quinta-feira, setembro 15, 2005

Filósofo italiano afirma que Schopenhauer era misógino

Bogotá, 14 set (EFE) - O filósofo e catedrático italiano Franco Volpi publicou na Colômbia o ensaio "A arte de tratar as mulheres", que reúne um conjunto de aforismos do alemão Arthur Schopenhauer sobre as mulheres e sua aversão ao sexo feminino.

A obra, apresentada hoje em Bogotá, inclui um ensaio introdutório sobre as relações conflituosas dos grandes filósofos com o amor pelas mulheres desde a antiguidade e as causas da misoginia de Schopenhauer (1788-1860).

O livro é produto de uma revisão dos ensaios sobre as mulheres do filósofo alemão, cujas obras foram influenciadas pela tradição machista da época e marcadas pelo abandono de seu pai doente por sua mãe.

Em suas frases, Schopenhauer considera as mulheres inferiores aos homens, incapazes em todos os aspectos, esbanjadoras, oportunistas, tolas e imaturas, mas não desprezava o prazer carnal com elas.

O livro contém frases como "se casar significa fazer o possível para chegar a sentir náuseas um pelo outro". "No fundo de seu coração, as mulheres acreditam que o homem está destinado a ganhar dinheiro, e elas a gastá-lo, enquanto seu marido viver, e até mesmo depois de sua morte", dizia o filósofo natural de Danzig.

Para Schopenhauer, "por não existir a instituição da poligamia, os homens se tornam mulherengos durante a metade de sua vida e cornos durante a outra".

Volpi, nascido em 1952, é professor de filosofia na Universidade de Pádua (Itália) e colaborador do jornal italiano La Repubblica e do alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung.

Franco Volpi é especialista na obra do pensador colombiano Nicolás Gómez Dávila (1913-1994), cujo ensaio "Escolios" (pensamentos breves) traduziu para o italiano e divulga em fóruns europeus.

Nenhum comentário: