MARCELO NINIO
DA REPORTAGEM LOCAL
Dizem que o culpado foi o desavisado produtor do Van Halen, que mandou para o engenheiro de som do grupo, em Los Angeles, o mapa do Maracanã, não de seu irmão menor, onde aconteceu o show. Lenda ou verdade, o fato é que aos primeiros acordes de "Hear About Later", a música que abriu o espetáculo da banda em 1983, a garotada que estava no Maracanãzinho teve a sensação de que seus tímpanos iriam explodir.
É, mas ninguém reclamou. Afinal, estávamos ali para ouvir o mais novo "guitar hero" do rock, Eddie Van Halen, que com um arsenal infindável de truques, já era considerado o maior desde Jimmy Hendrix. E se o ímã é uma guitarra distorcida, quanto mais volume, melhor.
Eddie não decepcionou. Das gigantescas caixas de som instaladas no palco do ginásio carioca, de acústica nada saudosa, saíram solos perfeitos, que incendiaram uma platéia pouco habituada a ver uma banda estrangeira no auge.
Mas Eddie não brilhou sozinho. A retaguarda estava garantida pela demolidora bateria do outro sócio-fundador da banda, o irmão Alex Van Halen.
Na frente, o selvagem David Lee Roth, com seus longos cabelos louros e roupas ultracolantes, ofereceu sexualidade e carnaval na dose certa. Para os garotos que sonhavam pegar a recém-iniciada onda do rock Brasil, um show inesquecível.
terça-feira, outubro 10, 2006
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