SÉRGIO RIPARDO
Editor de Ilustrada da Folha Online
Com a audiência abaixo das expectativas, a Globo deve aumentar a dose de baixaria na sexta edição do "Big Brother Brasil". O programa tende a ficar mais "erotizado", explorando insinuações sexuais e imagens de nudez. Tudo para evitar a fuga de telespectadores para outros canais e a decepção dos anunciantes.
O elenco de moças e rapazes desinibidos ajuda nessa estratégia. Ninguém se constrange em exibir seus corpos sarados na piscina ou ereções matinais. A consciência deles sobre possíveis convites para posar sem roupa em revistas é tamanha que eles discutem abertamente valores de cachês. Isso reforça a suspeita de que o programa é armado, artificial, cheio de encenações e exibicionismos.
O desafio para a equipe de produção, comandada por J. B. de Oliveira, o Boninho, 44, é evitar que a baixaria extrapole os limites, constrangendo a Globo com ações no Ministério Público ou pressões moralistas do governo. No ar há uma semana, o "BBB" esta demorando para surpreender o telespectador. Reina a mesmice das situações, das piadas e do próprio formato. Se o ibope não reagir, dificilmente haverá um "BBB7" em 2007.
No domingo, o programa já deu sinais de que a temperatura vai esquentar. Mostrou, com insistência, as cambalhotas de uma beldade de biquíni, dentro da piscina, diante de um marmanjo embasbacado --sem falar no jogo lascivo de olhares entre os participantes. As imagens subaquáticas, exibindo closes abaixo da cintura, também viraram uma constante. Pela internet, espalham-se fotos reais ou fictícias de pênis saindo de sunga, "flagrados" no programa.
Ninguém age com naturalidade. O ex-monge chorou com a indicação da estudante carioca Inês para o paredão --imagina como ele reagirá ao ser indicado. Todos os grandalhões passaram a consolá-lo. Afinal, não pega bem com o público hostilizar o personagem "sensível" do programa --erro cometido pelos "pit boys" com Jean Wyllys, no "BBB5".
"Virgem", o ex-monge já começou a sofrer assédio no programa, mas resiste ao cerco feminino. Um religioso em tentação, com a castidade em risco, é o contraponto ao assanhamento explícito de outros participantes, mas não deixa de reforçar a mesma idéia neste verão: a carne é fraca, e a TV parece fazer constante propaganda subliminar do "Viagra", resumindo tudo ao sexo.
Desprezado pela elite cultural, o "BBB" é visto como a baixaria que antecede a minissérie "JK", que carrega o verniz de "produto de qualidade". Há quem não tenha paciência para esperar o início do capítulo de "JK", que corre o risco de ter seu ibope prejudicado devido ao "reality show".
O elenco de moças e rapazes desinibidos ajuda nessa estratégia. Ninguém se constrange em exibir seus corpos sarados na piscina ou ereções matinais. A consciência deles sobre possíveis convites para posar sem roupa em revistas é tamanha que eles discutem abertamente valores de cachês. Isso reforça a suspeita de que o programa é armado, artificial, cheio de encenações e exibicionismos.
O desafio para a equipe de produção, comandada por J. B. de Oliveira, o Boninho, 44, é evitar que a baixaria extrapole os limites, constrangendo a Globo com ações no Ministério Público ou pressões moralistas do governo. No ar há uma semana, o "BBB" esta demorando para surpreender o telespectador. Reina a mesmice das situações, das piadas e do próprio formato. Se o ibope não reagir, dificilmente haverá um "BBB7" em 2007.
No domingo, o programa já deu sinais de que a temperatura vai esquentar. Mostrou, com insistência, as cambalhotas de uma beldade de biquíni, dentro da piscina, diante de um marmanjo embasbacado --sem falar no jogo lascivo de olhares entre os participantes. As imagens subaquáticas, exibindo closes abaixo da cintura, também viraram uma constante. Pela internet, espalham-se fotos reais ou fictícias de pênis saindo de sunga, "flagrados" no programa.
Ninguém age com naturalidade. O ex-monge chorou com a indicação da estudante carioca Inês para o paredão --imagina como ele reagirá ao ser indicado. Todos os grandalhões passaram a consolá-lo. Afinal, não pega bem com o público hostilizar o personagem "sensível" do programa --erro cometido pelos "pit boys" com Jean Wyllys, no "BBB5".
"Virgem", o ex-monge já começou a sofrer assédio no programa, mas resiste ao cerco feminino. Um religioso em tentação, com a castidade em risco, é o contraponto ao assanhamento explícito de outros participantes, mas não deixa de reforçar a mesma idéia neste verão: a carne é fraca, e a TV parece fazer constante propaganda subliminar do "Viagra", resumindo tudo ao sexo.
Desprezado pela elite cultural, o "BBB" é visto como a baixaria que antecede a minissérie "JK", que carrega o verniz de "produto de qualidade". Há quem não tenha paciência para esperar o início do capítulo de "JK", que corre o risco de ter seu ibope prejudicado devido ao "reality show".
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