quinta-feira, outubro 27, 2005

Editores do best-seller "Código Da Vinci" vão a julgamento por plágio


LONDRES (Reuters) - Dois historiadores entraram com uma ação judicial contra os editores de "O Código Da Vinci", o best-seller de Dan Brown, em um julgamento que deverá começar no início do ano que vem, segundo disseram advogados na quinta-feira.

Richard Leigh e Michael Baigent estão processando a Random House por roubar "toda a arquitetura" da pesquisa incluída no livro de não-ficção escrito por eles em "The Holy Blood, and the Holy Grail", de 1982.

Advogados de ambos os lados se encontraram na quinta-feira para acertar detalhes técnicos e disseram que a data do julgamento foi marcada para 27 de fevereiro.

Eles não quiseram comentar sobre como o julgamento poderá afetar as vendas do romance ou a distribuição de uma adaptação de Hollywood que a Sony Pictures pretende lançar em maio próximo.

A Random House disse que uma parte "substancial" da acusação de Baigent e Leigh foi retirada como resultado das discussões de quinta-feira e acrescentaram em uma declaração:

"A Random House está muito satisfeita com esse resultado, que reforça a sua afirmação de longa data de que essa é uma alegação sem mérito."

Uma porta-voz de Leigh disse que ele pretende manter a acusação contra os editores do livro de Brown, que tem impressos 36 milhões de cópias em todo o mundo e irritou os católicos por sugerir que Jesus se casou e teve um filho com Maria Madalena.

A mesma história é contada em "The Holy Blood, and the Holy Grail".

Analistas apontaram que um personagem importante no livro de Dan Brown, Sir Leigh Teabing, tem um nome que é um anagrama de Leigh e Baigent. Um terceiro autor do livro de 1982, Henry Lincoln, optou por não entrar com o processo.

Ironicamente, uma edição especial de capa dura e ilustrada do livro chamado "Holy Blood, Holy Grail" acabou de ser lançada pela Random House.

Em agosto, Brown venceu um processo contra outro escritor, Lewis Perdue, que dizia que o "Código Da Vinci" copiava elementos de dois livros seus, "Daughter of God" e "The Da Vinci Legacy".

Perdue queria 150 milhões de dólares por danos e pediu que o tribunal bloqueasse a distribuição do livro e do filme, que conta com Tom Hanks e a atriz francesa Audrey Tautou.

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