mínimo é coisa comum -o que ajuda a aumentar a sensação de que shows são eventos especialíssimos.
Prós e contras apresentados, agora é com você. Ir ou não ir, eis a questão.
Ás vezes, um grupo meia boca vira outra coisa no palco. Lembro de um caso assim. Os Smoking Popes -americanos dos anos 90, bem na cola dos Smiths. No CD, eram só isso, uns Smiths classe B. Ao vivo, transformavam-se numa bandaça.
Outros grupos soam melhor em disco, caso dos Strokes. Mesmo nessas situações, vale ir ao show, ver os caras tocando aquelas notas, suando, cometendo erros, tentando (ou não) contagiar a platéia.
Eu gosto principalmente de conferir, ao vivo, bandas que fazem músicas complexas e usam arranjos sofisticados, tipo Radiohead e Mercury Rev. É demais perceber como bandas assim resolvem seu som ao vivo -seja simplificando os arranjos, seja desdobrando-se para tocar como no disco. Ou, ainda, mantendo a complexidade, mas com muito mais energia no palco do que em disco (o que é exatamente o caso de Radiohead e Mercury Rev).
Para a gente, aqui no Brasil, shows estrangeiros têm um significado especial. São eventos sociais e geram notícia. Transformam-se em experiências de uma vida, histórias a serem contada por muitos e muitos anos.
Nos EUA e na Europa, o papo é outro. Tem mais show do que chuchu na serra, e essa aura especial, essa aura de grande evento, não existe. Qualquer cara de 15, 16 anos, desde que não more num fim de mundo, já viu todas as bandas de que mais gosta.
Uma cidade como San Francisco (750 mil habitantes, menor do que Campinas) tem, sem exagero, mais concertos em uma semana do que, num ano, a gente vê em São Paulo (a cidade brasileira onde mais shows estrangeiros rolam).
Outra coisa que pega por aqui é o preço dos ingressos. Se forem convertidos para dólar, até que não são tão caros. Mas, para o padrão brasileiro, custam um absurdo. Ingresso que vale meio salário mínimo é coisa comum -o que ajuda a aumentar a sensação de que shows são eventos especialíssimos.
Prós e contras apresentados, agora é com você. Ir ou não ir, eis a questão.
PLAY - "Our Shadows Will Remain", Joseph Arthur
Canções aparentemente simples, que quase sempre têm um subtexto sombrio. É bola dentro.
PAUSE - "The Back Room", Editors
Promovido de "eject" a "pause", mas não passa disso. O vocal parece Joy Divison, a grandiosidade é do Coldplay.
EJECT - "Emoh", Lou Barlow
O grande Lou Barlow (ex-Dinosaur Jr., Sebadoh e Folk Implosion) lança gravações de clima caseiro. "Emoh" é "home" ao contrário, entendeu? Eu não entendi.
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