MARIO CESAR CARVALHO
da Folha de S.Paulo
O maestro John Neschling refuta que o pianista Ilan Rechtman seja o autor do tema musical do programa "Roda Viva": "Nego veementemente a afirmação e confirmo que sou o único compositor do tema em questão", escreveu em e-mail.
O maestro diz ainda que é "absolutamente improcedente" a afirmação de Rechtman, segundo a qual recebeu a direção do Concurso Internacional de Piano Villa-Lobos como uma espécie de compensação por não ter sido pago pelo tema de "Roda Viva".
A direção executiva da Fundação Osesp refuta a afirmação de que falta transparência na aplicação dos R$ 2,3 milhões gastos no concurso de piano. De acordo com a diretoria, o concurso tinha autorização do Ministério da Cultura para captar R$ 2.151.980,91 e conseguiu R$ 1.418.000.
"Todo o montante foi despendido exclusivamente no concurso e a devida prestação de contas do projeto está em fase de finalização e será encaminhada, como determina a lei, ao Ministério da Cultura dentro do prazo por ela estipulado. Fica claro que não existe caixa-preta alguma, ao contrário, a transparência é total", diz o texto enviado à Folha.
A Fundação Osesp informa em nota que nenhum músico da orquestra foi obrigado a assinar documentos em branco, como afirma Rechtman.
Não há clima de medo entre os músicos nem o maestro tem "poderes ditatoriais" sobre a orquestra, segundo a nota. A fundação enviou cartas de apoio a Neschling enviadas por lideranças da orquestra à diretoria em 30 de agosto último.
Não há privilégio a um único agente europeu, de acordo com a fundação. "Prova disso é que nas temporadas 2005, 2006 e 2007 foram convidados 243 artistas através de 50 agentes diferentes", assinala a nota.
A fundação também nega que os CDs gravados pelo selo Bis teriam sido pagos com recursos públicos, mas o lucro teria ficado com a empresa sueca. A diretoria da fundação diz que irá processar Rechtman por conta de suas declarações.
quinta-feira, setembro 14, 2006
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