terça-feira, janeiro 23, 2007

Livro reconta a história sob a ótica iconoclasta

ALEXANDRE MATIAS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A expressão "contracultura" nos remete aos anos 60 de passeatas, hippies, drogas, rock sério e sexo livre, tempos de transição entre o Technicolor da psicodelia e o vermelho-e-preto de maio de 68. Essa lembrança desdobra-se mais adiante nos pais e filhos dessa geração clássica. Antes, os "beats", o jazz e o blues, James Joyce e os xamãs; e, depois, a cultura rave, clubber, nerd e geek, o hip hop e o ativismo político eletrônico.
"Contracultura Através dos Tempos" amplia ainda mais esse escopo e reconta a história da humanidade do ponto de vista da quebra dos valores tradicionais e do espírito inquieto das épocas de mudanças. O livro (assinado pelo nome de batismo -Ken Goffman- do ativista e escritor R.U. Sirius) determina um Prometeu hedonista e um Abraão iconoclasta como pais dessa cultura da mudança. Judaísmo, a Paris do século 19, Thoreau e Whitman, trovadores medievais, taoísmo, zen e sufismo, Sócrates e o iluminismo apontam para a acid house, a internet, o ambientalismo e a Nova Esquerda, numa árvore genealógica dessa história paralela.

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