TAUBATÉ - 21.05.05
Vai Lá!
E lá estávamos nós encarando de novo a tal da estrada. Encarando de novo algo que qualquer um já teria deixado pra trás. Claro que já encaramos muitas roubadas e claro que não é toda hora que tudo dá certo. E isso é mais do que normal.
Mas o legal dessa viagem a Taubaté foi que, diferente de outras viagens, fomos bem antes da hora do show. Aí paramos na casa do Wellington Gramophone em Caçapava pra um churrasco. Isso mesmo, churrasco na tarde de sábado, cerveja gelada, Cowboy Junkies dando canja no som, tudo antes do show, precisa mais?
Tava lá além de nosso anfitrião o Sr. e Sra. Gramophone, que jogavam carta e ouviam toda espécie de asneira, tava também os Monaural, os La Carne, o Fabrício Monocromo e, é claro, os gatos da casa que sumiram quando chegou o bando todo. Não, não associar com o churrasco, fazfavor...
Aí quase lá pelas 6, rumamos pra Taubaté.
Quando chegamos na UNITAU já tinha uma galera na frente fazendo fila pra entrar, o que sempre é um bom sinal. Aí, claro, rumamos pra um boteco mais próximo pra calibrar o nível de ethanol necessário pra um show digno.
Foi na Lanchonete Santo Expedito. O defensor das causas de última hora, impossíveis, acho que é isso. E ali, a seus pés, um monte de caras bebendo seus sonhos. Um monte de gente ali. Uma rua com aquelas casas sem quintal, com a porta da sala na calçada e que você via a família assistindo tevê. Na mesa tinha La Carne, Boi e Gabi do Seamus, Léo Vinhas do Scream & Yell e um cara que passava vendendo biju e tocando aquele triângulo. E a gente ali, bebendo.. Pois então, talvez seja essa nossa causa urgente, tocar um som, beber com amigos e voltar pra casa.
Voltamos pra Unitau pro começo dos shows. Foi assim, Monaural, Sidhaloka, The Vain e La Carne. Creio que todas as bandas tenham curtido o show. Mesmo com caixa de bateria quebrando, com choque na guitarra, com baixo bem baixo. Monaural quebrou a bateria. Sidhaloka caiu o vocal. The Vain sumiu a guitarra e La Carne furou o bumbo.
Enfim, essas e outras coisas sem importância que não conseguem tirar o prazer de fazer um belo show. Como deve ser, certo?
Do palco você via aquele auditório, as pessoas nas cadeiras, uns esqueciam das cadeiras e iam pra frente, dois se apossaram do microfone em Viaduto do Sol, e teve gente que disse – depois do show - que não podia se expressar naquela hora porque não estava em condições para tal.
Sentiu o tamanho do treta? Esse é o nosso Desconhece o rumo.
Depois teve parada pra um rango naqueles lugares ótimos dessas cidades que fazem uns lanches que salvam o dia. E com maionese de alho. Maravilha!
Então caímos de novo na Dutra na volta pra casa.
Sempre a volta pra casa.
E no silêncio da noite, as cidades passavam lentamente ao som de Across a Hundred 10 street, aquele som do filme Jack Brown, que diz algo mais ou menos assim:
“you got to be strong, if you wanna sourvive..”
Como é bom voltar pra casa.
quarta-feira, junho 15, 2005
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