PARIS, 28 set (AFP) - Em uma cena clássica de filmes sobre o Velho Oeste, o caubói cai em um poço de areia movediça e afunda lentamente, sem conseguir escapar do iminente afogamento, quando um companheiro consegue puxá-lo para a margem, salvando-lhe a vida.
Uma experiência realizada por físicos holandeses desmentiu a má fama da areia movediça. Eles construíram uma miniatura de um poço de areia movediça em laboratório, misturando areia fina, barro e água salgada.
Eles descobriram que a areia movediça fica viscosa muito lentamente, levando dias para que a substância assuma, progressivamente, a consistência que lembra a de um caramelo.
Por outro lado, a mistura perde sua viscosidade muito rapidamente quando lhe é aplicada uma força. Um objeto em movimento na areia movediça faz com que ela se liquefaça rapidamente, com a areia indo para o fundo e as camadas superficiais tornando-se mais líquidas.
A areia sedimentada fica, então, tão compacta que seria impossível para um objeto com a densidade do corpo humano submergir totalmente.
Por este motivo, sugere o estudo, um caubói que caísse na areia movediça não deveria temer o afogamento.
Por outro lado, é possível que ele permanecesse ali por um longo tempo, à espera de ajuda.
A areia na altura dos membros inferiores ficaria tão densa que o simples movimento de levantar o pé precisaria de uma força equivalente a 100 mil Newtons, aproximadamente a mesma necessária para erguer um carro de tamanho médio.
O estudo, que será publicado na edição desta quinta-feira do semanário científico britânico Nature, foi conduzido pelo pesquisador Daniel Bonn, da Universidade de Amsterdã.
quinta-feira, setembro 29, 2005
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Um comentário:
...eu to afundannnndo...ai meu deu eu to afundaaaaandooo =)
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