"Nunca é com os seus próprios olhos que a criança se vê, mas sim através dos olhos da pessoa que a ama ou detesta. Abordamos aqui o campo do narcisismo como base da formação da imagem do corpo da criança a partir daquilo que é o amor da mãe e a ordem do olhar que recai sobre ela. Para que a criança se possa apropriar desta imagem, para que a possa interiorizar, é preciso que tenha um lugar no Grande Outro (ali encarnado pela mãe).
Aliás, paralelamente ao seu reconhecimento ao espelho, observamos na criança um comportamento especial no que concerne ao seu homólogo etário. A criança em presença de outra observa-a curiosamente, imita todos os seus gestos, tenta seduzi-la ou impor-se.
Não se trata de um simples jogo.
Com este comportamento desenvolve a coordenação motora e procura situar-se socialmente comparando-se com a outra.
Reconhecemos aqui a instância do imaginário da relação dual, da confusão entre o eu e o outro, a ambivalência e agressividade estruturais do ser humano."
segunda-feira, outubro 16, 2006
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