>MUITO SEXO SEM SEXO NENHUM
Algumas anotações casuais sobre amor, corpo e putaria
O sexo é provavelmente a atividade humana que atrai mais paradoxos e dubiedades. É uma das mais praticadas - e das menos compreendidas. Em geral quem se dispõe a afirmar coisas sobre o sexo é quem menos o pratica (pelo menos em tese...), ou o pratica com menos gozo, como os padres e sacerdotes cristãos em geral.
As gírias derivadas do sexo podem significar tanto experiências negativas (“foder alguém”) como francamente positivas (“isso é foda, fodido de bom”). É freqüente um relacionamento com um bom e forte aspecto sexual disparar logo mecanismos negativos - ciúme, necessidade de controle, culpa -, que são o oposto simétrico da descontração, da intimidade e da entrega que uma transa pode propiciar.
A própria ciência, e o comércio, se perdem com o sexo. A tentativa de lançar um medicamento feminino com funcionamento similar ao do Viagra está esbarrando em um problema inesperado. Foi sintetizada uma substância que dispara os mecanismos de excitação do corpo feminino. Mas, ao contrário dos homens, as mulheres artificialmente excitadas... não querem transar automaticamente.
Esse funcionamento seletivo (“ético”?) do tesão feminino parece ir na contramão da nossa percepção patriarcal, herdada da Idade Média, de que a mulher é a condutora do pecado, da luxúria, à espreita do homem, por natureza honesto e batalhador. E também do conceito sufi que define como “homem” (independente do gênero) quem conhece com a mente, e como “mulher” (idem) quem se entrega ao universo das sensações.
Ora, pensando bem, talvez os cristãos medievais tivessem mesmo alguma razão em achar que a mulher é um perigo - uma criatura que domina o seu próprio tesão. E que pode excitar uma outra criatura (o homem) ao ponto de que ele perca o controle. Então ela pode arrancar dele o que quer (dinheiro, sustento), sem que tenha que se entregar (sutilmente falando, claro).
Sexo e poder. Putas e clientes. Esposas e maridos. E porque será que o sexo gay (entre iguais) é tão mais objetivo e desinibido? Chegamos ao nó.
EU ERA UM LOBISOMEM ADOLESCENTE
Ou seja, eu era um cara normal (vou passar ao registro pessoal porque, a partir daqui, ele fica mais confiável que a tentativa de generalização). Eu gostava de ter uma namorada, mas também gostava da idéia de comer mulheres gostosas. Por outro lado, reagia mal à idéia de que ela igualmente poderia pensar em comer uns caras gostosos.
Nunca tive ciúmes do Mel Gibson (é, naquela época ele não era cristão ortodoxo), mas digamos que eu mantinha um olho de dono sobre a “noiva”. Não era bem essa a nomenclatura adotada, “noiva”, mas a moral, de classe média, era igual. Fui adiando o casamento.
Então, um dia, eu tive que sair do apartamento em que eu morava, em uma travessa agradável da avenida Angélica. Tive essa estranha idéia de me mudar para a parte baixa, central, da rua Augusta, já quase dentro do quarteirão das saunas e boates. Uma escolha inesperada para um cara que, apesar da queda pelo underground urbano, não deixava de ser limpinho, e um tanto careta nos seus costumes sexuais.
A noite na Augusta das putas é confusa, fedida de cheiro de churrasquinho e perfumes baratos e restos de comida saindo dos sacos rasgados pelos mendigos, do vômito dos adolescentes manés e dos incensos das putas místicas, barulhenta das buzinas e dos xingamentos e das cantadas toscas, nível “aí bucetudaaaa”.
Bom, eu fiquei um quarteirão acima dessa zona toda (antropologia tem limite), mas aparentemente estava tentando dar uma olhadinha na beirada do buraco (ops), sem me comprometer muito, e ainda sem um objetivo claro. Já tinha comido duas ou três putas na vida, curiosamente durante meu relacionamento mais duradouro, e não por falta de um. Não gostei; faltava... envolvimento. Talvez eu não fosse um lobisomem afinal.
Isso me faz lembrar de uma música de uma ótima demo do Second Come (alguém lembra dessa banda carioca do início dos anos 90?), chamada “The Shower”, em que o cara diz que tudo que quer depois de comer uma puta é tomar um banho. Vim a apurar com elas, as putas, que essa é a atitude da maioria dos clientes mesmo. Quase ninguém quer ficar de conversinha (e nem ela, que têm mais o que fazer).
Comecei a observar a agradável diversidade das moças: altas e baixas, loiras e mulatas, gaúchas e piauienses; numa esquina uma punkette esquálida de alfinete e tudo e na outra uma portentosa peituda fazendo tricô (juro). Simpatizava com elas na mesma medida em que antipatizava com os clientes.
Esses não têm variedade nenhuma: é sempre o mesmo cara surtado, prepotente, obcecado com mulher, metido a engraçado mas desbocado de um jeito que resvala para a agressão. E gay enrustido, claro: o que vão fazer cinco caras bêbados e travados juntos em um carro quando a noite acabar? Pegar puta não é; só pode ser pegar no pau um do outro.
(Já vi um jovem judeu ortodoxo, aqueles de barba, cachinho e quipá, pegar uma mulher, depois de ficar vacilando, subindo e descendo a rua olhando pra ela. Mas, pensando bem, fora o senso de humor duvidoso dos outros, esse também não deixa de corresponder ao padrão - surtado, prepotente, obcecado, gay enrustido no amor do Deus Pai).
Eu me fazia então uma pergunta insistente: como é que eu podia gostar tanto delas, as putas, e gostar tão pouco deles, os clientes? Não era tudo o mesmo jogo, o mesmo ecossistema?
ESPÍRITO VERSUS ALMA, AMOR VERSUS SEXO
Meu relato pessoal acaba aqui. O que eu descobri, e como descobri, botei em um romance, A Estratégia De Lilith (Conrad, 2001). Teve gente que achou o livro ligeiro, superficial, mas o “laboratório” quase me matou de desespero. Agradeço ao leitor que, em uma lista de discussão, usou o termo “Skol arte” para definir um troço que é tão intenso que, se não for tratado com uma certa superficialidade, simplesmente não desce.
E me permito partir, de novo, para algumas generalizações. Acontece que putas, artistas e sacerdotisas lidam exatamente com a mesma energia, mas em diferentes oitavas. Todas elas são filtros para uma certa energia (que eu por sinal continuo achando meio antipática), dita masculina. (Im)positiva, prática, espiritual, rápida, luminosa, empreendedora, exterior, ordenante. Querendo baixar à terra - e de preferência sem fazer muito estrago.
Acontece que a matéria - o feminino -, é lenta, obscura, negativa, transbordante, interior, sentimental beirando a melancolia. É receptiva por definição, mas tem que ser respeitada em seus ciclos e ritmos. E a linearidade objetiva do espírito é impaciente, convertendo-se com uma freqüência perigosa em exigência, coisa que aqui na terra, na matéria, simplesmente não funciona. E então... foda-se (no mau sentido). Entra atravessada mesmo.
O sexo (pelo menos o hetero; o homo pede uma discussão mais complexa) é nada mais nada menos que o encontro dessas polaridades, o momento em que elas se observam de muito perto, um instante antes de se fundirem. O próprio casamento alquímico, segundo Jung. O encontro do Espírito com a Alma (ééééé, são coisas diferentes).
Ora, visto assim, o que pode ter de bom na solidão da pornografia, na putaria da net ou da TV, no sexo pago com estranhas(os)? Seriam essas coisas censuráveis? Não, porque são melhores do que nada. Transmutam a energia penetrante em algum nível - ou ela vai virar destruição, briga, guerra, que é a determinação do espírito capturada pela tensão da matéria. Melhor dar uma gozadinha.
A puta não é “como” uma sacerdotisa, ela é uma sacerdotisa, e das mais atuantes nestes tempos de superficialidades. Só que ela em geral não sabe disso. Pensa que faz o que faz por dinheiro - o que a iguala, no nível da consciência, ao playboy que a come. Um suposto choque de “orgulhos” egóicos para ocultar uma (des)conexão metafísica.
Não há sexo sem amor. O sexo humano, muito simplesmente, é o amor. O sexo sem amor é o sexo... sem sexo (eu ia botar “sem nexo”, mas vou poupar o Henry Miller dessa). Ele pode ser bem ou mal urdido, com parceiros sofisticados ou toscos, amantes doces e refinados ou pouco mais do que punheteiros ao vivo. Mas aquele ápice de reconhecimento que precede a dissolução do ego, o mergulho no todo indistinto, continua a ser uma das nossas mais sensacionais experiências possíveis de amor: exatamente o amor vivido no corpo animal (que, por si, não ama. Amar sem corpo é fácil).
Há quem não saiba o que fazer com isso - mas que não consegue parar de buscar por esse momento. Nesse sentido, é uma compulsão exatamente igual ao barato profano das drogas, uma versão diluída do transe transcendental. Até por isso é que a putaria e as drogas se realimentam.
Os espíritos covardes picam o feminino em pedacinhos (às vezes literalmente). Querem uma esposa em casa, na qual se baseia o “lar” - não há lar sem alma, sem mulher -, mas logo perdem a excitação sexual, porque essa já é terra conquistada. E querem as “vagabundas” na rua, que garantem a vibração da novidade, mas que não dão boas esposas - afinal elas lidam com o tesão muito objetivamente, como homens.
E há, claro, mulheres partidas, as putas e as esposas, que gostam das vantagens que acham que obtém com essa negociata. Isso é amor? É foda.
(publicado na Zero #13, abril de 2004) a página do cara é essa ó.
terça-feira, junho 28, 2005
a banda.
Albert Hammond Jr, guitarrista dos Strokes, quase seguiu outra carreira não-convencional que não a de músico: patinador profissional.
“É estranho que não tenham descoberto antes”, disse o guitarrista ao jornal Guardian. Ele ainda explicou a diferença que sente do patins para a guitarra:
“O que é estranho é que eu costumava patinar em frente a umas cinco mil pessoas e nunca ficava nervoso. No meu primeiro show, para quatro pessoas, eu vomitei”.
A habilidade de Hammond Jr. só veio à tona com a biografia que seu pai, Albert Hammond, publicou. O paizão ainda contou como incentivou o filho a tentar a carreira musical:
“Ele me ligou da universidade e disse que teria de escolher entre a escola e a banda. Eu disse ‘a escolha está feita, é a banda’”.
“É estranho que não tenham descoberto antes”, disse o guitarrista ao jornal Guardian. Ele ainda explicou a diferença que sente do patins para a guitarra:
“O que é estranho é que eu costumava patinar em frente a umas cinco mil pessoas e nunca ficava nervoso. No meu primeiro show, para quatro pessoas, eu vomitei”.
A habilidade de Hammond Jr. só veio à tona com a biografia que seu pai, Albert Hammond, publicou. O paizão ainda contou como incentivou o filho a tentar a carreira musical:
“Ele me ligou da universidade e disse que teria de escolher entre a escola e a banda. Eu disse ‘a escolha está feita, é a banda’”.
O ESFORÇO INTELECTUAL NEURÓTICO.
Data estelar: Mercúrio e Vênus ingressam no signo de Leão, Lua é quarto minguante no signo de Áries.
Aqui na Terra morreu, sem chances de ressuscitar, a utopia de conforto e paz de nossa humanidade, e agora, o mais rapidamente possível, cada pessoa terá de decidir por que lado vai lutar. O bem e o mal nunca foram relativos, essa idéia amplamente disseminada nos últimos tempos só serviu ao mal, de modo às pessoas irem, dia a dia, se distanciando da prática do bem e se associando ao mal. A relativização do bem e do mal foi feita em torno do dinheiro, esse deus falso que empobrece nossa humanidade, pois em nome dele, e com aparente boa intenção, as pessoas tornaram legítimas as práticas de corrupção, supondo encontrar o bem da prosperidade individual no sinistro perpetrado à comunidade. Só com muito esforço intelectual neurótico é possível encontrar bem no mal.
Aqui na Terra morreu, sem chances de ressuscitar, a utopia de conforto e paz de nossa humanidade, e agora, o mais rapidamente possível, cada pessoa terá de decidir por que lado vai lutar. O bem e o mal nunca foram relativos, essa idéia amplamente disseminada nos últimos tempos só serviu ao mal, de modo às pessoas irem, dia a dia, se distanciando da prática do bem e se associando ao mal. A relativização do bem e do mal foi feita em torno do dinheiro, esse deus falso que empobrece nossa humanidade, pois em nome dele, e com aparente boa intenção, as pessoas tornaram legítimas as práticas de corrupção, supondo encontrar o bem da prosperidade individual no sinistro perpetrado à comunidade. Só com muito esforço intelectual neurótico é possível encontrar bem no mal.
segunda-feira, junho 27, 2005
... mas no orkut eu li primeiro.
LÚCIO RIBEIRO
COLUNISTA DA FOLHA
A hora é agora. Uma das bandas top do rock mundial e das mais solicitadas no quesito "Eu quero ver esses caras ao vivo no Brasil", o grupo nova-iorquino The Strokes acertou na semana passada uma turnê brasileira de três shows em outubro, com a possibilidade de haver ainda um quarto.
Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre estão na rota brasileira da banda que espanou o pó do rock no começo da década e deve ser anunciada nos próximos dias como a principal atração do Tim Festival 2005, a Folha apurou.
O quarto show dos Strokes está vinculado à venda rápida de ingressos do concerto da banda no Tim. Se as entradas para o Museu de Arte Moderna (capacidade de 6.000 pessoas) forem devoradas em menos de 15 dias, a banda assume um show extra para os cariocas. Não é difícil prever: os ingressos não durarão nem 15 horas e o quarto show vai, sim, ser programado.
O Tim Festival acontece nos dias 21, 22 e 23 de outubro, no Rio de Janeiro. A rapper inglesa M.I.A (a alma é do Sri Lanka) e a cultuada banda americana de country alternativo Wilco acompanham os Strokes na lista de atrações do Tim Festival a serem anunciadas em breve (veja texto ao lado).
O possível show extra no Rio e as apresentações da banda de Julian Casablancas em São Paulo e Porto Alegre aparentemente não têm nada a ver com o evento da marca de celular. A idéia é a de os Strokes intercalarem cada show do Rio e os de SP e Porto Alegre (estes dois últimos estimados para um público de 25 mil pessoas) com um dia de folga. Um festival na Argentina também vai contar com a passagem da turnê do adorado grupo da cena de Nova York.
Os Strokes quebram, assim, o caráter exclusivista que é próprio dos grandes festivais brasileiros. Foi uma exigência da banda na hora de fechar o contrato a possibilidade de assumir ela própria sua performance por outros lugares, para: 1) atingir o maior número de fãs brasileiros possíveis e 2) não deixar irritados os seguidores que esperam há tempos a banda e que não conseguiriam um dos ingressos de show solo no Tim.
Os Strokes são um quinteto formado por Julian Casablancas (vocal), os guitarristas Albert Hammond Jr. e Nick Valensi, o baixista Nicolai Fraiture e o baterista Fabrizio Moretti, que nasceu no Rio de Janeiro.
A banda, o primeiro grande fruto da geração MP3, tomou de assalto a cena roqueira mundial em 2001, quando foi muito mais falada do que ouvida. Por causa de um mero single, "The Modern Age", três musiquinhas caseiras, excitou o pop, virou capa de jornais e revistas em todo o mundo, arrastou "famosos" para os seus concorridíssimos shows, tocou em posição de destaque em megafestival, pautou a moda jovem.
Quando o primeiro disco saiu (o famoso "Is This It"), oito meses depois, já era a banda de rock mais comentada do novo século. Aí chamou atenção mundial para a cena musical de Nova York, abriu portas para um sem-número de bandas novas da Suécia à Austrália e evidentemente virou desejo brasileiro, que se materializa só agora.
Os Strokes devem finalizar em julho o seu novo álbum, o terceiro. O disco começou a ser falado na imprensa musical na semana passada, quando foram mostradas 14 faixas não remixadas para jornalistas selecionados da Inglaterra e dos EUA. O sucessor de "Room on Fire" (2003) ainda não tem título e deve ser lançado apenas no começo de 2006.
A banda, em férias, deve passar agosto e setembro ensaiando as novas músicas. Certamente nos shows brasileiros os Strokes intercalarão seus hits com várias das músicas novas do "Album 3", como vem sendo provisoriamente chamado.
Tim Festival em SP
A princípio, o Tim Festival está marcado mesmo para acontecer apenas no Rio de Janeiro, seguindo um rodízio com São Paulo articulado desde que o festival deixou de ser Free Jazz (este teve sua edição de 2002 cancelada e voltou com o novo nome e o novo patrocínio em 2003). Mas o evento pode ter uma miniedição em São Paulo, no auditório Tim, espaço cultural que a firma de aparelhos celulares está construindo no Ibirapuera.
O auditório terá um palco móvel e uma estrutura que permitirá a utilização de dois espaços diferentes: a área interna, com acomodação de 800 pessoas e shows pequenos, com um caráter de vanguarda; e a externa, que estica a capacidade para até 20 mil e permite a realização de concertos grátis aos domingos. Devido a um acordo com a prefeitura, os espetáculos ao ar livre não podem ser feitos com cobrança de ingressos.
Os jazzistas Wayne Shorter, saxofonista, e John McLaughlin, guitarristas, duas atrações da parte do festival que ainda segue a herança da época de Free Jazz, têm shows marcados para o Tim Festival, entrega a internet. Mas a internet também aponta shows dos mesmos artistas e na mesma época para o parque Ibirapuera, em São Paulo.
COLUNISTA DA FOLHA
A hora é agora. Uma das bandas top do rock mundial e das mais solicitadas no quesito "Eu quero ver esses caras ao vivo no Brasil", o grupo nova-iorquino The Strokes acertou na semana passada uma turnê brasileira de três shows em outubro, com a possibilidade de haver ainda um quarto.
Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre estão na rota brasileira da banda que espanou o pó do rock no começo da década e deve ser anunciada nos próximos dias como a principal atração do Tim Festival 2005, a Folha apurou.
O quarto show dos Strokes está vinculado à venda rápida de ingressos do concerto da banda no Tim. Se as entradas para o Museu de Arte Moderna (capacidade de 6.000 pessoas) forem devoradas em menos de 15 dias, a banda assume um show extra para os cariocas. Não é difícil prever: os ingressos não durarão nem 15 horas e o quarto show vai, sim, ser programado.
O Tim Festival acontece nos dias 21, 22 e 23 de outubro, no Rio de Janeiro. A rapper inglesa M.I.A (a alma é do Sri Lanka) e a cultuada banda americana de country alternativo Wilco acompanham os Strokes na lista de atrações do Tim Festival a serem anunciadas em breve (veja texto ao lado).
O possível show extra no Rio e as apresentações da banda de Julian Casablancas em São Paulo e Porto Alegre aparentemente não têm nada a ver com o evento da marca de celular. A idéia é a de os Strokes intercalarem cada show do Rio e os de SP e Porto Alegre (estes dois últimos estimados para um público de 25 mil pessoas) com um dia de folga. Um festival na Argentina também vai contar com a passagem da turnê do adorado grupo da cena de Nova York.
Os Strokes quebram, assim, o caráter exclusivista que é próprio dos grandes festivais brasileiros. Foi uma exigência da banda na hora de fechar o contrato a possibilidade de assumir ela própria sua performance por outros lugares, para: 1) atingir o maior número de fãs brasileiros possíveis e 2) não deixar irritados os seguidores que esperam há tempos a banda e que não conseguiriam um dos ingressos de show solo no Tim.
Os Strokes são um quinteto formado por Julian Casablancas (vocal), os guitarristas Albert Hammond Jr. e Nick Valensi, o baixista Nicolai Fraiture e o baterista Fabrizio Moretti, que nasceu no Rio de Janeiro.
A banda, o primeiro grande fruto da geração MP3, tomou de assalto a cena roqueira mundial em 2001, quando foi muito mais falada do que ouvida. Por causa de um mero single, "The Modern Age", três musiquinhas caseiras, excitou o pop, virou capa de jornais e revistas em todo o mundo, arrastou "famosos" para os seus concorridíssimos shows, tocou em posição de destaque em megafestival, pautou a moda jovem.
Quando o primeiro disco saiu (o famoso "Is This It"), oito meses depois, já era a banda de rock mais comentada do novo século. Aí chamou atenção mundial para a cena musical de Nova York, abriu portas para um sem-número de bandas novas da Suécia à Austrália e evidentemente virou desejo brasileiro, que se materializa só agora.
Os Strokes devem finalizar em julho o seu novo álbum, o terceiro. O disco começou a ser falado na imprensa musical na semana passada, quando foram mostradas 14 faixas não remixadas para jornalistas selecionados da Inglaterra e dos EUA. O sucessor de "Room on Fire" (2003) ainda não tem título e deve ser lançado apenas no começo de 2006.
A banda, em férias, deve passar agosto e setembro ensaiando as novas músicas. Certamente nos shows brasileiros os Strokes intercalarão seus hits com várias das músicas novas do "Album 3", como vem sendo provisoriamente chamado.
Tim Festival em SP
A princípio, o Tim Festival está marcado mesmo para acontecer apenas no Rio de Janeiro, seguindo um rodízio com São Paulo articulado desde que o festival deixou de ser Free Jazz (este teve sua edição de 2002 cancelada e voltou com o novo nome e o novo patrocínio em 2003). Mas o evento pode ter uma miniedição em São Paulo, no auditório Tim, espaço cultural que a firma de aparelhos celulares está construindo no Ibirapuera.
O auditório terá um palco móvel e uma estrutura que permitirá a utilização de dois espaços diferentes: a área interna, com acomodação de 800 pessoas e shows pequenos, com um caráter de vanguarda; e a externa, que estica a capacidade para até 20 mil e permite a realização de concertos grátis aos domingos. Devido a um acordo com a prefeitura, os espetáculos ao ar livre não podem ser feitos com cobrança de ingressos.
Os jazzistas Wayne Shorter, saxofonista, e John McLaughlin, guitarristas, duas atrações da parte do festival que ainda segue a herança da época de Free Jazz, têm shows marcados para o Tim Festival, entrega a internet. Mas a internet também aponta shows dos mesmos artistas e na mesma época para o parque Ibirapuera, em São Paulo.
Tom Findlay ( Groove Armada )
Interview@www.urbanplanet.co.uk
I know you and Andy [Cato] were introduced by his girlfriend. Did you guys just hit it off straight away?
Yeah, we did. I remember he played on my bass guitar, he's a very good musician so I was quite impressed but slightly annoyed because he was playing my guitar better than me! But yeah, I had a better record collection and he was good at playing instruments and I think we were both mutually impressed by that.
Are there any funny stories you can tell us before you two became Groove Armada as you are today?
I just remember running clubs and losing a lot of money! We used to run a club night called Captain Sensual At The Helm Of The Groove Armada and I remember we booked Dave Seaman and lost our shirts on him, that was good. It was the same time as Euro '96, and we booked Dave Seaman to come and play on the same day England beat Spain, and the headline coming out on Sunday morning was Seaman sinks Armada which made me chuckle, so yeah we got sunk by David Seaman, us and the Spaniards on the same day!
How do you and Andy work? Do you write the music and lyrics together, or do you do separate parts and put it all together?
We work together really. I think writing lyrics is quite a personal thing and we do that separately although having said that,'I See You Baby Shakin' Your Arse' isn't that complicated! We tend to work on the music and arrangements together, and on lyrics separately.
I heard that 'I See You Baby Shakin' Your Arse' was written after a stint in Ibiza?
Yeah, it was the first time we ever went out there as a DJ duo and we wrote the song when we got back. Ibiza was mad, a real eye opener. Thing went on there that I wouldn't even tell my children! Nothing that I did though, I kept my nose clean the whole time! We'd been resident at the Manumission Hotel for a couple of weeks and that's where we met Grandma Funk. So afterwards, she flew into London and came to Tottenham where we wrote the track and drunk a lot of Red Stripe!
Who are your biggest musical influences?
I've got a lot of respect for our contemporaries. I always keep an ear out for what people like Bassment Jaxx are doing because they are always worth a listen, and the Chemical Brothers. I really love the Mylo record, also Plantlife and Bugz In The Attic, all of which we've got on at the festival and part of the reason they are there.
There's so many good producers around at the moment it's kind of weird in the sense that everybody says its a bad time for dance music because it probably is, commercially speaking, but I do think it's a more interesting time than maybe it has been for a long time.
There's a lot of music I love. I'm really into a lot of the re-edits that go on for labels like Gam records and 20:20 up in Leeds, and looking back, bluesy black music and classic artists like Curtis Mayfield, Stevie Wonder, Prince. You know, the sort of people you really wish you cloud be, but the reality is you know you're never going be that good!
All of your tracks are pretty diverse and encompass many different genres of music. Do you decide how it's going to sound before you start or does it just evolve?
We often start a tune with a sample and I think you begin to assume a bit of the character of whatever sample you use. Purple Haze is a sample from a really old Status Quo record, like an old blues record, so you kind of go with that a bit because that's the sound. The same with At The River which is from an old 1960s song, so you kind of take on that mood.
We usually have an idea of where we want it to go and the kind of edge we want it to have, but it just pops out from somewhere. I don't really know where it comes from, to be honest with you!
Tell us more about Lovebox Summer Weekender, your only live summer gig.
An opportunity came up on Clapham Common but we are now doing it on Victoria Park which is a brilliant site, right in the heart of Hackney, where I live, and where a lot of the artists who are performing live. There's a lot of festivals around at the moment, and most of them are run by the really big players like Clear Channel, the FJM's and Metropolis', so I do think it's good that there's an independent music festival out there, I think that's important.
It is a kind of a vanity project, but in the best possible way. We could make a lot more money signing up to Mean Fiddler and doing a festival they had funded, but we are doing this because we believe in the artists we are booking, and the people we are working with. It's just one of those weird sort of things that happened by accident and its picked up a momentum of its own really. A whole set of relationships have come out of it which I can't really turn my back on it.
We definitely aren't in it for the money. We probably wont make a penny out of it when its all is said and done. We genuinely do do this for the love and it's great for us. This sounds lame, but there's an element of putting something back intofrom where we came from, and the artists we've booked are the kind of people who have been our peers like Chicken Lips and Bugz In The Attic. They were all sort of new when we were coming through and its nice to give them a leg up as well.
What is it that you love about playing live?
It's the immediacy of it. It gets you away from the music press and I think there's something to be said about putting yourself in front of a group of people so that they can make a decision, rather than having to be filtered through other people's eyes all the time. You know, this is us, it's real, it's is raw and if 60,000 people love it, then that just feels so much more special than if you sell 60,000 albums.
There'sdefinitely something about playing in front of a crowd and having that emotional connection with a group of people, and that's the best bit about making music. So if you get crap review in NME, you think you can't be that bad if you can do what you did at Glastonbury last year.
You and Andy both play musical instruments. Do you think that gives your music an edge?
I think it certainly does in translating what we do live. I don't think there's many bands that can do it, but because we were brought up in that background so we understand how to take stuff off screen and put it on the stage. In terms of production I don't think it helps at all. In fact I think it can almost work the opposite way and you can get a bit noodly! But everyone who is good live, like Bassment Jaxx for instance, Simon out of Bassment Jaxx is a really good musician and I think you will find with most live acts who have been relatively successful, there will be someone there who knows their middle C from their F sharp.
I read that At The River is used on 3456 coffee table albums. Is that really true?
I think that's somebody being a bit weird, but it's definitely on quite a lot. It was a pretty ubiquitous record a while ago, that's for sure. The thing with stuff like thatis you basically get into a situation where you either let your music be used by other people or you take the Massive Attack root, which I totally respect, and don't allow anything to be licensed on any compilation at all.
The problem is, once you start being selective you can spend all day doing it, so you do end up on more compilations that you would of liked. Sometimes I see something in a service station off the M6 and you think bloody hell! I can't believe we are on that [laughs]. We are on a few Now albums which is a source of shame, but they are a good payer.
Is it true Superstylin and My Friend were used on a Brazilian soap opera?
Superstylin is on a Brazilian tampon advert and My Friend was used on a soap. This Brazilian soap did a series of episodes around a story on drugs, a bit like with Grange Hill and Zamo, and My Friend was used as the soundtrack when this girl was taking heroin, which is a bit weird, but anyway! They don't have a massive record industry in South America, and you don't sell a huge amount of records so it's just a good way of getting exposure. We've gone onto play quite big gigs off the back of our Brazilian tampon ad which is strange but great!
We played in Sao Paulo, in the middle of an enormous race track with Goldie. They love drum and bass out there, absolutely love it! For Paul Oakenfold read Goldie, he's a legend out there!
What's your personal favourite Groove Armada tune?
There's quite a few really. I really like Chicago, from the Vertigo album. Superstylin and At The River changed my life in different ways so I owe them an enormous debt as well. At The River is the song that broke us and Superstylin was kind of the song that kept us going so I'm really fond of them in their own ways.
I always forget we wrote At The River. I was in a record shop the other day and they were playing it and I just thought, what a nice song. Andevery time I play Superstlyin I'm usually DJing, and everybody just goes mental and you cant really argue with that, can you?!
Which DJs first inspired you?
For me it was a guy called Harvey who now lives in LA, but he lived in the same town I grew up in. I used to go and listen to him play at the Zap Club every Monday in Brighton. He was probably my first hero, but the first DJ who is relatively well known was probably Francois Kevorkian. He's probably the best DJ I've ever seen, just head and shoulders above everybody else.
You're having a party, who dead or alive is invited?
I think I'd be a bit random and invite that poet Lord Byron. I'm sure he'd just make me laugh, or we could just get high together, so yeah, me and Byron.
What would you say Andy's best quality is, and what would he say yours is?
Andy is always there for you when you really need him to be, and he never lets you down. And what would he say is my best quality? Probably my left foot, because I'm good at football and a big West Ham supporter.
I know you and Andy [Cato] were introduced by his girlfriend. Did you guys just hit it off straight away?
Yeah, we did. I remember he played on my bass guitar, he's a very good musician so I was quite impressed but slightly annoyed because he was playing my guitar better than me! But yeah, I had a better record collection and he was good at playing instruments and I think we were both mutually impressed by that.
Are there any funny stories you can tell us before you two became Groove Armada as you are today?
I just remember running clubs and losing a lot of money! We used to run a club night called Captain Sensual At The Helm Of The Groove Armada and I remember we booked Dave Seaman and lost our shirts on him, that was good. It was the same time as Euro '96, and we booked Dave Seaman to come and play on the same day England beat Spain, and the headline coming out on Sunday morning was Seaman sinks Armada which made me chuckle, so yeah we got sunk by David Seaman, us and the Spaniards on the same day!
How do you and Andy work? Do you write the music and lyrics together, or do you do separate parts and put it all together?
We work together really. I think writing lyrics is quite a personal thing and we do that separately although having said that,'I See You Baby Shakin' Your Arse' isn't that complicated! We tend to work on the music and arrangements together, and on lyrics separately.
I heard that 'I See You Baby Shakin' Your Arse' was written after a stint in Ibiza?
Yeah, it was the first time we ever went out there as a DJ duo and we wrote the song when we got back. Ibiza was mad, a real eye opener. Thing went on there that I wouldn't even tell my children! Nothing that I did though, I kept my nose clean the whole time! We'd been resident at the Manumission Hotel for a couple of weeks and that's where we met Grandma Funk. So afterwards, she flew into London and came to Tottenham where we wrote the track and drunk a lot of Red Stripe!
Who are your biggest musical influences?
I've got a lot of respect for our contemporaries. I always keep an ear out for what people like Bassment Jaxx are doing because they are always worth a listen, and the Chemical Brothers. I really love the Mylo record, also Plantlife and Bugz In The Attic, all of which we've got on at the festival and part of the reason they are there.
There's so many good producers around at the moment it's kind of weird in the sense that everybody says its a bad time for dance music because it probably is, commercially speaking, but I do think it's a more interesting time than maybe it has been for a long time.
There's a lot of music I love. I'm really into a lot of the re-edits that go on for labels like Gam records and 20:20 up in Leeds, and looking back, bluesy black music and classic artists like Curtis Mayfield, Stevie Wonder, Prince. You know, the sort of people you really wish you cloud be, but the reality is you know you're never going be that good!
All of your tracks are pretty diverse and encompass many different genres of music. Do you decide how it's going to sound before you start or does it just evolve?
We often start a tune with a sample and I think you begin to assume a bit of the character of whatever sample you use. Purple Haze is a sample from a really old Status Quo record, like an old blues record, so you kind of go with that a bit because that's the sound. The same with At The River which is from an old 1960s song, so you kind of take on that mood.
We usually have an idea of where we want it to go and the kind of edge we want it to have, but it just pops out from somewhere. I don't really know where it comes from, to be honest with you!
Tell us more about Lovebox Summer Weekender, your only live summer gig.
An opportunity came up on Clapham Common but we are now doing it on Victoria Park which is a brilliant site, right in the heart of Hackney, where I live, and where a lot of the artists who are performing live. There's a lot of festivals around at the moment, and most of them are run by the really big players like Clear Channel, the FJM's and Metropolis', so I do think it's good that there's an independent music festival out there, I think that's important.
It is a kind of a vanity project, but in the best possible way. We could make a lot more money signing up to Mean Fiddler and doing a festival they had funded, but we are doing this because we believe in the artists we are booking, and the people we are working with. It's just one of those weird sort of things that happened by accident and its picked up a momentum of its own really. A whole set of relationships have come out of it which I can't really turn my back on it.
We definitely aren't in it for the money. We probably wont make a penny out of it when its all is said and done. We genuinely do do this for the love and it's great for us. This sounds lame, but there's an element of putting something back intofrom where we came from, and the artists we've booked are the kind of people who have been our peers like Chicken Lips and Bugz In The Attic. They were all sort of new when we were coming through and its nice to give them a leg up as well.
What is it that you love about playing live?
It's the immediacy of it. It gets you away from the music press and I think there's something to be said about putting yourself in front of a group of people so that they can make a decision, rather than having to be filtered through other people's eyes all the time. You know, this is us, it's real, it's is raw and if 60,000 people love it, then that just feels so much more special than if you sell 60,000 albums.
There'sdefinitely something about playing in front of a crowd and having that emotional connection with a group of people, and that's the best bit about making music. So if you get crap review in NME, you think you can't be that bad if you can do what you did at Glastonbury last year.
You and Andy both play musical instruments. Do you think that gives your music an edge?
I think it certainly does in translating what we do live. I don't think there's many bands that can do it, but because we were brought up in that background so we understand how to take stuff off screen and put it on the stage. In terms of production I don't think it helps at all. In fact I think it can almost work the opposite way and you can get a bit noodly! But everyone who is good live, like Bassment Jaxx for instance, Simon out of Bassment Jaxx is a really good musician and I think you will find with most live acts who have been relatively successful, there will be someone there who knows their middle C from their F sharp.
I read that At The River is used on 3456 coffee table albums. Is that really true?
I think that's somebody being a bit weird, but it's definitely on quite a lot. It was a pretty ubiquitous record a while ago, that's for sure. The thing with stuff like thatis you basically get into a situation where you either let your music be used by other people or you take the Massive Attack root, which I totally respect, and don't allow anything to be licensed on any compilation at all.
The problem is, once you start being selective you can spend all day doing it, so you do end up on more compilations that you would of liked. Sometimes I see something in a service station off the M6 and you think bloody hell! I can't believe we are on that [laughs]. We are on a few Now albums which is a source of shame, but they are a good payer.
Is it true Superstylin and My Friend were used on a Brazilian soap opera?
Superstylin is on a Brazilian tampon advert and My Friend was used on a soap. This Brazilian soap did a series of episodes around a story on drugs, a bit like with Grange Hill and Zamo, and My Friend was used as the soundtrack when this girl was taking heroin, which is a bit weird, but anyway! They don't have a massive record industry in South America, and you don't sell a huge amount of records so it's just a good way of getting exposure. We've gone onto play quite big gigs off the back of our Brazilian tampon ad which is strange but great!
We played in Sao Paulo, in the middle of an enormous race track with Goldie. They love drum and bass out there, absolutely love it! For Paul Oakenfold read Goldie, he's a legend out there!
What's your personal favourite Groove Armada tune?
There's quite a few really. I really like Chicago, from the Vertigo album. Superstylin and At The River changed my life in different ways so I owe them an enormous debt as well. At The River is the song that broke us and Superstylin was kind of the song that kept us going so I'm really fond of them in their own ways.
I always forget we wrote At The River. I was in a record shop the other day and they were playing it and I just thought, what a nice song. Andevery time I play Superstlyin I'm usually DJing, and everybody just goes mental and you cant really argue with that, can you?!
Which DJs first inspired you?
For me it was a guy called Harvey who now lives in LA, but he lived in the same town I grew up in. I used to go and listen to him play at the Zap Club every Monday in Brighton. He was probably my first hero, but the first DJ who is relatively well known was probably Francois Kevorkian. He's probably the best DJ I've ever seen, just head and shoulders above everybody else.
You're having a party, who dead or alive is invited?
I think I'd be a bit random and invite that poet Lord Byron. I'm sure he'd just make me laugh, or we could just get high together, so yeah, me and Byron.
What would you say Andy's best quality is, and what would he say yours is?
Andy is always there for you when you really need him to be, and he never lets you down. And what would he say is my best quality? Probably my left foot, because I'm good at football and a big West Ham supporter.
30 min. house mix.
café da tarde.
Audio Bullys - Turned Away (Grant Nelson Vocal Mix)
Groove Armada - I See You Baby ( Club Remix 2005 )
Jarrier Modrow - Funky Stuff Number 1_160KBPS
Moby - Bodyrock (Olav Basoski's Da Hot Funk remix)
Martin Solveig - Everybody
LCD Soundsystem - Yeah (Crass Version)
baixe aqui.
aliás, tem um outro perdido nos posts q eu tb renovei o link.
Audio Bullys - Turned Away (Grant Nelson Vocal Mix)
Groove Armada - I See You Baby ( Club Remix 2005 )
Jarrier Modrow - Funky Stuff Number 1_160KBPS
Moby - Bodyrock (Olav Basoski's Da Hot Funk remix)
Martin Solveig - Everybody
LCD Soundsystem - Yeah (Crass Version)
baixe aqui.
aliás, tem um outro perdido nos posts q eu tb renovei o link.
dicionário.
backbone
{verbete}
Datação
1998
Acepções
substantivo masculino
Rubrica: engenharia eletrônica.
rede dielétrica ou subterrânea em fibra óptica, constituída por cabos que, em conjunção com equipamentos terminais adequados, permitem a disponibilização de canais de comunicação para serviços de transmissão de dados, voz e imagem
Etimologia
ing. backbone (sXIV) 'espinha dorsal; o que lembra a espinha dorsal'
Gramática
pl.: backbones (ing.)
{verbete}
Datação
1998
Acepções
substantivo masculino
Rubrica: engenharia eletrônica.
rede dielétrica ou subterrânea em fibra óptica, constituída por cabos que, em conjunção com equipamentos terminais adequados, permitem a disponibilização de canais de comunicação para serviços de transmissão de dados, voz e imagem
Etimologia
ing. backbone (sXIV) 'espinha dorsal; o que lembra a espinha dorsal'
Gramática
pl.: backbones (ing.)
"Idiotice cresce perigosamente no Brasil", diz Chico Buarque
Em entrevista ao jornal La Vanguardia, de Barcelona, o cantor Chico Buarque diz que "a idiotice vem crescendo perigosamente" no Brasil nos últimos 15 anos.
Ele faz a declaração ao responder a uma pergunta a respeito da busca pela fama no país, acrescentando que foi na década de 1990 que "começou a idiotice".
Ele afirma ainda que muita gente no Brasil "anda cercada de guarda-costas, sobretudo os famosos, porque ter guarda-costas te torna ainda mais famoso".
O cantor também ironiza na entrevista sua inclusão em listas dos brasileiros mais "sexy" da atualidade. "Isso é ridículo, esta lista é ridícula. Eu tenho 60 anos, você não está vendo?"
Ele faz a declaração ao responder a uma pergunta a respeito da busca pela fama no país, acrescentando que foi na década de 1990 que "começou a idiotice".
Ele afirma ainda que muita gente no Brasil "anda cercada de guarda-costas, sobretudo os famosos, porque ter guarda-costas te torna ainda mais famoso".
O cantor também ironiza na entrevista sua inclusão em listas dos brasileiros mais "sexy" da atualidade. "Isso é ridículo, esta lista é ridícula. Eu tenho 60 anos, você não está vendo?"
=)
Então, sabe a FLIP? Feira Literária Internacional de Paraty? A que é super-cara, R$ 17,00 por palestra, super-sensacionalista, traz uns caras nada-a-ver, tipo Arnaldo Jabor e Jô Soares? (ok, ok, tem lá o Roberto Schwartz e outros caras bons, mas vai ver o que eles divulgam como destaques...)Então em uma contra-proposta a isso tem a FLAP!!!!! A FLAP será no dia 16 de julho, no Espaço dos Satyros, Pça. Roosevelt, 214, centrão velho de São Paulo, gratuita, das 10 às 18:30h. Traz muita gente boa, poeta, prosador, crítico, professores da FFLCH-USP, editor, só coisa fina, Glauco Mattoso, Chacal, Antonio Vicente, Mirisola, Bruno Zeni, Andréa Hossne, Priscila Figueiredo, Dirceu Villa, Maria Claudia Galera, Cláudio Daniel, Frederico Barbosa, Heitor Ferraz, Tarso de Melo, Ademir Assunção, Mamede Jarouche, Paulo Ferraz e outros. Info: www.geocities.com/flapliteraria E-mail: flapliteraria@yahoo.com.br Blog para discussões e cia: http://FLAPeuvou.zp.net
Te esperamos lá!
Te esperamos lá!
domingo, junho 26, 2005
sábado, junho 25, 2005
set de deep house
Convido todos pra escutar esse set, mixado por Edground! Pra quem gosta de escutar deep house de qualidade, não vai se decepcionar, só coisa fina! Opiniões são bem-vindas!
Jarrier Modrow, abçz!
http://www.grooveland.com.br - baixe aqui.
Playlist:
• Rodolfo Wehbba - O Silencio [URBR]
• Pascal Rioux - Don't Outstay Outside 2 Night (Patchworks Deep Mix) [Rotax]
• 4 Hero - Hold It Down (Deep Down Mix) [Talkin' Loud]
• Jarrier Modrow - RareSoul (Original Mix) [CDR Promo]
• Milton Nascimento - Tudo que Você Podia Ser (Nomumbah Mix) [CDR Promo]
• R. Kelly - Love Street (Charles Spencer Mix) [CDR Promo]
• Jihad Muhammad feat Malika Zarra - The Other Side (Bossa Nueva Mix) [Shack Music]
• Blvd East & Louie Gorbea feat K.T. Brooks - Child of Mine (Main Mix) [CDR Promo]
• MAW - Our Mute Horn [MAW]
• Victor Simonelli - Do You Feel Me [Bass Line]
• Bruno Moraes - Boa Viagem parte 02 [Not on Label]
Jarrier Modrow, abçz!
http://www.grooveland.com.br - baixe aqui.
Playlist:
• Rodolfo Wehbba - O Silencio [URBR]
• Pascal Rioux - Don't Outstay Outside 2 Night (Patchworks Deep Mix) [Rotax]
• 4 Hero - Hold It Down (Deep Down Mix) [Talkin' Loud]
• Jarrier Modrow - RareSoul (Original Mix) [CDR Promo]
• Milton Nascimento - Tudo que Você Podia Ser (Nomumbah Mix) [CDR Promo]
• R. Kelly - Love Street (Charles Spencer Mix) [CDR Promo]
• Jihad Muhammad feat Malika Zarra - The Other Side (Bossa Nueva Mix) [Shack Music]
• Blvd East & Louie Gorbea feat K.T. Brooks - Child of Mine (Main Mix) [CDR Promo]
• MAW - Our Mute Horn [MAW]
• Victor Simonelli - Do You Feel Me [Bass Line]
• Bruno Moraes - Boa Viagem parte 02 [Not on Label]
sexta-feira, junho 24, 2005
Parodia.
Nike é acusada de plagiar banda de rock dos anos 80
Sexta, 24 de Junho de 2005, 16h29
Fonte: INVERTIA
A Nike está sendo acusada de ter copiado a capa de um disco de uma banda de punk rock de 1984 para promover o evento "Major Threat", série de apresentações de skate que ocorrerá no segundo semestre nos EUA.
A semelhança entre o cartaz de divulgação do evento da Nike a capa do álbum "Minor Threat", coletânea da banda homônima, foi apontada nesta sexta-feira em blogs nos EUA. Imediatamente, a gravadora independente Dischord Records emitiu nota afirmando não ter sido consultada pela Nike para liberar o uso da imagem.
"Ninguém nos pediu autorização, e também não teríamos autorizado de qualquer forma", afirma o ex-vocalista da banda e atual diretor da Dischord Records, Ian MacKaye, que assina a nota da gravadora.
"A Nike está usando nosso prestígio para tentar alcançar um público ainda maior, em um evento que eles já seqüestraram. Essa corporação multibilionária é contrária a tudo o que defendemos. Isso me dá nojo", completa.
MacKaye afirma que a gravadora ainda não decidiu que tipo de ação vai tomar contra a Nike, mas que certamente as exigências incluirão a retirada total da imagem plagiada do material de promoção da turnê. "Não queremos nenhuma associação com a Nike, não nos interessa", diz. A Nike, por sua vez, preferiu não comentar o caso.
Divulgação
...e o poster da turnê patrocinada pela Nike
Para o advogado Jordan Baker, a peça da Nike é claramente derivada da capa do disco "Minor Threat", o que não necessariamente significa, no entanto, que houve plágio.
"Existe a possibilidade de se alegar que foi feita uma paródia, o que é perfeitamente legal. Mas, no entanto, é difícil enxergar qual teria sido a crítica social ou de humor que a Nike teria feito no cartaz, condição necessária para a configuração de paródia", diz Baker.
Sexta, 24 de Junho de 2005, 16h29
Fonte: INVERTIA
A Nike está sendo acusada de ter copiado a capa de um disco de uma banda de punk rock de 1984 para promover o evento "Major Threat", série de apresentações de skate que ocorrerá no segundo semestre nos EUA.
A semelhança entre o cartaz de divulgação do evento da Nike a capa do álbum "Minor Threat", coletânea da banda homônima, foi apontada nesta sexta-feira em blogs nos EUA. Imediatamente, a gravadora independente Dischord Records emitiu nota afirmando não ter sido consultada pela Nike para liberar o uso da imagem.
"Ninguém nos pediu autorização, e também não teríamos autorizado de qualquer forma", afirma o ex-vocalista da banda e atual diretor da Dischord Records, Ian MacKaye, que assina a nota da gravadora.
"A Nike está usando nosso prestígio para tentar alcançar um público ainda maior, em um evento que eles já seqüestraram. Essa corporação multibilionária é contrária a tudo o que defendemos. Isso me dá nojo", completa.
MacKaye afirma que a gravadora ainda não decidiu que tipo de ação vai tomar contra a Nike, mas que certamente as exigências incluirão a retirada total da imagem plagiada do material de promoção da turnê. "Não queremos nenhuma associação com a Nike, não nos interessa", diz. A Nike, por sua vez, preferiu não comentar o caso.
Divulgação
...e o poster da turnê patrocinada pela Nike
Para o advogado Jordan Baker, a peça da Nike é claramente derivada da capa do disco "Minor Threat", o que não necessariamente significa, no entanto, que houve plágio.
"Existe a possibilidade de se alegar que foi feita uma paródia, o que é perfeitamente legal. Mas, no entanto, é difícil enxergar qual teria sido a crítica social ou de humor que a Nike teria feito no cartaz, condição necessária para a configuração de paródia", diz Baker.
dicionário.
incúria
{verbete}
Datação
1672 cf. MonLus
Acepções
substantivo feminino
1 falta de cuidado; desleixo, negligência
1.1 descuido nos negócios públicos ou particulares
2 falta de iniciativa; inércia, inação
Etimologia
lat. incurìa,ae 'falta de cuidado, desmazelo, negligência, descuido'; ver cur-; f.hist. 1672 incuria, 1813 incúria
Sinônimos
ver sinonímia de desleixo
Antônimos
ver antonímia de desleixo
{verbete}
Datação
1672 cf. MonLus
Acepções
substantivo feminino
1 falta de cuidado; desleixo, negligência
1.1 descuido nos negócios públicos ou particulares
2 falta de iniciativa; inércia, inação
Etimologia
lat. incurìa,ae 'falta de cuidado, desmazelo, negligência, descuido'; ver cur-; f.hist. 1672 incuria, 1813 incúria
Sinônimos
ver sinonímia de desleixo
Antônimos
ver antonímia de desleixo
quinta-feira, junho 23, 2005
los fabulosos scratch perverts
The Scratch Perverts are a turntablist collective made up of Tony Vegas, Prime Cuts and Plus One and have been going since the mid 90s. They won the first ever DMC team event and individually they won a number of scratch events. By 2000 they held six different titles at once.
They are known for mixing up hip hop with other styles – from the Neptunes to Red Hot Chilli Peppers to Squarepusher to Radiohead to Dillinja and more. They have a Fabric Live CD out now called Fabric Live 22.
The Scratch Perverts will be holding their annual Beatdown at Fabric in November and we're giving you the chance to get on that line-up.
All you have to do is send us a 30 minute DJ mix. It can be any genre; drum 'n' bass, grime, hip-hop - whatever your flava.
The best mix will win you a chance to perform your set at Beatdown!
The mixes will be judged by the Perverts and we asked Tony Vegas what he would be listening for:
"We want to hear a set that flows and something that would work on a big sound system. The most important thing is confidence, we want to hear confident DJs. We're not looking for any one genre as long as it's edgy and the person is confident in their taste in music."
The closing date is Thursday 1st September 2005. Send your 30 minute mixes on CD only to:
Scratch Perverts Mix Competition
BBC Radio 1
OneMusic
PO Box 111
London
W1A 7WW
BBC Radio 1
OneMusic
PO Box 111
London
W1A 7WW
quarta-feira, junho 22, 2005
clipe novo do Gorillaz
Enquanto o Blur se desentende sobre a decisão de Damon Albarn de não participar do festival beneficente Live 8, o projeto paralelo do líder da banda, o Gorillaz, vai muito bem, obrigado.
Depois do lançamento do segundo trabalho do grupo, o disco Demon Days, o primeiro clipe Feel Good Inc já é um dos mais assistidos nas MTVs do mundo todo. O site da revista Rolling Stone, que disponibilizou o clipe, diz que está entre os 10 mais vistos.
veja aqui em real player!
Depois do lançamento do segundo trabalho do grupo, o disco Demon Days, o primeiro clipe Feel Good Inc já é um dos mais assistidos nas MTVs do mundo todo. O site da revista Rolling Stone, que disponibilizou o clipe, diz que está entre os 10 mais vistos.
veja aqui em real player!
::: Deep Dish@EssentialMix
::: 19/06/2005 - ouça aqui no real player
Deep Dish - 'Sexy Ill' [Extended Mix] (Positiva)
Freza & DJ Flash - 'Unknown' (White)
New Order 'Krafty' [Erik Kupper Remix] (London)
Sultan & Tommyboy 'You Make Me Feel Like Extacy' [Muzzaik Dub] (Yoshitoshi)
Deep Dish 'Dub Shepherd' [Extended Mix] (Positiva)
Chus & Ceballos 'Low Frequencies' [Victor Calderone Remix] (Stereo Productions)
Deep Dish 'Say Hello' [Chus & Ceballos Remix] (Positiva)
System Check - 'The Way It Is' (D-Trax)
Tommyboy - 'Uknown' (White)
Planet Funk - 'Overclockers' (Bustin' Loose)
Deep Dish featuring Stevie Nicks - 'Dreams' [Dub Mix + Club Mix] (Positiva)
Karnak - 'What the F*@k' (White)
Francesco Farfa - 'Acidazzo' (Serial Killer Vinyl)
Timo Maas 'First Day' [Nic Fanciulli's Buik Project Dub] (Warners)
Deep Dish - 'Flashing for Money' [Sultan Club Mix] (Positiva)
Deep Dish - 'Sexy Ill' [Extended Mix] (Positiva)
Freza & DJ Flash - 'Unknown' (White)
New Order 'Krafty' [Erik Kupper Remix] (London)
Sultan & Tommyboy 'You Make Me Feel Like Extacy' [Muzzaik Dub] (Yoshitoshi)
Deep Dish 'Dub Shepherd' [Extended Mix] (Positiva)
Chus & Ceballos 'Low Frequencies' [Victor Calderone Remix] (Stereo Productions)
Deep Dish 'Say Hello' [Chus & Ceballos Remix] (Positiva)
System Check - 'The Way It Is' (D-Trax)
Tommyboy - 'Uknown' (White)
Planet Funk - 'Overclockers' (Bustin' Loose)
Deep Dish featuring Stevie Nicks - 'Dreams' [Dub Mix + Club Mix] (Positiva)
Karnak - 'What the F*@k' (White)
Francesco Farfa - 'Acidazzo' (Serial Killer Vinyl)
Timo Maas 'First Day' [Nic Fanciulli's Buik Project Dub] (Warners)
Deep Dish - 'Flashing for Money' [Sultan Club Mix] (Positiva)
dicionário.
convicção
{verbete}
Datação
1712 cf. RB
Acepções
? substantivo feminino
crença ou opinião firme a respeito de algo, com base em provas ou razões íntimas, ou como resultado da influência ou persuasão de outrem; convencimento
Ex.:c . religiosa c. política c. morais
Locuções
livre c.
Rubrica: termo jurídico.
m.q. livre convencimento
sem c.
sem estar convencido; com insegurança
Ex.: responder sem c.
sem c.
sem estar convencido; com insegurança
Ex.: responder sem c.
Etimologia
lat. convictìo,ónis 'ação de convencer, demonstração, ação de estar convencido'; ver 1venc-
Sinônimos
ver sinonímia de julgamento
Antônimos
dúvida
Parônimos
convecção(s.f.)
{verbete}
Datação
1712 cf. RB
Acepções
? substantivo feminino
crença ou opinião firme a respeito de algo, com base em provas ou razões íntimas, ou como resultado da influência ou persuasão de outrem; convencimento
Ex.:c . religiosa c. política c. morais
Locuções
livre c.
Rubrica: termo jurídico.
m.q. livre convencimento
sem c.
sem estar convencido; com insegurança
Ex.: responder sem c.
sem c.
sem estar convencido; com insegurança
Ex.: responder sem c.
Etimologia
lat. convictìo,ónis 'ação de convencer, demonstração, ação de estar convencido'; ver 1venc-
Sinônimos
ver sinonímia de julgamento
Antônimos
dúvida
Parônimos
convecção(s.f.)
dicionário.
adolescência
{verbete}
Datação
sXIV cf. IVPM
Acepções
? substantivo feminino
1 fase do desenvolvimento humano caracterizada pela passagem à juventude e que começa após a puberdade
2 Derivação: por extensão de sentido, sentido figurado.
fase, momento de alguma coisa que se caracteriza pelo viço, pelo frescor; juventude, mocidade
Ex.: nos anos 1960, o rock vivia a sua a.
Etimologia
lat. adolescentìa,ae 'adolescência, mocidade, a idade de mancebo'; ver alt-; f.hist. sXIV adolescencia, sXIV adolecencia, sXV adollacencia
Sinônimos
ver sinonímia de juventude
{verbete}
Datação
sXIV cf. IVPM
Acepções
? substantivo feminino
1 fase do desenvolvimento humano caracterizada pela passagem à juventude e que começa após a puberdade
2 Derivação: por extensão de sentido, sentido figurado.
fase, momento de alguma coisa que se caracteriza pelo viço, pelo frescor; juventude, mocidade
Ex.: nos anos 1960, o rock vivia a sua a.
Etimologia
lat. adolescentìa,ae 'adolescência, mocidade, a idade de mancebo'; ver alt-; f.hist. sXIV adolescencia, sXIV adolecencia, sXV adollacencia
Sinônimos
ver sinonímia de juventude
terça-feira, junho 21, 2005
+ Sartre Básico
Alienação - A alienação é sempre ligada, em Sartre, à objetivação. Em "O Ser e o Nada", é o olhar do outro que me objetiva, que faz de mim algo ao não me tomar a não ser como uma exterioridade; na "Crítica da Razão Dialética", a objetivação se define mais precisamente como materialização. É a matéria que constitui o fundamento real da alienação.
Angústia - Sentimento que não se relaciona a nenhum objeto que se pode encontrar no mundo, mas apenas dentro de si mesmo, isto é, na própria liberdade. Ela pode ser definida como a consciência da própria liberdade, especialmente nas situações mais triviais. Por exemplo, quando decidiu não mais comer pão, Sartre disse: "Não é sem uma pequena angústia que descobri uma vez mais ontem pela manhã que eu era livre para cortar o pedaço de pão que a empregada colocara perto de mim e livre também para levar o pedaço à minha boca. Nada no mundo podia me impedir de fazê-lo a não ser eu mesmo." ("Carnets de la Drôle de Guerre"). A mesma angústia sob forma de vertigem pode ser sentida pelo medo do precipício, quando tomo consciência de que, "se madame me força a salvar minha vida, nada me impede de me precipitar no abismo", que sou absolutamente livre para viver ou morrer. ("O Ser e o Nada"). Com essa concepção de angústia, Sartre se separa de um racionalismo que concede apenas à razão o poder de conduzir à verdade. Em "A Náusea", é precisamente essa disposição que revela a Antoine Roquentin a contingência da existência e a compreensão da existência humana.
Contingência - A contingência se opõe à necessidade de qualificar a existência. Presa à sua nudez, a existência possui uma característica supérflua, que suscita a náusea. É precisamente esse sentimento que invade Roquentin quando as coisas se apresentam a ele, desprovidas de sua utilidade e de seu significado. Assim, no jardim público, a raiz de uma árvore se torna "uma massa negra e disforme, inteiramente bruta"; então, é sua própria existência que se revela.
Engajamento - É a atitude do indivíduo que toma consciência de sua responsabilidade total diante de sua situação histórica e social e decide agir para modificá-la ou denunciá-la. Em certo sentido, o engajamento é um modo de ser pois, pelo próprio fato de existir, eu me engajo, eu estou dentro do mundo ao lado de outros ou, como diz Sartre, estou "em situação". De qualquer forma, essa situação não é um sofrimento que sofro: para cada um dos meus atos, eu escolho livremente minha situação. Minha liberdade e minha responsabilidade são, então, totais, como sublinha Sartre em "O Existencialismo É um Humanismo": Nossa responsabilidade é muito maior do que podemos pensar, pois ela envolve a humanidade inteira". O engajamento é igualmente uma obrigação moral para aquele que, recusando o conforto da atitude contemplativa ou de má-fé, atrai as conseqüências éticas e políticas de seu ser-em-situação. É particularmente o caso do intelectual e do escritor, que, por terem o poder de revelar o mundo, devem se engajar.
Liberdade - Que o homem é livre é uma evidência cuja contestação revela má-fé. Essa liberdade significa negativamente que o homem não é uma coisa e que suas ações, assim como suas "paixões", não revelam de modo nenhum um princípio transcendente, tal como a natureza, a sociedade, o corpo ou o inconsciente psíquico. Positivamente, a liberdade descreve não uma faculdade ou propriedade, mas o ser do homem enquanto ligação eterna com o projeto que lhe é próprio. O homem não escolheu nascer e, de certa forma, sua situação não depende dele; da mesma forma, não pode renunciar à sua liberdade e "nós estamos condenados a ser livres" ("Cadernos por uma Moral"). A liberdade do homem se encontra na menor de suas escolhas empíricas, em seus gostos e vontades, em seu trato de características que levam a uma escolha original que explicita a psicanálise existencial ("O Ser e o Nada"). Assim, a responsabilidade humana é muito maior que a má-fé quer admitir, e, se a liberdade pode ser um fim, ela é igualmente um fardo.
Psicanálise existencial - Sartre opõe à psicanálise freudiana uma psicanálise existencial. Uma e outra têm como objetivo "decifrar os comportamentos empíricos do homem" e partem da convicção de "que não há um gosto, um ato humano, que não seja revelador". Mesmo assim, como a interpretação das condutas muitas vezes são insignificantes, se Freud busca descobrir os complexos inconscientes que os determinam, Sartre recusa categoricamente a hipótese de um inconsciente psíquico. Sartre substitui a hipótese de inconsciente pela idéia de que todo homem é habitado por um projeto original, escolhido livremente, por qual se esforça para realizar seu desejo de ser e que se manifesta nos menores aspectos de sua existência: "O projeto original que se exprime em cada uma de nossas tendência empíricas observáveis é o projeto de ser; ou, se preferirmos, cada tendência empírica é com o projeto original de ser em uma forma de expressão e saciedade simbólica, como as tendências conscientes, em Freud, em ligação aos complexos e à libido original". ("O Ser e o Nada").
Razão dialética - A razão dialética é a razão que torna inteligível toda forma de totalização, quer dizer, toda unificação em curso (seja um simples ato, uma vida humana ou mesmo a história). A razão dialética é, então, a "lógica viva da ação". Ela é, nesse sentido, uma razão prática, por oposição à razão analítica, a que é utilizada pelas ciências positivas, que é uma razão observadora situada no exterior de quem a observa.
Transcendência - Não se trata da transcendência de Deus, no sentido de que Deus está "exterior" ao mundo. Conforme a etimologia latina do termo -construído a partir de "trans" (do outro lado) e "scando" (subir)- a transcendência sartriana designa o movimento da consciência de se conduzir sempre além dela mesma e daquilo que é. A consciência não prende o objeto tal como ele é, mas a apreende em sua incompletude, ultrapassando-a até que não seja mais.
Angústia - Sentimento que não se relaciona a nenhum objeto que se pode encontrar no mundo, mas apenas dentro de si mesmo, isto é, na própria liberdade. Ela pode ser definida como a consciência da própria liberdade, especialmente nas situações mais triviais. Por exemplo, quando decidiu não mais comer pão, Sartre disse: "Não é sem uma pequena angústia que descobri uma vez mais ontem pela manhã que eu era livre para cortar o pedaço de pão que a empregada colocara perto de mim e livre também para levar o pedaço à minha boca. Nada no mundo podia me impedir de fazê-lo a não ser eu mesmo." ("Carnets de la Drôle de Guerre"). A mesma angústia sob forma de vertigem pode ser sentida pelo medo do precipício, quando tomo consciência de que, "se madame me força a salvar minha vida, nada me impede de me precipitar no abismo", que sou absolutamente livre para viver ou morrer. ("O Ser e o Nada"). Com essa concepção de angústia, Sartre se separa de um racionalismo que concede apenas à razão o poder de conduzir à verdade. Em "A Náusea", é precisamente essa disposição que revela a Antoine Roquentin a contingência da existência e a compreensão da existência humana.
Contingência - A contingência se opõe à necessidade de qualificar a existência. Presa à sua nudez, a existência possui uma característica supérflua, que suscita a náusea. É precisamente esse sentimento que invade Roquentin quando as coisas se apresentam a ele, desprovidas de sua utilidade e de seu significado. Assim, no jardim público, a raiz de uma árvore se torna "uma massa negra e disforme, inteiramente bruta"; então, é sua própria existência que se revela.
Engajamento - É a atitude do indivíduo que toma consciência de sua responsabilidade total diante de sua situação histórica e social e decide agir para modificá-la ou denunciá-la. Em certo sentido, o engajamento é um modo de ser pois, pelo próprio fato de existir, eu me engajo, eu estou dentro do mundo ao lado de outros ou, como diz Sartre, estou "em situação". De qualquer forma, essa situação não é um sofrimento que sofro: para cada um dos meus atos, eu escolho livremente minha situação. Minha liberdade e minha responsabilidade são, então, totais, como sublinha Sartre em "O Existencialismo É um Humanismo": Nossa responsabilidade é muito maior do que podemos pensar, pois ela envolve a humanidade inteira". O engajamento é igualmente uma obrigação moral para aquele que, recusando o conforto da atitude contemplativa ou de má-fé, atrai as conseqüências éticas e políticas de seu ser-em-situação. É particularmente o caso do intelectual e do escritor, que, por terem o poder de revelar o mundo, devem se engajar.
Liberdade - Que o homem é livre é uma evidência cuja contestação revela má-fé. Essa liberdade significa negativamente que o homem não é uma coisa e que suas ações, assim como suas "paixões", não revelam de modo nenhum um princípio transcendente, tal como a natureza, a sociedade, o corpo ou o inconsciente psíquico. Positivamente, a liberdade descreve não uma faculdade ou propriedade, mas o ser do homem enquanto ligação eterna com o projeto que lhe é próprio. O homem não escolheu nascer e, de certa forma, sua situação não depende dele; da mesma forma, não pode renunciar à sua liberdade e "nós estamos condenados a ser livres" ("Cadernos por uma Moral"). A liberdade do homem se encontra na menor de suas escolhas empíricas, em seus gostos e vontades, em seu trato de características que levam a uma escolha original que explicita a psicanálise existencial ("O Ser e o Nada"). Assim, a responsabilidade humana é muito maior que a má-fé quer admitir, e, se a liberdade pode ser um fim, ela é igualmente um fardo.
Psicanálise existencial - Sartre opõe à psicanálise freudiana uma psicanálise existencial. Uma e outra têm como objetivo "decifrar os comportamentos empíricos do homem" e partem da convicção de "que não há um gosto, um ato humano, que não seja revelador". Mesmo assim, como a interpretação das condutas muitas vezes são insignificantes, se Freud busca descobrir os complexos inconscientes que os determinam, Sartre recusa categoricamente a hipótese de um inconsciente psíquico. Sartre substitui a hipótese de inconsciente pela idéia de que todo homem é habitado por um projeto original, escolhido livremente, por qual se esforça para realizar seu desejo de ser e que se manifesta nos menores aspectos de sua existência: "O projeto original que se exprime em cada uma de nossas tendência empíricas observáveis é o projeto de ser; ou, se preferirmos, cada tendência empírica é com o projeto original de ser em uma forma de expressão e saciedade simbólica, como as tendências conscientes, em Freud, em ligação aos complexos e à libido original". ("O Ser e o Nada").
Razão dialética - A razão dialética é a razão que torna inteligível toda forma de totalização, quer dizer, toda unificação em curso (seja um simples ato, uma vida humana ou mesmo a história). A razão dialética é, então, a "lógica viva da ação". Ela é, nesse sentido, uma razão prática, por oposição à razão analítica, a que é utilizada pelas ciências positivas, que é uma razão observadora situada no exterior de quem a observa.
Transcendência - Não se trata da transcendência de Deus, no sentido de que Deus está "exterior" ao mundo. Conforme a etimologia latina do termo -construído a partir de "trans" (do outro lado) e "scando" (subir)- a transcendência sartriana designa o movimento da consciência de se conduzir sempre além dela mesma e daquilo que é. A consciência não prende o objeto tal como ele é, mas a apreende em sua incompletude, ultrapassando-a até que não seja mais.
Novo disco de Madonna será totalmente dance
O 10º álbum de Madonna será totalmente baseado na dance music e deverá chegar às lojas em novembro, informa o site do canal de TV norte-americano VH1.
Ainda sem título definido, o disco não deverá trazer músicas lentas e baladas. Madonna terá mais uma vez a colaboração do francês Mirwais --com quem já trabalhou nos discos anteriores "American Life" (2003) e "Music" (2000)-- em algumas faixas.
Além de Mirwais, também participam do CD o produtor francês Price --mais conhecido como Jacques Lu Cont-- e a dupla sueca Bloodshy & Avant, compositores do hit de Britney Spears "Toxic".
Ainda sem título definido, o disco não deverá trazer músicas lentas e baladas. Madonna terá mais uma vez a colaboração do francês Mirwais --com quem já trabalhou nos discos anteriores "American Life" (2003) e "Music" (2000)-- em algumas faixas.
Além de Mirwais, também participam do CD o produtor francês Price --mais conhecido como Jacques Lu Cont-- e a dupla sueca Bloodshy & Avant, compositores do hit de Britney Spears "Toxic".
dicionário.
inerência
{verbete}
Datação
1713 cf. RB
Acepções
substantivo feminino
1 estado de coisas que, por natureza, são inseparáveis e que somente por abstração podem ser dissociadas
1.1 Rubrica: lógica.
relação entre o sujeito e uma qualidade que lhe é intrínseca
Etimologia
inerir + -ência; ver hes-; f.hist. 1713 inherencia
{verbete}
Datação
1713 cf. RB
Acepções
substantivo feminino
1 estado de coisas que, por natureza, são inseparáveis e que somente por abstração podem ser dissociadas
1.1 Rubrica: lógica.
relação entre o sujeito e uma qualidade que lhe é intrínseca
Etimologia
inerir + -ência; ver hes-; f.hist. 1713 inherencia
segunda-feira, junho 20, 2005
Chemical Brothers e DJ Yoda fazem os shows mais concorridos do Sónar 2005
Ana d'Arce
Especial para o UOL Música, em Bercelona
Na noite se sexta-feira (17), os britânicos Ed Simons e Tom Rowlands, a dupla que forma o Chemical Brothers, abarrotaram a maior pista do complexo montado na Fira Gran Via para o Sónar Noite, deixando muita gente para fora ou tentando acompanhar o show das portas do recinto. Esta foi a maior platéia de todo o festival, confirmando a escolha da organização, que colocou o grupo abrindo toda a comunicação, seja no pressbook, catálogo ou nos cartazes de publicidade espalhados pela cidade.
Toda a potência do ótimo sistema de som do SonarClub foi muito bem aproveitada pelo Chemical Brothers, que mais uma vez abriu seu show com o clássico "Hey Boy, Hey Girl" e apresentou um set list que incluia músicas de todos os seus álbuns, especialmente do mais recente, "Push The Botton", lançado este ano.
No sábado (18), o DJ Yoda lotou o SonarPark e fez o show mais concorrido daquela noite. Famoso por sua habilidade nos toca-discos, Yoda montou um repertório com os mais variados estilos musicais. Além disso, o inglês deu um show a parte ao mixar imagens de filmes --utilizando o aparelho DVJ, que permite misturar imagens e sons--, como, por exemplo, "Um Tira no Jardim de Infância", com um solo de banjo. Jeff Mills também apresentou-se com um DVJ ilustrando seu set, já um clássico no Sónar, para uma pista fiel e lotada.
O norte-americano James Murphy fez duas ótimas aparições no Sonar Noite. Como DJ no SonarPub, onde seu estilo barulhento se juntou a uma vasta cultura de black music, acrescida de muitos efeitos e distorções. Já com o grupo LCD Soundsystem, fez um show redondo e empolgou a platéia. Incomodado no início com a distância que separava a banda da beirada do palco, Murphy, que queria estar mais próximo do público, relaxou durante o show e bastante irônico apresentou seis vezes seu parceiro e multi-instrumentista da banda Tim Goldsworthy, chamando-o de Phil. Este se divertia com a brincadeira entre um gole e outro de champanhe no gargalo. O clima à vontade do grupo era tão grande que, quando duas cordas do baixo arrebentaram e não puderam ser trocadas, o baixista continuou no palco dançando animado. O show incluiu uma regravação do Siouxsie and The Banshees e terminou com uma versão mais longa do hit "Yeah".
Em seguida, subiu ao palco SonarClub a DJ Miss Kittin, que fez um set mais pesado que o apresentado na programação diurna e garantiu pista cheia até o final, o que deixou um pouco vazio o SonarPark durante a ótima apresentaçao de Cut Chemist. Trazendo um hip hop contemporâneo como base, este mestre o turntablism misturou vários estilos, colocando inclusive bossa nova e sons de berimbau num set inteligente e bem-humarado, que terminou com uma gravação de vozes do público editada e manipulada ao vivo.
O inglês Luke Vibert, do selo Warp, subiu ao palco depois de Miss Kittin e, tímido, atrás de seu laptop, fez um Live P.A. leve e para cima. Sua apresentação com breakbeats e acid house manteve a pista cheia e animada, apesar da concorrência dos outros palcos, onde um show case da Minus animava o SonarPub e a esperada apresentação de M.I.A.,que não chegou a lotar o SonarPark.
O show da cantora inglesa M.I.A. foi uma das decepções da programação. Sem muita experiência de palco e acompanhada pelo DJ Pancho e por uma vocalista e dançarina, M.I.A. apresentou músicas do seu elogiado disco de estréia "Arular" --que mistura pop, hip hop, raggamufin e funk carioca--, cujas boas críticas acabaram criando uma grande expectativa em torno da apresentação. Ao final, depois do hit "Galang", metade do público saiu do SonarPark antes do bis.
Enquanto isso, no SonarPub, palco a céu aberto na lateral da Fira Gran Via, uma multidão se amontoava em toda sua extensão acompanhando na maior empolgação o set de Richie Hawtin, que encerrou a extensa programação do festival.
Especial para o UOL Música, em Bercelona
Na noite se sexta-feira (17), os britânicos Ed Simons e Tom Rowlands, a dupla que forma o Chemical Brothers, abarrotaram a maior pista do complexo montado na Fira Gran Via para o Sónar Noite, deixando muita gente para fora ou tentando acompanhar o show das portas do recinto. Esta foi a maior platéia de todo o festival, confirmando a escolha da organização, que colocou o grupo abrindo toda a comunicação, seja no pressbook, catálogo ou nos cartazes de publicidade espalhados pela cidade.
Toda a potência do ótimo sistema de som do SonarClub foi muito bem aproveitada pelo Chemical Brothers, que mais uma vez abriu seu show com o clássico "Hey Boy, Hey Girl" e apresentou um set list que incluia músicas de todos os seus álbuns, especialmente do mais recente, "Push The Botton", lançado este ano.
No sábado (18), o DJ Yoda lotou o SonarPark e fez o show mais concorrido daquela noite. Famoso por sua habilidade nos toca-discos, Yoda montou um repertório com os mais variados estilos musicais. Além disso, o inglês deu um show a parte ao mixar imagens de filmes --utilizando o aparelho DVJ, que permite misturar imagens e sons--, como, por exemplo, "Um Tira no Jardim de Infância", com um solo de banjo. Jeff Mills também apresentou-se com um DVJ ilustrando seu set, já um clássico no Sónar, para uma pista fiel e lotada.
O norte-americano James Murphy fez duas ótimas aparições no Sonar Noite. Como DJ no SonarPub, onde seu estilo barulhento se juntou a uma vasta cultura de black music, acrescida de muitos efeitos e distorções. Já com o grupo LCD Soundsystem, fez um show redondo e empolgou a platéia. Incomodado no início com a distância que separava a banda da beirada do palco, Murphy, que queria estar mais próximo do público, relaxou durante o show e bastante irônico apresentou seis vezes seu parceiro e multi-instrumentista da banda Tim Goldsworthy, chamando-o de Phil. Este se divertia com a brincadeira entre um gole e outro de champanhe no gargalo. O clima à vontade do grupo era tão grande que, quando duas cordas do baixo arrebentaram e não puderam ser trocadas, o baixista continuou no palco dançando animado. O show incluiu uma regravação do Siouxsie and The Banshees e terminou com uma versão mais longa do hit "Yeah".
Em seguida, subiu ao palco SonarClub a DJ Miss Kittin, que fez um set mais pesado que o apresentado na programação diurna e garantiu pista cheia até o final, o que deixou um pouco vazio o SonarPark durante a ótima apresentaçao de Cut Chemist. Trazendo um hip hop contemporâneo como base, este mestre o turntablism misturou vários estilos, colocando inclusive bossa nova e sons de berimbau num set inteligente e bem-humarado, que terminou com uma gravação de vozes do público editada e manipulada ao vivo.
O inglês Luke Vibert, do selo Warp, subiu ao palco depois de Miss Kittin e, tímido, atrás de seu laptop, fez um Live P.A. leve e para cima. Sua apresentação com breakbeats e acid house manteve a pista cheia e animada, apesar da concorrência dos outros palcos, onde um show case da Minus animava o SonarPub e a esperada apresentação de M.I.A.,que não chegou a lotar o SonarPark.
O show da cantora inglesa M.I.A. foi uma das decepções da programação. Sem muita experiência de palco e acompanhada pelo DJ Pancho e por uma vocalista e dançarina, M.I.A. apresentou músicas do seu elogiado disco de estréia "Arular" --que mistura pop, hip hop, raggamufin e funk carioca--, cujas boas críticas acabaram criando uma grande expectativa em torno da apresentação. Ao final, depois do hit "Galang", metade do público saiu do SonarPark antes do bis.
Enquanto isso, no SonarPub, palco a céu aberto na lateral da Fira Gran Via, uma multidão se amontoava em toda sua extensão acompanhando na maior empolgação o set de Richie Hawtin, que encerrou a extensa programação do festival.
domingo, junho 19, 2005
Quinto Andar
Quinto Andar ataca a hipocrisia
O coletivo dos MCs De Leve e Shawlin e dos DJs Bruno Marcus e Castro estréia com o CD “Piratão” e proclama que a pirataria é a saída contra as grandes gravadoras
Por Alexandre Matias
“O Quinto Andar é uma cooperativa não-hierárquica em forma de rede de trabalhadores autônomos. Entendemos que os produtos culturais (sejam eles músicas, textos, filmes, etc.) são de crucial importância na formação dos seres, não podendo estar reféns da lógica de lucro que determina a banalização e a padronização de conteúdo e forma. Constataremos que esses produtos tratados como mercadoria perpetuam a mentalidade conformista do consumo e a crença absurda de que o atual modelo de organização econômica e social não é apenas o me-lhor, como único e inevitável.”
Quinto
Assim, o coletivo de hip hop Quinto Andar se explica na contracapa de seu disco de estréia, “Piratão”, lançado em parceria com a revista de Lobão, “Outracoisa”, que lançou os primeiros discos de BNegão e Mombojó. Mas a prática passa longe do sermão de revolucionário engravatado que funciona como bula e apresentação no encarte. Basta passar os olhos pelos títulos de algumas músicas (“Rap do Calote”, “Melô dos Vacilão”) para ver uma pequena discrepância entre discurso e prática.
Pequena pois é só uma questão de semântica – quem conhece o teor das discussões levantadas pelo grupo sabe que, ao falar sério de um lado e escrachar do outro, acertam em pregos diferentes com a mesma martelada. Afinal, foi através da livre distribuição das próprias músicas on-line que o núcleo de Niterói, formado pelos MCs De Leve e Shawlin e pelos produtores Bruno Marcus e DJ Castro, começou a se expandir pelo Brasil, reunindo nomes de outras cidades, como Belo Horizonte e São Paulo. “A festa Zoeira já era em outra cidade”, cutuca De Leve, contando a história do grupo a partir da pioneira festa de hip hop na Lapa, no fim dos anos 90. “Depois disso começou toda aquela história de música na internet.” “Aí a gente foi lançar a coletânea da Zoeira em Belo Horizonte”, emenda o DJ Castro, “quando a gente conheceu o Matéria-Prima, que estava super afinado com a gente”. E o antigo integrante Marechal (cuja estréia solo é aguardada) fez a conexão com São Paulo.
“Piratão” é centrado no núcleo carioca do coletivo, embora conte com participações especiais. Mas o que impressiona na estréia do grupo é o ataque frontal à hipocrisia crescente que domina a máquina cultural brasileira, melhor personificada na faixa “Melô do Piratão”, que defende a pirataria como solução para os problemas da música nacional. “Junte-se a nós na campanha a favor da pirataria, porque os sanguessugas da indústria fonográfica estão matando a música brasileira/ A indústria precisa dos músicos, mas os músicos não precisam da indústria”, cantam, depois de posar de camelô anunciando que “tem Proibidão, Acústico e Ao Vivo/ Disco solo do Leandro que não saiu quando ele era vivo/ Tem disco-bomba se quiser/ E também Bruno e Marrone”, numa espécie de “Arrombou a Festa” do contra.
“A saída é chutar o balde como nós fizemos, não ter medo de botar a cara e criticar as paradas, não ficar fazendo lobby, apertando a mão de todo mundo e sorrindo pra talvez conseguir ter os 15 segundos de fama no Gugu, no Faustão ou na Luciana Gimenez”, sintetiza Bruno. “A gravadora é a máfia, morou?”, continua Castro. “A pirataria são os anticorpos, contra o câncer que são as megaempresas monopolizando a arte.” “A pirataria ajuda a música a ser difundida, pois ninguém compra CD pelo preço cobrado hoje”, completa o MC Shawlin. “Além de ajudar a música, dá empregos a pessoas que poderiam estar roubando, traficando ou trabalhando muito mais duro pela mesma miséria.”
O coletivo dos MCs De Leve e Shawlin e dos DJs Bruno Marcus e Castro estréia com o CD “Piratão” e proclama que a pirataria é a saída contra as grandes gravadoras
Por Alexandre Matias
“O Quinto Andar é uma cooperativa não-hierárquica em forma de rede de trabalhadores autônomos. Entendemos que os produtos culturais (sejam eles músicas, textos, filmes, etc.) são de crucial importância na formação dos seres, não podendo estar reféns da lógica de lucro que determina a banalização e a padronização de conteúdo e forma. Constataremos que esses produtos tratados como mercadoria perpetuam a mentalidade conformista do consumo e a crença absurda de que o atual modelo de organização econômica e social não é apenas o me-lhor, como único e inevitável.”
Quinto
Assim, o coletivo de hip hop Quinto Andar se explica na contracapa de seu disco de estréia, “Piratão”, lançado em parceria com a revista de Lobão, “Outracoisa”, que lançou os primeiros discos de BNegão e Mombojó. Mas a prática passa longe do sermão de revolucionário engravatado que funciona como bula e apresentação no encarte. Basta passar os olhos pelos títulos de algumas músicas (“Rap do Calote”, “Melô dos Vacilão”) para ver uma pequena discrepância entre discurso e prática.
Pequena pois é só uma questão de semântica – quem conhece o teor das discussões levantadas pelo grupo sabe que, ao falar sério de um lado e escrachar do outro, acertam em pregos diferentes com a mesma martelada. Afinal, foi através da livre distribuição das próprias músicas on-line que o núcleo de Niterói, formado pelos MCs De Leve e Shawlin e pelos produtores Bruno Marcus e DJ Castro, começou a se expandir pelo Brasil, reunindo nomes de outras cidades, como Belo Horizonte e São Paulo. “A festa Zoeira já era em outra cidade”, cutuca De Leve, contando a história do grupo a partir da pioneira festa de hip hop na Lapa, no fim dos anos 90. “Depois disso começou toda aquela história de música na internet.” “Aí a gente foi lançar a coletânea da Zoeira em Belo Horizonte”, emenda o DJ Castro, “quando a gente conheceu o Matéria-Prima, que estava super afinado com a gente”. E o antigo integrante Marechal (cuja estréia solo é aguardada) fez a conexão com São Paulo.
“Piratão” é centrado no núcleo carioca do coletivo, embora conte com participações especiais. Mas o que impressiona na estréia do grupo é o ataque frontal à hipocrisia crescente que domina a máquina cultural brasileira, melhor personificada na faixa “Melô do Piratão”, que defende a pirataria como solução para os problemas da música nacional. “Junte-se a nós na campanha a favor da pirataria, porque os sanguessugas da indústria fonográfica estão matando a música brasileira/ A indústria precisa dos músicos, mas os músicos não precisam da indústria”, cantam, depois de posar de camelô anunciando que “tem Proibidão, Acústico e Ao Vivo/ Disco solo do Leandro que não saiu quando ele era vivo/ Tem disco-bomba se quiser/ E também Bruno e Marrone”, numa espécie de “Arrombou a Festa” do contra.
“A saída é chutar o balde como nós fizemos, não ter medo de botar a cara e criticar as paradas, não ficar fazendo lobby, apertando a mão de todo mundo e sorrindo pra talvez conseguir ter os 15 segundos de fama no Gugu, no Faustão ou na Luciana Gimenez”, sintetiza Bruno. “A gravadora é a máfia, morou?”, continua Castro. “A pirataria são os anticorpos, contra o câncer que são as megaempresas monopolizando a arte.” “A pirataria ajuda a música a ser difundida, pois ninguém compra CD pelo preço cobrado hoje”, completa o MC Shawlin. “Além de ajudar a música, dá empregos a pessoas que poderiam estar roubando, traficando ou trabalhando muito mais duro pela mesma miséria.”
dicionário.
sampleador
{verbete}
Acepções
adjetivo e substantivo masculino
Rubrica: música.
diz-se de ou instrumento eletrônico que utiliza sons previamente gravados e armazenados digitalmente em sua memória, podendo alterá-los de diversas formas, à maneira de um sintetizador
Etimologia
rad. de sampleado (part. de samplear) + -or
{verbete}
Acepções
adjetivo e substantivo masculino
Rubrica: música.
diz-se de ou instrumento eletrônico que utiliza sons previamente gravados e armazenados digitalmente em sua memória, podendo alterá-los de diversas formas, à maneira de um sintetizador
Etimologia
rad. de sampleado (part. de samplear) + -or
sábado, junho 18, 2005
dicionário
fenomenologia
{verbete}
Datação
1873 cf. DV
Acepções
substantivo feminino
Rubrica: filosofia.
1 no pensamento setecentista, descrição filosófica dos fenômenos, em sua natureza aparente e ilusória, manifestados na experiência aos sentidos humanos e à consciência imediata
2 na filosofia de William Hamilton (1788-1856), a descrição imediata, anterior a qualquer explicação teórica, dos fatos e ocorrências psíquicas
3 em E. Husserl (1859-1938), método filosófico que se propõe a uma descrição da experiência vivida da consciência, cujas manifestações são expurgadas de suas características reais ou empíricas e consideradas no plano da generalidade essencial [Reconhecida como uma das principais correntes filosóficas do sXX, influenciou autores como Heidegger (1889-1976), Sartre (1905-1980) e Merleau-Ponty (1908-1961).]
4 Derivação: por extensão de sentido.
cada uma das doutrinas filosóficas inspiradas nesse método, porém seguindo desdobramentos particulares
Ex.: a f. de Merleau-Ponty
5 Derivação: por extensão de sentido.
qualquer formulação teórica (esp. nas ciências humanas, psicologia ou psicanálise) que busque ressaltar descritivamente a experiência vivida da subjetividade, em detrimento de princípios, teorias ou valores preestabelecidos
Locuções
f. do espírito
Rubrica: filosofia.
no hegelianismo, a história do espírito humano em busca do conhecimento de si e da natureza, em um processo evolutivo que se eleva das sensações individuais e meramente aparentes à razão universal e verdadeira
f. religiosa
Rubrica: religião.
estudo sistemático e ordenado de uma religião, seus princípios e manifestações históricas, que visa apreender os fenômenos religiosos e seu significado como expressão da espiritualidade humana
f. religiosa
Rubrica: religião.
estudo sistemático e ordenado de uma religião, seus princípios e manifestações históricas, que visa apreender os fenômenos religiosos e seu significado como expressão da espiritualidade humana
Etimologia
fenômeno + -logia; termo prov. criado por J.H. Lambert (1728-1777, matemático e filósofo alsaciano) e difundido por William Hamilton (filósofo escocês); ver feno(m)-; f.hist. 1873 phenomenologia
{verbete}
Datação
1873 cf. DV
Acepções
substantivo feminino
Rubrica: filosofia.
1 no pensamento setecentista, descrição filosófica dos fenômenos, em sua natureza aparente e ilusória, manifestados na experiência aos sentidos humanos e à consciência imediata
2 na filosofia de William Hamilton (1788-1856), a descrição imediata, anterior a qualquer explicação teórica, dos fatos e ocorrências psíquicas
3 em E. Husserl (1859-1938), método filosófico que se propõe a uma descrição da experiência vivida da consciência, cujas manifestações são expurgadas de suas características reais ou empíricas e consideradas no plano da generalidade essencial [Reconhecida como uma das principais correntes filosóficas do sXX, influenciou autores como Heidegger (1889-1976), Sartre (1905-1980) e Merleau-Ponty (1908-1961).]
4 Derivação: por extensão de sentido.
cada uma das doutrinas filosóficas inspiradas nesse método, porém seguindo desdobramentos particulares
Ex.: a f. de Merleau-Ponty
5 Derivação: por extensão de sentido.
qualquer formulação teórica (esp. nas ciências humanas, psicologia ou psicanálise) que busque ressaltar descritivamente a experiência vivida da subjetividade, em detrimento de princípios, teorias ou valores preestabelecidos
Locuções
f. do espírito
Rubrica: filosofia.
no hegelianismo, a história do espírito humano em busca do conhecimento de si e da natureza, em um processo evolutivo que se eleva das sensações individuais e meramente aparentes à razão universal e verdadeira
f. religiosa
Rubrica: religião.
estudo sistemático e ordenado de uma religião, seus princípios e manifestações históricas, que visa apreender os fenômenos religiosos e seu significado como expressão da espiritualidade humana
f. religiosa
Rubrica: religião.
estudo sistemático e ordenado de uma religião, seus princípios e manifestações históricas, que visa apreender os fenômenos religiosos e seu significado como expressão da espiritualidade humana
Etimologia
fenômeno + -logia; termo prov. criado por J.H. Lambert (1728-1777, matemático e filósofo alsaciano) e difundido por William Hamilton (filósofo escocês); ver feno(m)-; f.hist. 1873 phenomenologia
dicionário.
metafísica
{verbete}
Datação
sXIV cf. AGC
Acepções
substantivo feminino
Rubrica: filosofia.
1 no aristotelismo, subdivisão fundamental da filosofia, caracterizada pela investigação das realidades que transcendem a experiência sensível, capaz de fornecer um fundamento a todas as ciências particulares, por meio da reflexão a respeito da natureza primacial do ser; filosofia primeira [O termo não remonta ao próprio Aristóteles (sIV a.C.), mas a um peripatético posterior, prov. Andronico de Rodes (sI a.C.).]
1.1 parte da tradição filosófica aristotélica esp. desenvolvida pela escolástica medieval, voltada para a investigação teorética da divindade, o ser mais perfeito e elevado, causa de todos os outros seres e realidades do universo; teologia
Obs.: cf. metafísica teológica
1.2 linha temática inerente à escola peripatética, caracterizada pela especulação a respeito do ser, suas determinações necessárias e princípios universais, oferecendo desta maneira o fundamento teórico para que as ciências particulares investiguem os seres da realidade sensível; ontologia
Obs.: cf. metafísica ontológica
2 Derivação: por extensão de sentido.
no kantismo, estudo das formas ou leis constitutivas da razão pura, fundamento de toda especulação a respeito de realidades supra-sensíveis (a totalidade cósmica, Deus ou a alma humana), e fonte de princípios gerais para o conhecimento empírico
3 Derivação: por extensão de sentido.
qualquer sistema filosófico voltado para uma compreensão ontológica, teológica ou supra-sensível da realidade
3.1 Uso: pejorativo.
no positivismo ou materialismo contemporâneos, qualquer teoria destituída de sentido, verificabilidade, operacionalidade pragmática ou concretude, apresentando conseqüentemente tendências dogmáticas, irrealistas ou ideológicas
Locuções
m. ontológica
Rubrica: filosofia.
cada uma das teorias filosóficas a respeito do ser em geral, excluindo portanto a caracterização dos entes específicos e determinados; ontologia
m. teológica
Rubrica: filosofia.
qualquer doutrina filosófica que, tal como o neoplatonismo ou a escolástica, esteja voltada fundamentalmente para o conhecimento da divindade, do ser primeiro e perfeito, para além do que é captável pelos sentidos na experiência ordinária; teologia
m. teológica
Rubrica: filosofia.
qualquer doutrina filosófica que, tal como o neoplatonismo ou a escolástica, esteja voltada fundamentalmente para o conhecimento da divindade, do ser primeiro e perfeito, para além do que é captável pelos sentidos na experiência ordinária; teologia
Etimologia
lat.medv. metaphysica do gr. tà metaphysiká, ambas no neutro pl., voc. formados da expr. do gr. tà metà tà physiká 'os (tratados) depois da física', na classificação das obras de Aristóteles; do seu sentido original, a expr. gr. tà metà tà physiká passou a designar o campo de estudo que tais obras de Aristóteles abrangiam, significando depois 'estudo ou ciência daquilo que transcende o físico ou natural', acp. que se tornou cursiva entre os escolásticos; f.hist. sXIV metafisica, sXV methafísica, a1716 metaphysica
Sinônimos
ver sinonímia de transcendência
Parônimos
metafisica(fl.metafisicar)
{verbete}
Datação
sXIV cf. AGC
Acepções
substantivo feminino
Rubrica: filosofia.
1 no aristotelismo, subdivisão fundamental da filosofia, caracterizada pela investigação das realidades que transcendem a experiência sensível, capaz de fornecer um fundamento a todas as ciências particulares, por meio da reflexão a respeito da natureza primacial do ser; filosofia primeira [O termo não remonta ao próprio Aristóteles (sIV a.C.), mas a um peripatético posterior, prov. Andronico de Rodes (sI a.C.).]
1.1 parte da tradição filosófica aristotélica esp. desenvolvida pela escolástica medieval, voltada para a investigação teorética da divindade, o ser mais perfeito e elevado, causa de todos os outros seres e realidades do universo; teologia
Obs.: cf. metafísica teológica
1.2 linha temática inerente à escola peripatética, caracterizada pela especulação a respeito do ser, suas determinações necessárias e princípios universais, oferecendo desta maneira o fundamento teórico para que as ciências particulares investiguem os seres da realidade sensível; ontologia
Obs.: cf. metafísica ontológica
2 Derivação: por extensão de sentido.
no kantismo, estudo das formas ou leis constitutivas da razão pura, fundamento de toda especulação a respeito de realidades supra-sensíveis (a totalidade cósmica, Deus ou a alma humana), e fonte de princípios gerais para o conhecimento empírico
3 Derivação: por extensão de sentido.
qualquer sistema filosófico voltado para uma compreensão ontológica, teológica ou supra-sensível da realidade
3.1 Uso: pejorativo.
no positivismo ou materialismo contemporâneos, qualquer teoria destituída de sentido, verificabilidade, operacionalidade pragmática ou concretude, apresentando conseqüentemente tendências dogmáticas, irrealistas ou ideológicas
Locuções
m. ontológica
Rubrica: filosofia.
cada uma das teorias filosóficas a respeito do ser em geral, excluindo portanto a caracterização dos entes específicos e determinados; ontologia
m. teológica
Rubrica: filosofia.
qualquer doutrina filosófica que, tal como o neoplatonismo ou a escolástica, esteja voltada fundamentalmente para o conhecimento da divindade, do ser primeiro e perfeito, para além do que é captável pelos sentidos na experiência ordinária; teologia
m. teológica
Rubrica: filosofia.
qualquer doutrina filosófica que, tal como o neoplatonismo ou a escolástica, esteja voltada fundamentalmente para o conhecimento da divindade, do ser primeiro e perfeito, para além do que é captável pelos sentidos na experiência ordinária; teologia
Etimologia
lat.medv. metaphysica do gr. tà metaphysiká, ambas no neutro pl., voc. formados da expr. do gr. tà metà tà physiká 'os (tratados) depois da física', na classificação das obras de Aristóteles; do seu sentido original, a expr. gr. tà metà tà physiká passou a designar o campo de estudo que tais obras de Aristóteles abrangiam, significando depois 'estudo ou ciência daquilo que transcende o físico ou natural', acp. que se tornou cursiva entre os escolásticos; f.hist. sXIV metafisica, sXV methafísica, a1716 metaphysica
Sinônimos
ver sinonímia de transcendência
Parônimos
metafisica(fl.metafisicar)
dicionário
transcendência
{verbete}
Datação
1672-1693 cf. MonLus
Acepções
? substantivo feminino
1 caráter do que é 1transcendente
2 superioridade de inteligência; perspicácia, sagacidade
3 importância superior
Ex.: questões de grande t.
4 Rubrica: filosofia.
na tradição metafísica (esp. o neoplatonismo e a escolástica), caráter inerente a um princípio ou ser divino que ultrapassa radicalmente a realidade sensível, e com a qual mantém, em decorrência de sua perfeição e superioridade absolutas, uma relação de soberania e de distância
5 Rubrica: filosofia.
no kantismo, qualidade apresentada pelas idéias que, embora pertencentes ao âmbito da especulação racional humana, caracterizam-se por ultrapassar os dados oferecidos pela experiência, sendo por isso inapropriadas para o conhecimento
6 Derivação: por extensão de sentido. Rubrica: filosofia.
na fenomenologia e esp. no existencialismo, ação por meio da qual a existência humana ultrapassa a sua realidade imediata, alcançando o mundo objetivo, a temporalidade inaparente (o passado e o futuro) e a liberdade
7 Rubrica: religião.
para os teístas, qualidade de Deus em relação ao mundo e aos seres que Ele criou
Etimologia
lat. transcendentìa,ae 'ação de subir, de escalar', der. de transcendère 'passar subindo, atravessar, ultrapassar, transpor'; ver -scend-; f.hist. 1672-1693 transcendencia
Sinônimos
elevação, excelência, importância, majestade, metafísica, proeminência, sobreeminência, sobrepujamento, sobrepujança, sublimidade, supereminência, superioridade
Antônimos
imanência
{verbete}
Datação
1672-1693 cf. MonLus
Acepções
? substantivo feminino
1 caráter do que é 1transcendente
2 superioridade de inteligência; perspicácia, sagacidade
3 importância superior
Ex.: questões de grande t.
4 Rubrica: filosofia.
na tradição metafísica (esp. o neoplatonismo e a escolástica), caráter inerente a um princípio ou ser divino que ultrapassa radicalmente a realidade sensível, e com a qual mantém, em decorrência de sua perfeição e superioridade absolutas, uma relação de soberania e de distância
5 Rubrica: filosofia.
no kantismo, qualidade apresentada pelas idéias que, embora pertencentes ao âmbito da especulação racional humana, caracterizam-se por ultrapassar os dados oferecidos pela experiência, sendo por isso inapropriadas para o conhecimento
6 Derivação: por extensão de sentido. Rubrica: filosofia.
na fenomenologia e esp. no existencialismo, ação por meio da qual a existência humana ultrapassa a sua realidade imediata, alcançando o mundo objetivo, a temporalidade inaparente (o passado e o futuro) e a liberdade
7 Rubrica: religião.
para os teístas, qualidade de Deus em relação ao mundo e aos seres que Ele criou
Etimologia
lat. transcendentìa,ae 'ação de subir, de escalar', der. de transcendère 'passar subindo, atravessar, ultrapassar, transpor'; ver -scend-; f.hist. 1672-1693 transcendencia
Sinônimos
elevação, excelência, importância, majestade, metafísica, proeminência, sobreeminência, sobrepujamento, sobrepujança, sublimidade, supereminência, superioridade
Antônimos
imanência
dicionário.
imanência
{verbete}
Datação
sXVI cf. AGC
Acepções
substantivo feminino
1 qualidade ou estado de imanente
2 Rubrica: filosofia.
qualidade do que pertence à substância ou essência de algo, à sua interioridade, em contraste com a existência, real ou fictícia, de uma dimensão externa
2.1 Rubrica: filosofia.
atributo do que é inerente ao mundo concreto e material, à natureza
3 Derivação: por metonímia. Rubrica: filosofia.
a realidade material, em sua concretude
Etimologia
lat.medv. immanentìa,ae 'id.' de immanens,entis, part.pres. de immanére; ver man(s)-
Antônimos
transcendência
{verbete}
Datação
sXVI cf. AGC
Acepções
substantivo feminino
1 qualidade ou estado de imanente
2 Rubrica: filosofia.
qualidade do que pertence à substância ou essência de algo, à sua interioridade, em contraste com a existência, real ou fictícia, de uma dimensão externa
2.1 Rubrica: filosofia.
atributo do que é inerente ao mundo concreto e material, à natureza
3 Derivação: por metonímia. Rubrica: filosofia.
a realidade material, em sua concretude
Etimologia
lat.medv. immanentìa,ae 'id.' de immanens,entis, part.pres. de immanére; ver man(s)-
Antônimos
transcendência
dicionário. ( epistem- + -o- + -logia )
epistemologia
{verbete}
Datação
1942 cf. PD3
Acepções
substantivo feminino
Rubrica: filosofia.
1 reflexão geral em torno da natureza, etapas e limites do conhecimento humano, esp. nas relações que se estabelecem entre o sujeito indagativo e o objeto inerte, as duas polaridades tradicionais do processo cognitivo; teoria do conhecimento
Obs.: cf. gnosiologea
2 Derivação: freqüentemente.
estudo dos postulados, conclusões e métodos dos diferentes ramos do saber científico, ou das teorias e práticas em geral, avaliadas em sua validade cognitiva, ou descritas em suas trajetórias evolutivas, seus paradigmas estruturais ou suas relações com a sociedade e a história; teoria da ciência
{verbete}
Datação
1942 cf. PD3
Acepções
substantivo feminino
Rubrica: filosofia.
1 reflexão geral em torno da natureza, etapas e limites do conhecimento humano, esp. nas relações que se estabelecem entre o sujeito indagativo e o objeto inerte, as duas polaridades tradicionais do processo cognitivo; teoria do conhecimento
Obs.: cf. gnosiologea
2 Derivação: freqüentemente.
estudo dos postulados, conclusões e métodos dos diferentes ramos do saber científico, ou das teorias e práticas em geral, avaliadas em sua validade cognitiva, ou descritas em suas trajetórias evolutivas, seus paradigmas estruturais ou suas relações com a sociedade e a história; teoria da ciência
sexta-feira, junho 17, 2005
Mucky Fingers
know you think you deserve
an explanation on the meanings of life
but what you think that you heard
slipped away out the back of your mind
you get your mucky fingers burned
you get your truth from the lies you were learned
and all your plastic believers
still leave us and they won't return (walk on)
and when you look in the mirror
and your tying up your buttons and bows
and as you face your disease
you can squeeze into the emperor's clothes
you found your god in a paperback
you get your history from the union jack
and all your brothers and sisters
have gone and they wont come back
fed up with life in the city
cos all the phonies are on my mind
when i'm gone, yeah, you look like you miss me
so come along with me, don't ask why
cos it's all mine!!X4 [& X3 After Instrumental]
(Okay)
an explanation on the meanings of life
but what you think that you heard
slipped away out the back of your mind
you get your mucky fingers burned
you get your truth from the lies you were learned
and all your plastic believers
still leave us and they won't return (walk on)
and when you look in the mirror
and your tying up your buttons and bows
and as you face your disease
you can squeeze into the emperor's clothes
you found your god in a paperback
you get your history from the union jack
and all your brothers and sisters
have gone and they wont come back
fed up with life in the city
cos all the phonies are on my mind
when i'm gone, yeah, you look like you miss me
so come along with me, don't ask why
cos it's all mine!!X4 [& X3 After Instrumental]
(Okay)
Olha o bot!
Falha no Orkut permite destruição de comunidades
JULIANA CARPANEZ da Folha OnlineOs usuários do Orkut --já acostumados com mensagens de erros e problemas de navegação-- se depararam recentemente com uma falha classificada por alguns internautas como a pior já apresentada pela ferramenta. Esse problema disponibilizou nas comunidades o link "become a moderator" (no lugar do nome do proprietário) e permitiu que usuários roubassem o status de moderador dos grupos. Criou-se então uma guerra virtual --cheia de acusações trocadas via scrap-- entre aqueles que roubaram as comunidades e os usuários que as querem de volta. Aparentemente, a falha foi consertada pelo Orkut, que diz estar "trabalhando arduamente para a solução do problema identificado na última sexta-feira". Alguns internautas se aproveitaram da brecha para deletar grupos --de acordo com torcedores, isso aconteceu com o "Corinthians" (66,5 mil membros) e "Corinthianos --Imprensa Limpa" (486 membros), que não podem mais ser acessados. O estudante de ciência da computação Raphael Canguçu, 20, usou a brecha para tornar-se dono de cerca de cem comunidades e foi ameaçado por isso. Um internauta que dizia ser de uma comunidade do São Paulo (time de futebol) ligou para sua casa e afirmou que a torcida iria bater no novo moderador. "Fiquei assustado e devolvi a comunidade. Sou muito mais minha integridade física do que um grupo do Orkut", diz. Canguçu já devolveu cerca de 30 comunidades e afirma que repassará todas para seus donos originais. "Não vou deletá-las, mas só pretendo devolvê-las depois de fazer um marketing pessoal." Ao que tudo indica, o internauta conseguiu atingir esse objetivo: seu scrapbook está cheio, e os usuários lotaram sua caixa de e-mail com dúvidas e reclamações.Do bem Muitos dos que se apoderaram das comunidades durante o final de semana não tinham o objetivo de destruí-las, mas sim devolvê-las aos donos originais. "Decidi pegar o máximo de comunidades vulneráveis para salvá-las de pessoas com más intenções", afirma o internauta de nome fictício Angellus Lestat, que tornou-se moderador de dezenas delas.Depois de explicar o bug diversas vezes em sua página, Angellus passou a devolver os grupos para seus donos originais. Conforme os internautas entenderam suas intenções, as mensagens mudaram de "como simplesmente pega a comunidade sem pedir???" e "devolve as comunidades" para "achei muito legal tua atitude" e outros agradecimentos. Por causa de suas ações, Angellus também recebeu pedidos de ajuda. "Estou em uma comunidade muito grande, mas a moderadora é muito chata e autoritária. Ela apaga tópicos enormes só porque falam algo que ela não goste. Se não for pedir demais, tenta pegar a comunidade para você", diz um internauta insatisfeito com o excesso de regras do "Evanescence Brazil" (24,2 mil membros). Assim como Angellus, muitos internautas que se apoderaram das comunidades para devolvê-las tiveram de agüentar reclamações e ameaças. "Esse bug tá dando muito trabalho pra gente, não tô mais agüentando a pressão", afirmou em um scrap André Marques, que diz já estar devolvendo os grupos para os moderadores originais.
JULIANA CARPANEZ da Folha OnlineOs usuários do Orkut --já acostumados com mensagens de erros e problemas de navegação-- se depararam recentemente com uma falha classificada por alguns internautas como a pior já apresentada pela ferramenta. Esse problema disponibilizou nas comunidades o link "become a moderator" (no lugar do nome do proprietário) e permitiu que usuários roubassem o status de moderador dos grupos. Criou-se então uma guerra virtual --cheia de acusações trocadas via scrap-- entre aqueles que roubaram as comunidades e os usuários que as querem de volta. Aparentemente, a falha foi consertada pelo Orkut, que diz estar "trabalhando arduamente para a solução do problema identificado na última sexta-feira". Alguns internautas se aproveitaram da brecha para deletar grupos --de acordo com torcedores, isso aconteceu com o "Corinthians" (66,5 mil membros) e "Corinthianos --Imprensa Limpa" (486 membros), que não podem mais ser acessados. O estudante de ciência da computação Raphael Canguçu, 20, usou a brecha para tornar-se dono de cerca de cem comunidades e foi ameaçado por isso. Um internauta que dizia ser de uma comunidade do São Paulo (time de futebol) ligou para sua casa e afirmou que a torcida iria bater no novo moderador. "Fiquei assustado e devolvi a comunidade. Sou muito mais minha integridade física do que um grupo do Orkut", diz. Canguçu já devolveu cerca de 30 comunidades e afirma que repassará todas para seus donos originais. "Não vou deletá-las, mas só pretendo devolvê-las depois de fazer um marketing pessoal." Ao que tudo indica, o internauta conseguiu atingir esse objetivo: seu scrapbook está cheio, e os usuários lotaram sua caixa de e-mail com dúvidas e reclamações.Do bem Muitos dos que se apoderaram das comunidades durante o final de semana não tinham o objetivo de destruí-las, mas sim devolvê-las aos donos originais. "Decidi pegar o máximo de comunidades vulneráveis para salvá-las de pessoas com más intenções", afirma o internauta de nome fictício Angellus Lestat, que tornou-se moderador de dezenas delas.Depois de explicar o bug diversas vezes em sua página, Angellus passou a devolver os grupos para seus donos originais. Conforme os internautas entenderam suas intenções, as mensagens mudaram de "como simplesmente pega a comunidade sem pedir???" e "devolve as comunidades" para "achei muito legal tua atitude" e outros agradecimentos. Por causa de suas ações, Angellus também recebeu pedidos de ajuda. "Estou em uma comunidade muito grande, mas a moderadora é muito chata e autoritária. Ela apaga tópicos enormes só porque falam algo que ela não goste. Se não for pedir demais, tenta pegar a comunidade para você", diz um internauta insatisfeito com o excesso de regras do "Evanescence Brazil" (24,2 mil membros). Assim como Angellus, muitos internautas que se apoderaram das comunidades para devolvê-las tiveram de agüentar reclamações e ameaças. "Esse bug tá dando muito trabalho pra gente, não tô mais agüentando a pressão", afirmou em um scrap André Marques, que diz já estar devolvendo os grupos para os moderadores originais.
quinta-feira, junho 16, 2005
Cover ver.
Enjoy this trip, enjoy this trip
And it is a trip
Countdown is progressing
Uno, Dos, Uno, Dos, Trez, Quatro
S Express
S Express
Come on and
Come on and
Come on and
Come on and
I've got the hots for you
I've got the hots for you
I've got the hots for you
I've got the hots for you
shut up that ghetto blaster
And it is a trip
Countdown is progressing
Uno, Dos, Uno, Dos, Trez, Quatro
S Express
S Express
Come on and
Come on and
Come on and
Come on and
I've got the hots for you
I've got the hots for you
I've got the hots for you
I've got the hots for you
shut up that ghetto blaster
quarta-feira, junho 15, 2005
Diário de Bordo do La Carne
TAUBATÉ - 21.05.05
Vai Lá!
E lá estávamos nós encarando de novo a tal da estrada. Encarando de novo algo que qualquer um já teria deixado pra trás. Claro que já encaramos muitas roubadas e claro que não é toda hora que tudo dá certo. E isso é mais do que normal.
Mas o legal dessa viagem a Taubaté foi que, diferente de outras viagens, fomos bem antes da hora do show. Aí paramos na casa do Wellington Gramophone em Caçapava pra um churrasco. Isso mesmo, churrasco na tarde de sábado, cerveja gelada, Cowboy Junkies dando canja no som, tudo antes do show, precisa mais?
Tava lá além de nosso anfitrião o Sr. e Sra. Gramophone, que jogavam carta e ouviam toda espécie de asneira, tava também os Monaural, os La Carne, o Fabrício Monocromo e, é claro, os gatos da casa que sumiram quando chegou o bando todo. Não, não associar com o churrasco, fazfavor...
Aí quase lá pelas 6, rumamos pra Taubaté.
Quando chegamos na UNITAU já tinha uma galera na frente fazendo fila pra entrar, o que sempre é um bom sinal. Aí, claro, rumamos pra um boteco mais próximo pra calibrar o nível de ethanol necessário pra um show digno.
Foi na Lanchonete Santo Expedito. O defensor das causas de última hora, impossíveis, acho que é isso. E ali, a seus pés, um monte de caras bebendo seus sonhos. Um monte de gente ali. Uma rua com aquelas casas sem quintal, com a porta da sala na calçada e que você via a família assistindo tevê. Na mesa tinha La Carne, Boi e Gabi do Seamus, Léo Vinhas do Scream & Yell e um cara que passava vendendo biju e tocando aquele triângulo. E a gente ali, bebendo.. Pois então, talvez seja essa nossa causa urgente, tocar um som, beber com amigos e voltar pra casa.
Voltamos pra Unitau pro começo dos shows. Foi assim, Monaural, Sidhaloka, The Vain e La Carne. Creio que todas as bandas tenham curtido o show. Mesmo com caixa de bateria quebrando, com choque na guitarra, com baixo bem baixo. Monaural quebrou a bateria. Sidhaloka caiu o vocal. The Vain sumiu a guitarra e La Carne furou o bumbo.
Enfim, essas e outras coisas sem importância que não conseguem tirar o prazer de fazer um belo show. Como deve ser, certo?
Do palco você via aquele auditório, as pessoas nas cadeiras, uns esqueciam das cadeiras e iam pra frente, dois se apossaram do microfone em Viaduto do Sol, e teve gente que disse – depois do show - que não podia se expressar naquela hora porque não estava em condições para tal.
Sentiu o tamanho do treta? Esse é o nosso Desconhece o rumo.
Depois teve parada pra um rango naqueles lugares ótimos dessas cidades que fazem uns lanches que salvam o dia. E com maionese de alho. Maravilha!
Então caímos de novo na Dutra na volta pra casa.
Sempre a volta pra casa.
E no silêncio da noite, as cidades passavam lentamente ao som de Across a Hundred 10 street, aquele som do filme Jack Brown, que diz algo mais ou menos assim:
“you got to be strong, if you wanna sourvive..”
Como é bom voltar pra casa.
Vai Lá!
E lá estávamos nós encarando de novo a tal da estrada. Encarando de novo algo que qualquer um já teria deixado pra trás. Claro que já encaramos muitas roubadas e claro que não é toda hora que tudo dá certo. E isso é mais do que normal.
Mas o legal dessa viagem a Taubaté foi que, diferente de outras viagens, fomos bem antes da hora do show. Aí paramos na casa do Wellington Gramophone em Caçapava pra um churrasco. Isso mesmo, churrasco na tarde de sábado, cerveja gelada, Cowboy Junkies dando canja no som, tudo antes do show, precisa mais?
Tava lá além de nosso anfitrião o Sr. e Sra. Gramophone, que jogavam carta e ouviam toda espécie de asneira, tava também os Monaural, os La Carne, o Fabrício Monocromo e, é claro, os gatos da casa que sumiram quando chegou o bando todo. Não, não associar com o churrasco, fazfavor...
Aí quase lá pelas 6, rumamos pra Taubaté.
Quando chegamos na UNITAU já tinha uma galera na frente fazendo fila pra entrar, o que sempre é um bom sinal. Aí, claro, rumamos pra um boteco mais próximo pra calibrar o nível de ethanol necessário pra um show digno.
Foi na Lanchonete Santo Expedito. O defensor das causas de última hora, impossíveis, acho que é isso. E ali, a seus pés, um monte de caras bebendo seus sonhos. Um monte de gente ali. Uma rua com aquelas casas sem quintal, com a porta da sala na calçada e que você via a família assistindo tevê. Na mesa tinha La Carne, Boi e Gabi do Seamus, Léo Vinhas do Scream & Yell e um cara que passava vendendo biju e tocando aquele triângulo. E a gente ali, bebendo.. Pois então, talvez seja essa nossa causa urgente, tocar um som, beber com amigos e voltar pra casa.
Voltamos pra Unitau pro começo dos shows. Foi assim, Monaural, Sidhaloka, The Vain e La Carne. Creio que todas as bandas tenham curtido o show. Mesmo com caixa de bateria quebrando, com choque na guitarra, com baixo bem baixo. Monaural quebrou a bateria. Sidhaloka caiu o vocal. The Vain sumiu a guitarra e La Carne furou o bumbo.
Enfim, essas e outras coisas sem importância que não conseguem tirar o prazer de fazer um belo show. Como deve ser, certo?
Do palco você via aquele auditório, as pessoas nas cadeiras, uns esqueciam das cadeiras e iam pra frente, dois se apossaram do microfone em Viaduto do Sol, e teve gente que disse – depois do show - que não podia se expressar naquela hora porque não estava em condições para tal.
Sentiu o tamanho do treta? Esse é o nosso Desconhece o rumo.
Depois teve parada pra um rango naqueles lugares ótimos dessas cidades que fazem uns lanches que salvam o dia. E com maionese de alho. Maravilha!
Então caímos de novo na Dutra na volta pra casa.
Sempre a volta pra casa.
E no silêncio da noite, as cidades passavam lentamente ao som de Across a Hundred 10 street, aquele som do filme Jack Brown, que diz algo mais ou menos assim:
“you got to be strong, if you wanna sourvive..”
Como é bom voltar pra casa.
drumba no Lov.e - game over.
DJ paulistano Marky e clube Lov.e anunciam separação
THIAGO NEY
da Folha de S. Paulo
Acontece amanhã a separação da mais consistente união da cena eletrônica de São Paulo: após sete anos, Marky deixará de comandar sua noite Vibe no Lov.e.
O fim do relacionamento, que deixa um gosto amargo para ambos, é simbólico: Marky é o mais conhecido DJ brasileiro, tanto aqui como lá fora, enquanto o Lov.e, que dá/deu espaço para estilos como tecno, house, electro, breaks, funk carioca, rock e o próprio drum'n'bass, é o clube-referência da cidade.
Marky é o único DJ a ter tocado na casa desde a sua abertura, em 1998, comandando a noite Vibe às quintas-feiras. A relação, dizem os dois lados, estava desgastada.
"É difícil para uma noite se sustentar durante cinco anos, imagina sete anos...", diz Marky. "As pessoas se cansam mesmo. Desde que o Lov.e abriu, muitas coisas mudaram. O público mudou e a própria identidade da música eletrônica mudou bastante."
Segundo Flávia Ceccato, proprietária do Lov.e, o clube tomou a decisão de encerrar a noite de d'n'b porque ela já não atraía tanto público. Segundo Ceccato, no auge da popularidade, entre 1999 e 2001, a Vibe chegava a receber 800 pessoas por noite. Nos últimos meses, o número não passava de 250, "com sorte".
"Estava desgastante tanto para o Marky quanto para a casa. É estranho, pois você vai num Skol Beats e a tenda de drum'n'bass é uma loucura, mas essas pessoas não iam ao clube. Não é uma coisa isolada, pois mesmo em Londres o d'n'b já não está tão em alta."
"Não tenho certeza se era apenas a Vibe que não estava recebendo público suficiente...", afirma Marky. "O drum'n'bass atrai público, sim. Atrai inclusive o maior número de pessoas de toda a música eletrônica. Um exemplo simples é a quantidade de gente que vai às tendas de d'n'b em festivais grandes como [os britânicos] Homelands, Glastonbury, Global Gathering e o Skol Beats. O que atrai ou repele o público de uma festa é a administração da festa. Se um trabalho decente e profissional for feito, o público vem. Não tem segredo."
A rusga entre as duas partes acontece porque, para o clube, a noite vinha perdendo público porque não se reformulava, enquanto o DJ diz que o Lov.e não promovia a festa como deveria. Em recente entrevista à revista "Beatz", Marky disse que o carioca Marlboro, que tem uma residência às quartas no clube paulistano, recebia mais atenção.
"A noite do Marlboro ganha mais visibilidade, sim, principalmente porque se trata de um projeto novo. Vamos ver se essa festa dura sete anos também."
Para Ceccato, "Marlboro não tem nada a ver com isso". "É que grande parte do público, principalmente as mulheres, acabou migrando para outros estilos, como rap, funk carioca e breaks. E o d'n'b não conseguiu recuperar."
A empresária não decidiu quem ficará com as noites de quinta do Lov.e. Marky afirma que levará a Vibe para outro clube. "Vamos reformular a Vibe e prosseguir a residência em outro lugar maior e mais novo. A festa vai continuar."
THIAGO NEY
da Folha de S. Paulo
Acontece amanhã a separação da mais consistente união da cena eletrônica de São Paulo: após sete anos, Marky deixará de comandar sua noite Vibe no Lov.e.
O fim do relacionamento, que deixa um gosto amargo para ambos, é simbólico: Marky é o mais conhecido DJ brasileiro, tanto aqui como lá fora, enquanto o Lov.e, que dá/deu espaço para estilos como tecno, house, electro, breaks, funk carioca, rock e o próprio drum'n'bass, é o clube-referência da cidade.
Marky é o único DJ a ter tocado na casa desde a sua abertura, em 1998, comandando a noite Vibe às quintas-feiras. A relação, dizem os dois lados, estava desgastada.
"É difícil para uma noite se sustentar durante cinco anos, imagina sete anos...", diz Marky. "As pessoas se cansam mesmo. Desde que o Lov.e abriu, muitas coisas mudaram. O público mudou e a própria identidade da música eletrônica mudou bastante."
Segundo Flávia Ceccato, proprietária do Lov.e, o clube tomou a decisão de encerrar a noite de d'n'b porque ela já não atraía tanto público. Segundo Ceccato, no auge da popularidade, entre 1999 e 2001, a Vibe chegava a receber 800 pessoas por noite. Nos últimos meses, o número não passava de 250, "com sorte".
"Estava desgastante tanto para o Marky quanto para a casa. É estranho, pois você vai num Skol Beats e a tenda de drum'n'bass é uma loucura, mas essas pessoas não iam ao clube. Não é uma coisa isolada, pois mesmo em Londres o d'n'b já não está tão em alta."
"Não tenho certeza se era apenas a Vibe que não estava recebendo público suficiente...", afirma Marky. "O drum'n'bass atrai público, sim. Atrai inclusive o maior número de pessoas de toda a música eletrônica. Um exemplo simples é a quantidade de gente que vai às tendas de d'n'b em festivais grandes como [os britânicos] Homelands, Glastonbury, Global Gathering e o Skol Beats. O que atrai ou repele o público de uma festa é a administração da festa. Se um trabalho decente e profissional for feito, o público vem. Não tem segredo."
A rusga entre as duas partes acontece porque, para o clube, a noite vinha perdendo público porque não se reformulava, enquanto o DJ diz que o Lov.e não promovia a festa como deveria. Em recente entrevista à revista "Beatz", Marky disse que o carioca Marlboro, que tem uma residência às quartas no clube paulistano, recebia mais atenção.
"A noite do Marlboro ganha mais visibilidade, sim, principalmente porque se trata de um projeto novo. Vamos ver se essa festa dura sete anos também."
Para Ceccato, "Marlboro não tem nada a ver com isso". "É que grande parte do público, principalmente as mulheres, acabou migrando para outros estilos, como rap, funk carioca e breaks. E o d'n'b não conseguiu recuperar."
A empresária não decidiu quem ficará com as noites de quinta do Lov.e. Marky afirma que levará a Vibe para outro clube. "Vamos reformular a Vibe e prosseguir a residência em outro lugar maior e mais novo. A festa vai continuar."
Demoreaux!
Em alta - Gravadoras abraçam os indies
Por Fernanda Cardoso@Tramavirtual
Não é de hoje que as grandes gravadoras encontram nas bandas independentes a solução para o marasmo do mercado musical. Nos anos 90 rolou uma grande reviravolta, que acabou revelando importantes nomes do cenário atual como Planet Hemp, Pato Fu e Raimundos, entre outros. Depois deste feliz casamento entre majors e independetes, nunca mais os alternativos conseguiram espaço com o grande público.
Felizmente, de um ano para cá as grandes gravadoras parecem ter aberto os olhos novamente e estão realmente empenhadas na busca de novos nomes no mercado paralelo alternativo. Isto, com certeza, se deve ao crescimento espantoso da oferta e da procura por bandas que estão fora do mainstream. A própria TramaVirtual é um exemplo disso. Lançado em maio de 2004, atualmente o site já tem quase 15 mil artistas cadastrados, 35 mil músicas e uma média de mais de 10 mil visitantes por dia.
Para Rodrigo, integrante da banda Leela (foto da capa) – contratada em julho do ano passado pela EMI – este súbito interesse das gravadoras está ligado ao comprometimento dos “indies” com o seu trabalho. “As bandas independentes têm uma verdade (pelo menos pra elas próprias) para ser ‘vendida’. E, num momento de crise no mercado, acredito que o que vai valer é fazer um trabalho sincero e sem grandes armações para enganar o público”.
Além disso, Rodrigo acredita que o baixo custo deste tipo de banda ajuda muito na hora da contratação. “Acho que é mais barato e menos arriscado apostar em artistas já ‘experimentados’ pelo público. O conceito dos artistas independentes tem e terá um valor cada vez maior na vida das pessoas”.
O mais bacana é que o público vem cada vez mais perdendo preconceitos. Antigamente, se uma banda assinava com uma grande gravadora, automaticamente já era tachada como “traidora”. Felizmente, hoje em dia as pessoas estão mais interessadas na qualidade musical da banda. Não importa se aquele artista é um achado da Noruega ou está estampando a capa da NME.
Antigamente falava-se muito em exigências ou regrinhas pré-estabelecidas pelas majors, mas a verdade é que isso dificilmente acontece. As gravadoras devem agregar valores e proporcionar um suporte melhor dando mais qualidade técnica para as bandas.
São inúmeros os exemplos de bandas do circuito alternativo que assinaram recentemente com gravadoras de médio ou grande porte: o Leela com a EMI, Forgotten Boys com a ST2, Ludov, Gram e Cachorro Grande com a Deck e, recentemente, o Cansei de Ser Sexy com a Trama, mais especificamente com o selo TramaVirtual.
Este feliz reencontro só tende a crescer e a beneficiar os consumidores de boa música. O único problema é o preço dos CDs, que muitas vezes chega a dobrar. Mas, apesar disso, as vantagens, tanto do público como das bandas, ainda são maiores. Além da distribuição – que passa a ser muito mais forte, facilitando a vida dos compradores – ainda existe a divulgação feita por pessoas especializadas, a estrutura técnica e, é claro, aquela “forcinha” para tocar em rádio, TV e até mesmo em alguns festivais.
O fato é que, independente de como ou quem lançou a banda, o mais importante é facilitar o consumo da boa música para o público interessado. Seja na música, cinema, artes plásticas ou qualquer outro tipo de manifestação artística, o que vale mesmo é divulgar, tornar a arte comum a todos, acessível e possível para todo e qualquer tipo de pessoa.
Por Fernanda Cardoso@Tramavirtual
Não é de hoje que as grandes gravadoras encontram nas bandas independentes a solução para o marasmo do mercado musical. Nos anos 90 rolou uma grande reviravolta, que acabou revelando importantes nomes do cenário atual como Planet Hemp, Pato Fu e Raimundos, entre outros. Depois deste feliz casamento entre majors e independetes, nunca mais os alternativos conseguiram espaço com o grande público.
Felizmente, de um ano para cá as grandes gravadoras parecem ter aberto os olhos novamente e estão realmente empenhadas na busca de novos nomes no mercado paralelo alternativo. Isto, com certeza, se deve ao crescimento espantoso da oferta e da procura por bandas que estão fora do mainstream. A própria TramaVirtual é um exemplo disso. Lançado em maio de 2004, atualmente o site já tem quase 15 mil artistas cadastrados, 35 mil músicas e uma média de mais de 10 mil visitantes por dia.
Para Rodrigo, integrante da banda Leela (foto da capa) – contratada em julho do ano passado pela EMI – este súbito interesse das gravadoras está ligado ao comprometimento dos “indies” com o seu trabalho. “As bandas independentes têm uma verdade (pelo menos pra elas próprias) para ser ‘vendida’. E, num momento de crise no mercado, acredito que o que vai valer é fazer um trabalho sincero e sem grandes armações para enganar o público”.
Além disso, Rodrigo acredita que o baixo custo deste tipo de banda ajuda muito na hora da contratação. “Acho que é mais barato e menos arriscado apostar em artistas já ‘experimentados’ pelo público. O conceito dos artistas independentes tem e terá um valor cada vez maior na vida das pessoas”.
O mais bacana é que o público vem cada vez mais perdendo preconceitos. Antigamente, se uma banda assinava com uma grande gravadora, automaticamente já era tachada como “traidora”. Felizmente, hoje em dia as pessoas estão mais interessadas na qualidade musical da banda. Não importa se aquele artista é um achado da Noruega ou está estampando a capa da NME.
Antigamente falava-se muito em exigências ou regrinhas pré-estabelecidas pelas majors, mas a verdade é que isso dificilmente acontece. As gravadoras devem agregar valores e proporcionar um suporte melhor dando mais qualidade técnica para as bandas.
São inúmeros os exemplos de bandas do circuito alternativo que assinaram recentemente com gravadoras de médio ou grande porte: o Leela com a EMI, Forgotten Boys com a ST2, Ludov, Gram e Cachorro Grande com a Deck e, recentemente, o Cansei de Ser Sexy com a Trama, mais especificamente com o selo TramaVirtual.
Este feliz reencontro só tende a crescer e a beneficiar os consumidores de boa música. O único problema é o preço dos CDs, que muitas vezes chega a dobrar. Mas, apesar disso, as vantagens, tanto do público como das bandas, ainda são maiores. Além da distribuição – que passa a ser muito mais forte, facilitando a vida dos compradores – ainda existe a divulgação feita por pessoas especializadas, a estrutura técnica e, é claro, aquela “forcinha” para tocar em rádio, TV e até mesmo em alguns festivais.
O fato é que, independente de como ou quem lançou a banda, o mais importante é facilitar o consumo da boa música para o público interessado. Seja na música, cinema, artes plásticas ou qualquer outro tipo de manifestação artística, o que vale mesmo é divulgar, tornar a arte comum a todos, acessível e possível para todo e qualquer tipo de pessoa.
terça-feira, junho 14, 2005
Cambalache!
Que el mundo fue y será una porquería
ya lo sé...
(¡En el quinientos seis
y en el dos mil también!).
Que siempre ha habido chorros,
maquiavelos y estafaos,
contentos y amargaos,
valores y dublé...
Pero que el siglo veinte
es un despliegue
de maldá insolente,
ya no hay quien lo niegue.
Vivimos revolcaos
en un merengue
y en un mismo lodo
todos manoseaos...
¡Hoy resulta que es lo mismo
ser derecho que traidor!...
¡Ignorante, sabio o chorro,
generoso o estafador!
¡Todo es igual!
¡Nada es mejor!
¡Lo mismo un burro
que un gran profesor!
No hay aplazaos
ni escalafón,
los inmorales
nos han igualao.
Si uno vive en la impostura
y otro roba en su ambición,
¡da lo mismo que sea cura,
colchonero, rey de bastos,
caradura o polizón!...
¡Qué falta de respeto, qué atropello
a la razón!
¡Cualquiera es un señor!
¡Cualquiera es un ladrón!
Mezclao con Stavisky va Don Bosco
y "La Mignón",
Don Chicho y Napoleón,
Carnera y San Martín...
Igual que en la vidriera irrespetuosa
de los cambalaches
se ha mezclao la vida,
y herida por un sable sin remaches
ves llorar la Biblia
contra un calefón...
¡Siglo veinte, cambalache
problemático y febril!...
El que no llora no mama
y el que no afana es un gil!
¡Dale nomás!
¡Dale que va!
¡Que allá en el horno
nos vamo a encontrar!
¡No pienses más,
sentate a un lao,
que a nadie importa
si naciste honrao!
Es lo mismo el que labura
noche y día como un buey,
que el que vive de los otros,
que el que mata, que el que cura
o está fuera de la ley...
Hip Hop By Daslu =)
SÃO PAULO (Reuters) - O hip hop, que há tempos deixou a periferia para entrar nas pistas de dança de todas as classes sociais, vai ganhar uma nova embalagem com a criação da grife Manifesto 33 1/3, do músico Marcelo D2, em parceria com sua cunhada, a estilista Carol Aguiar.
A marca faz sua estréia no Fashion Rio, que começa nesta terça-feira, no Museu de Arte Moderna. Na passarela, apenas modelos negros e muitos convidados do hip hop, como Djs, Mcs e Bboys (dançarinos de rua).
"O hip hop, no Brasil, evoluiu de várias formas, como o grafite, os Djs, os Bboys. Mas a moda não evoluiu como essas outras áreas", explicou por telefone a estilista Carol Aguiar.
A idéia da nova marca é reeditar os "clássicos do rap", com muitas referências ao basquete, futebol americano e estampas de camuflagem.
"Não vai ser uma roupa barata, vai ter qualidade, vai ser um produto bem acabado, com detalhes que agregam valor", disse Aguiar, citando o preço de algumas peças. Um conjunto de moletom, por exemplo, pode chegar a custar 400 reais, e um terno pode beirar os 2 mil reais. Os jeans vão variar de 150 a 300 reais, com camisetas básicas "mais em conta".
"Acho que o principal erro das outras marcas de hip hop é ter um bom preço mas não ter um produto legal. O preço é uma consequência", continuou a estilista, que já trabalhou nas equipes das marcas Osklen e Cavendish.
Marcelo D2, que parece transitar com facilidade no mundo da moda, já foi garoto propaganda de uma grife masculina e já se apresentou para as compradoras da Daslu na antiga sede da loja. Agora, ele ficará apenas nos bastidores da Manifesto.
"O Marcelo palpita em tudo, critica muito e experimenta também. Nada sai daqui sem ele ter aprovado", explicou a estilista. "Ele pegou tudo aquilo que sabia do hip hop para usar no conceito da marca."
A grife irá trabalhar com três linhas. A primeira foi chamada de "Grown Man", com peças de cores mais sóbrias para a noite. Serão camisas sociais, ternos, calças e bermudas de alfaiataria, assinadas pelo estilista Walter Alfaiate.
A linha "College" será mais esportiva, com cores fortes e vibrantes, tecidos tecnológicos e muita malharia. A linha "Soldier", com calças cargo e camisas de botão, trará peças camufladas, em cores como verde, marrom, caqui e tons de terra.
Muitas das criações vão ganhar estampas feitas pelo grafiteiro Flip, de São Paulo. Segundo Aguiar, cada coleção terá participação de um artista diferente.
A marca começará a vender suas peças somente em agosto, em lojas de multimarcas. A idéia é ter lojas próprias apenas em 2006, em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Manifesto 33 1/3 -- os números fazem menção à rotação do vinil nos toca-discos do rap -- irá fechar o Fashion Rio, no domingo, às 21h.
A marca faz sua estréia no Fashion Rio, que começa nesta terça-feira, no Museu de Arte Moderna. Na passarela, apenas modelos negros e muitos convidados do hip hop, como Djs, Mcs e Bboys (dançarinos de rua).
"O hip hop, no Brasil, evoluiu de várias formas, como o grafite, os Djs, os Bboys. Mas a moda não evoluiu como essas outras áreas", explicou por telefone a estilista Carol Aguiar.
A idéia da nova marca é reeditar os "clássicos do rap", com muitas referências ao basquete, futebol americano e estampas de camuflagem.
"Não vai ser uma roupa barata, vai ter qualidade, vai ser um produto bem acabado, com detalhes que agregam valor", disse Aguiar, citando o preço de algumas peças. Um conjunto de moletom, por exemplo, pode chegar a custar 400 reais, e um terno pode beirar os 2 mil reais. Os jeans vão variar de 150 a 300 reais, com camisetas básicas "mais em conta".
"Acho que o principal erro das outras marcas de hip hop é ter um bom preço mas não ter um produto legal. O preço é uma consequência", continuou a estilista, que já trabalhou nas equipes das marcas Osklen e Cavendish.
Marcelo D2, que parece transitar com facilidade no mundo da moda, já foi garoto propaganda de uma grife masculina e já se apresentou para as compradoras da Daslu na antiga sede da loja. Agora, ele ficará apenas nos bastidores da Manifesto.
"O Marcelo palpita em tudo, critica muito e experimenta também. Nada sai daqui sem ele ter aprovado", explicou a estilista. "Ele pegou tudo aquilo que sabia do hip hop para usar no conceito da marca."
A grife irá trabalhar com três linhas. A primeira foi chamada de "Grown Man", com peças de cores mais sóbrias para a noite. Serão camisas sociais, ternos, calças e bermudas de alfaiataria, assinadas pelo estilista Walter Alfaiate.
A linha "College" será mais esportiva, com cores fortes e vibrantes, tecidos tecnológicos e muita malharia. A linha "Soldier", com calças cargo e camisas de botão, trará peças camufladas, em cores como verde, marrom, caqui e tons de terra.
Muitas das criações vão ganhar estampas feitas pelo grafiteiro Flip, de São Paulo. Segundo Aguiar, cada coleção terá participação de um artista diferente.
A marca começará a vender suas peças somente em agosto, em lojas de multimarcas. A idéia é ter lojas próprias apenas em 2006, em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Manifesto 33 1/3 -- os números fazem menção à rotação do vinil nos toca-discos do rap -- irá fechar o Fashion Rio, no domingo, às 21h.
ANOS 80... Bleargh.
Que esse culto aos anos 80 já ficou fora de controle faz tempo, todo mundo sabe. O que não se sabe é até quando essa "piada" de festinhas com Naim e pistas misturando Balão Mágico com Smiths vai soar engraçada.
Mas enfim... Cada um cada um.
Se bem que, se os anos 80 se estabiliza cada vez mais como a moda corrente, vem aí a contracorrente.
O primeiro manifesto delicadamente de repúdio à onda 80 foi (bem) dado de modo direto há poucos dias, no Rio Fanzine, seção de O Globo.
Outro, bastante significativo, vem em forma de discos e sai no dia 26 de julho. Aliás, muitos discos.
A americana Rhino Records prepara o lançamento de "Whatever - The 90's Pop Culture Box", caixa com SETE CDS de culto aos anos 90.
São 130 músicas e um livro de 84 páginas que embrulham o pior (pouco) e o melhor (bastante) da década passada, o que talvez ajude a diminuir um pouco o volume de "Menina Veneno".
A faixa um do disco um entrega, logo de cara, "U Can't Touch This", do MC Hammer. O recado é direto.
As 129 músicas restantes passeiam entre My Bloody Valentine e "Unbelievable", do EMF. De Mudhoney a "OPP", do Naughty by Nature. Do grunge ao popinho inglês farofa do Jamiroquai.
Tem Pavement, Supergrass, Ash, Wilco, REM, Weezer, Flaming Lips. Tem Primus, Urge Overkill, Spin Doctors, Sublime e Chumbawamba.
"MMMBop", do Hanson, e "MMM MMM MMM MMM", do Crash Test Dummies? Estão lá.
As fantásticas "Shine", do Collective Soul, e "Wonderwall", do Oasis? Estão lá.
Não tem Madonna nem Pearl Jam. Mas tem Dinosaur Jr.
lúcio.ribeiro@pensata
segunda-feira, junho 13, 2005
:: In New Music We Trust
::: Pete Tong's Essential Selection
::: Live From Cafe Mambo In Ibiza
::: Friday 10th June 2005
Axwell 'Feel The Vibe (Til The Morning Comes)' (Data)
U2 'City Of Blinding Light (Paradise SOul Edit)' (Island)
Cmos '2 Million Ways (Axwell Remix)' (Manifesto)
Nate James 'Universal (Kings Of Soul Mix)' (One Two Records)
Royksopp 'Only This Moment' (Wall Of Sound)
Les Rhythm Digitales 'Jacques Your Body (Make Me Sweat)' (Wall Of Sound)
Lifelike and Kris Menace 'Discopolis' (Vulture)
CK and JG presents Southside Hustlers 'Right Before My Eyes' (Toolroom)
Future Funk 'Wildberry Tracks' (All Around The World)
Jamiroquai 'Seven Days' (Sony/BMG)
Missy Eliott 'Lose Control (Jacques Lu Cont Edit)' (Warners)
Soul Mekanik 'Wanna Get Wet' (RIP Records)
Goldfrapp 'Ooh La La (Tiefschwartz Remix)' (Mute)
Ruffneck feat Yavahn 'Everybody Wants To Be Somebody (Anthony Devito Remix)' (White Label)
Stardust 'Music Sounds Better With You (Bibi and Dims Anthem from Paris Mix)' (Roule)
::: The Buzz Chart - compiled by dmcupdate.com
MYNC Project 'Edge Of Seventeen' (CR2 Records)
Stanton Warriors 'Pop Ya Cork' (Punk)
Poker Pets 'Lil Love' (Positiva)
Fatboy Slim 'Don't Let The Man' (Skint)
::: Buzz No 1.
Paul Johnson 'She Got Me On' (Data)
::: House Rules with NastyDirtySexMusic
Smokin Jo and Tim Sheridan 'NastyDirtySexMusic' (Elementary Group)
Wahoo 'Make Em Shake It (Sandy Rivera Remix)' (Defected)
Penn and Jebato 'La Calle' (Urbna Recordings)
Robbie Rivera 'Eyes Wide Shut (Mark Knight Remix)' (24/Seven Records)
Duran Duran 'Nice (Erick Prydz Remix)' (Sony)
::: DJ on the Phone - Paul Van Dyk
Marco V 'More Than A Life Away' (In Charged Records)
::: This Weeks Essential New Tune
Timo Maas 'Pictures' (Warners)
::: Eclectic Selection
Planet Funk 'Dusk' (Virgin)
Prince Fatty 'Nina's Dance' (Stussy Records)
::: Pete Tong Mix live from Cafe Mambo
Steve Mac and Steve Smith 'Loving You More' (CR2)
DONS feat Technotronic 'Pump Up The Jam' (Data)
Pete Tong and Chris Cox 'Deep End' (White Label)
::: Weekend Hot Mix live from Cafe Mambo with special guest Carl Cox
Unknown 'Unknown' (white Label)
Yardman 'Work It' (White Label)
2 U House Rocker 'Brazilla (Kurd Maveric Remix)
Rava 'Hot Tin Groove (Rhythm Master Mix)' (Nebula)
Axwell 'Feel The Vibe' (Data)
Hiroki Easashika 'Kazane' (Intec)
Julio Bossados 'Tribalario' (White Label)
::: Live From Cafe Mambo In Ibiza
::: Friday 10th June 2005
Axwell 'Feel The Vibe (Til The Morning Comes)' (Data)
U2 'City Of Blinding Light (Paradise SOul Edit)' (Island)
Cmos '2 Million Ways (Axwell Remix)' (Manifesto)
Nate James 'Universal (Kings Of Soul Mix)' (One Two Records)
Royksopp 'Only This Moment' (Wall Of Sound)
Les Rhythm Digitales 'Jacques Your Body (Make Me Sweat)' (Wall Of Sound)
Lifelike and Kris Menace 'Discopolis' (Vulture)
CK and JG presents Southside Hustlers 'Right Before My Eyes' (Toolroom)
Future Funk 'Wildberry Tracks' (All Around The World)
Jamiroquai 'Seven Days' (Sony/BMG)
Missy Eliott 'Lose Control (Jacques Lu Cont Edit)' (Warners)
Soul Mekanik 'Wanna Get Wet' (RIP Records)
Goldfrapp 'Ooh La La (Tiefschwartz Remix)' (Mute)
Ruffneck feat Yavahn 'Everybody Wants To Be Somebody (Anthony Devito Remix)' (White Label)
Stardust 'Music Sounds Better With You (Bibi and Dims Anthem from Paris Mix)' (Roule)
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Stanton Warriors 'Pop Ya Cork' (Punk)
Poker Pets 'Lil Love' (Positiva)
Fatboy Slim 'Don't Let The Man' (Skint)
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Robbie Rivera 'Eyes Wide Shut (Mark Knight Remix)' (24/Seven Records)
Duran Duran 'Nice (Erick Prydz Remix)' (Sony)
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Pete Tong and Chris Cox 'Deep End' (White Label)
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2 U House Rocker 'Brazilla (Kurd Maveric Remix)
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