Londres, 6 mai (EFE).- Bill Wyman, membro dos Rolling Stones até
1993, acusou o líder do grupo, Mick Jagger, e seus ex-companheiros
de terem se "vendido" e traído seus ideais.
Em entrevista ao jornal britânico "Daily Mail", Wyman diz que
"estão aí só pelo dinheiro. Vendem camisetas em que meu rosto também
aparece por US$ 200 nos Estados Unidos".
"Os Stones se tornaram uma gigantesca corporação", continua o
ex-membro do grupo.
"Eles estão fazendo coisas que dissemos que nunca faríamos, como
vestir um fraque para receber um prêmio e cobrar US$ 200 por uma
entrada", afirmou Wyman.
"Em nossa época, queríamos sempre que as entradas fossem o mais
barato possível para nossos fãs", acrescenta Wyman. Para ele, "a
energia de estar diante de uma multidão de 120 mil pessoas faz
sentir como se tivesse um milhão de dólares".
O ex-baixista dos Rolling Stones, que vai completar 70 anos,
afirma que não escuta a música do grupo há anos.
"Não encontro nada novo nem excitante, embora isto possa ser dito
de muitas bandas", explica Wyman, que acredita que seus
ex-companheiros precisam de "adulação, sentir-se adorados, queridos
pelo público".
Wyman diz não se arrepender de ter deixado o grupo.
Casado há treze anos com uma estilista de 47 anos com quem tem
três filhas, Wyman também fala na entrevista das orgias que marcaram
sua juventude.
"Brian e eu éramos os mais paqueradores. Acho que Mick tentou
recuperar o tempo perdido desde então", comenta Wyman. Este ano, ele
receberá um título honorífico em Direito da Universidade de East
Anglia por suas obras benéficas e sua contribuição à arqueologia.
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