Washington, 10 jan (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, admitiu hoje que se houve erros no passado na estratégia americana no Iraque e assegurou que nesses casos "a responsabilidade é do presidente".
Em seu discurso à nação para explicar a nova estratégia no conflito, Bush afirmou que "a situação no Iraque é inaceitável para os americanos" e para ele próprio.
O presidente disse que "a prioridade mais urgente para o sucesso no Iraque é a segurança, especialmente em Bagdá". Ele anunciou como ponto principal de sua estratégia o envio de 21.500 soldados. A maior parte ficará na capital iraquiana, e 4 mil vão para a província de al-Anbar, considerada o principal reduto da rede Al Qaeda no país.
A violência entre comunidades "está dividindo Bagdá em enclaves sectários e minando a confiança de todos os iraquianos", disse Bush, na biblioteca da Casa Branca, em discurso retransmitido pelos canais mais importantes dos EUA.
Além disso, as tropas iraquianas aumentarão sua presença e mais soldados americanos serão incorporados a unidades iraquianas, para acelerar a formação dos soldados locais.
Bush afirmou que interromperá o "fluxo de apoio" que, segundo ele, os insurgentes e terroristas recebem do Irã e da Síria para atacar as tropas americanas.
O presidente americano também afirmou que os países árabes "devem entender que uma derrota americana no Iraque criaria um novo santuário para os extremistas e uma ameaça estratégica à sobrevivência" dos regimes da região.
Bush reconheceu como erro na estratégia seguida nos três anos e meio de conflito se encontra o fato de que em Bagdá "não houve tropas iraquianas nem americanas em número suficiente para proteger os bairros ocupados por terroristas e insurgentes".
Até agora, o presidente tinha sustentado que o número de soldados americanos no Iraque era o suficiente para a missão.
Em seu discurso, Bush disse que deixou claro para o primeiro-ministro Nouri al-Maliki e outros líderes no Iraque que "o compromisso dos Estados Unidos não é eterno".
"Se o Governo do Iraque não cumprir as suas promessas, perderá o apoio do povo americano e do iraquiano também. Chegou o momento de atuar", insistiu.
O presidente reconheceu que por enquanto a violência e as bombas vão continuar. Mas prometeu que com o tempo será possível esperar que "as tropas iraquianas capturem os assassinos e haja menos atos de ousadia terrorista".
"A vitória não será como as que nossos pais e nossos avós conquistaram" e um Iraque democrático "não será perfeito", reconheceu. "Mas será um país que lutará contra o terrorismo, em lugar de apoiar os terroristas, e ajudará a trazer um futuro de paz e segurança", disse.
quinta-feira, janeiro 11, 2007
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