quarta-feira, janeiro 11, 2006

Investigação sobre suposto crânio de Mozart é inconclusiva

VIENA (Reuters) - Cientistas forenses foram incapazes de dizer se um crânio de Salzburg, cidade natal de Wolfgang Amadeus Mozart, pertenceu de fato ao compositor nascido há 250 anos, disse a televisão austríaca no domingo.

A emissora de TV pública ORF patrocinou, no ano passado, um projeto de pesquisa internacional -- apelidado de "CSI Mozart" -- para analisar os dentes extraídos do crânio.

A ORF disse aos cientistas para aplicar métodos como o teste genético a fim de determinar a identidade dos ossos, obtidos pela fundação Mozarteum, em Salzburg, em 1902.

Mas os cientistas -- da Universidade de Innsbruck, na Áustria, e do Laboratório de Identificação de DNA das Forças Armadas dos EUA em Rockville, Maryland -- não chegaram a uma conclusão, disse a ORF em seu documentário, transmitido na noite de domingo.

Eles compararam o DNA da caveira com informações genéticas retiradas de uma cova onde estariam os restos mortais de uma sobrinha e da avó de Mozart. Mas os cientistas descobriram que os esqueletos das mulheres não tinham parentesco entre si nem com o crânio no cofre do Mozarteum.

"A identidade dos indivíduos na cova da família Mozart revelou-se um mistério", disse Walther Parson, da Universidade Innsbruck, no documentário.

Portanto, o segredo do crânio, que começou há 200 anos, continua intacto.

Joseph Rothmayer, que enterrou Mozart em uma cova coletiva no Cemitério Central de Viena, em 1791, alegou ter desenterrado a caveira do compositor dez anos mais tarde. Um século depois, os restos mortais dos compositor teriam ido parar no Mozarteum.

A fundação colocou a caveira em exibição até 1940, quando sua exposição foi considerada indecente, e a relíquia, guardada em um cofre. Somente cientistas tinham acesso a ela.

Muitos argumentam que o crânio pertenceu a Mozart, enquanto outros duvidam de sua autenticidade.

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