Joe Sharkey
Meus 15 minutos de fama estão quase acabando, eu realmente espero. Eu não pedirei uma prorrogação.
Em vez disso, me permita compartilhar duas importantes lições que aprendi após seis outros e eu termos inexplicavelmente sobrevivido a uma colisão no ar, a 37 mil pés (11.277 metros), em um jato executivo sobre a floresta Amazônica em 29 de setembro - enquanto 154 outras pessoas, em um 737 contra o qual aparentemente colidimos, caíram para uma morte horrível em uma floresta a cerca de 960 quilômetros a noroeste de Brasília.
Primeiro, à medida que a viagem de negócios se amplia para todo o mundo, entenda que não importa quão inocente você seja, não importa quão seguro pense que está, você pode se ver em uma grande encrenca sem aviso, e é uma boa idéia ter um sistema de apoio a disposição.
Segundo, você é um idiota se viajar internacionalmente sem um celular que possa funcionar internacionalmente. Conheça um destes idiotas: eu. Meu celular Verizon funciona perfeitamente nos Estados Unidos. Fora dos Estados Unidos, ele equivale a segurar na mão um cachorro quente com mostarda.
"Ai", disse Bruce McIndoe quando lhe disse que me vi incomunicável, com um celular inútil, em uma obscura base da força aérea chamada Campo de Provas Brigadeiro Velloso, no meio da floresta tropical, após nosso pouso de emergência em um jato executivo Legacy 600 danificado.
McIndoe é o executivo-chefe da iJet Intelligent Risk Systems, uma empresa de Annapolis, Maryland, que fornece inteligência pré-partida e intervenção no local em caso de crise para viajantes ao redor do mundo.
Na verdade, não há sinal de celular na Amazônia, onde fomos
informados - improvavelmente eu pensei - que havia apenas um único telefone para toda a base. Após 24 horas na base, nós fomos transferidos por uma aeronave militar para a sede da polícia em Cuiabá, no Estado de Mato Grosso, a cerca de 720 quilômetros ao sul.
Lá, havia sinal de celular quando pousamos na pista. Naturalmente, meus
colegas de viagem precisavam de seus aparelhos para entrar em contato com seus entes queridos e funcionários. Em um ato de generosidade
extraordinária, um dos pilotos, Joe Lepore, que ainda está sob custódia no Brasil, me permitiu usar o seu para falar com minha esposa.
Eu sou um viajante experiente. Como fui tão incapaz de controlar minimamente minha própria situação?
"A comunicação é o coração de qualquer operação de emergência. Veja o
Katrina; veja o 11 de Setembro. Nós ainda estamos tentando descobrir como fazer a polícia e os bombeiros se comunicarem", disse McIndoe.
"Claramente, você aprendeu a lição dolorosamente", ele acrescentou de forma gentil. "Sempre tenha uma estratégia de comunicação primária e uma de apoio. Para um viajante normal, isto começa com um celular internacional e um cartão pré-pago no mínimo."
Cheque com sua operadora de celular para descobrir como passar seu aparelho para uso internacional. Ou alugue um celular internacional online ou em alguns aeroportos.
A comunicação dá início à resposta - notificação de cônjuges, alerta a
diplomatas. A comunicação com uma empresa de gestão de crises coloca alguém no seu caso para acompanhá-lo. "Nosso trabalho é cuidar da sua situação porque, primeiro, você provavelmente está em choque, segundo, você pode estar incapacitado e, terceiro, você não sabe o que não sabe", disse McIndoe.
Outros expressaram certa surpresa por ter me visto em uma confusão sem um celular.
"Foi uma idiotice, Joe", disse Connie Freeman, uma ex-diretora de viagens internacionais da Pitney Bowes, que atualmente é vice-presidente da Management Alternatives, uma empresa que orienta diretores de viagem corporativos sobre controles de custos.
Na Pitney Bowes, ela disse, "primeiro recomendamos que as pessoas tenham seus cartões corporativos, para acesso a saque de dinheiro caso tenham que pagar algo e sair". Mas "quando você vai a lugares onde a infra-estrutura não é tão robusta", ela disse, empresas como a iJet e a International SOS, que fornecem assistência médica assim como resposta internacional de segurança, são inestimáveis.
Mas é preciso que você tenha um celular operacional. "Olha, estamos em uma aldeia global, Joe. Acorda", disse Peter Greenberg, editor de viagem do programa de TV "Today", que percorre anualmente cerca de 400 mil quilômetros em viagens internacionais.
"É uma questão de opções. Há três tipos de pessoas: pessoas que fazem as coisas acontecerem, pessoas que assistem as coisas acontecerem e pessoas que se perguntam o que aconteceu", ele disse. "Se eu não tenho a opção de estar conectado, eu estarei na terceira categoria e não serei um campista feliz."
O editor do site de viagens comerciais, joesentme.com., Joe Brancatelli, disse: "Eu não acredito que você não sabia disso". De forma demorada e paciente, Brancatelli explicou como funcionam os telefones internacionais e o que preciso saber a respeito deles.
Na próxima semana, eu tentarei explicar tudo isto para viajantes como eu, que simplesmente não sabem.
Tradução: George El Khouri Andolfato
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