Mesmo com o segundo álbum programado só pra 2006, o produtor brasiliense foi um dos destaques mundiais da música de pista em 2005, com apresentações em várias partes do mundo e elogios vindos de tops como o DJ Hell
Deixando de fora o rock, que viveu no Brasil um belo momento em 2005, sobra pouco espaço na memória musical deste ano que não seja ocupado por um brasiliense que até pouco tempo atrás era conhecido apenas como Marcelão.
Com um álbum lançado em 2004, uma carreira internacional consagrada em 2005 e muitos projetos pra 2006, Marcelão fez fama bem além das fronteiras do Brasil, mas com seu nome artístico: Nego Moçambique.
Apesar do sucesso, ele diz não saber nada sobre a vida nem sobre produção musical. Não se considera um artista, nem mesmo um músico. “Às vezes, acho que faço a mesma música sempre. Ela só vai mudando de formato para me enganar”, diz. Ele, que se diz “compositor”, bem assim, entre aspas, já vai logo pedindo desculpas pros músicos de formação acadêmica. “O que eu sinto é que estou muito aquém do nível de competência dos outros produtores, brasileiros ou importados...”, justifica o moço.
É duro de acreditar, mas nem aparelho de som em casa ele tem. E diz ele não receber cantadas depois dos shows, mesmo arrancando suspiros da geral por conta de sua ginga. “Eu gosto de libertar o corpo. Tirar o peso das costas. Deixar o corpo mole como molas.” E bota mola nisso…
O fato é que trata-se de um artista que agrada gregos, troianos, mulheres, crianças, senhores engravatados, gays, heteros, gente que não gosta de música eletrônica e gente que está enterrada na cultura underground eletrônica até o pescoço… “Curiosamente, como diria minha amiga DJ Mari, ‘o povo se solta no show do Nego Moçambique!’. Na verdade, já vi muitas coisas assim... Gente perdendo a linha, querendo subir na mesa... Acho que acontece com todo mundo, né? É a noite, e a noite é pra soltar as feras...”, pondera.
Marcelo de Jesus é esse cara que pensa uma coisa mas cria e transmite outra bem diferente. Aos 32 anos, ele está prestes a lançar seu segundo CD, depois de ter tocado pra públicos diversos e quase sempre muito exigentes.
Nego Moçambique tocou pela primeira vez em São Paulo na festa do núcleo de house Colors, achando que ninguém ia curtir, e causou um dos maiores frissons de 2003.
Nego Moçambique também já colocou os gringos pra dançar nos prestigiados festivais Sónar, em Barcelona, Mutek, no Canadá, foi parar no Favela Chic, em Paris, ao lado do DJ Marlboro. A Cidade-luz também o viu tocar com o pessoal da Gigolo Records num barco sobre o Rio Sena (o clube flutuante Batofar) e no festival Nuit Blanches (evento de 24 horas de cultura brasileira promovido pela Prefeitura de Paris neste ano…).
O cara é um dos artistas mais completos que apareceram nos últimos tempos no país: canta, dança, toca ao vivo e tem carisma de sobra. Mas continua com sua humildade característica: “Não acho que eu seja um ‘one-man show’, tampouco um showman. Eu sempre dizia: ‘Quando crescer, quero conhecer o mundo tocando!’. Conhecer outros países, outras culturas e tocar nesses festivais bacanas onde estão todos os ‘ídolos’, os produtores legais...”.
Não à toa ele chamou a atenção do DJ Hell, durante turnê do alemão no Brasil no começo de 2005. Hell é um dos mais poderosos donos de gravadora do mundo da “eletrônica underground-quase mainstream” (ele chefia o selo International Deejay Gigolos, que lançou Miss Kittin e Tiga para o globo) e ficou a fim de trabalhar o som do Nego na Europa. Se vai rolar? “Quem sabe?”, responde Nego, fazendo mistério.
A matéria completa você encontra na Beatz 18, já nas bancas.
Deixando de fora o rock, que viveu no Brasil um belo momento em 2005, sobra pouco espaço na memória musical deste ano que não seja ocupado por um brasiliense que até pouco tempo atrás era conhecido apenas como Marcelão.
Com um álbum lançado em 2004, uma carreira internacional consagrada em 2005 e muitos projetos pra 2006, Marcelão fez fama bem além das fronteiras do Brasil, mas com seu nome artístico: Nego Moçambique.
Apesar do sucesso, ele diz não saber nada sobre a vida nem sobre produção musical. Não se considera um artista, nem mesmo um músico. “Às vezes, acho que faço a mesma música sempre. Ela só vai mudando de formato para me enganar”, diz. Ele, que se diz “compositor”, bem assim, entre aspas, já vai logo pedindo desculpas pros músicos de formação acadêmica. “O que eu sinto é que estou muito aquém do nível de competência dos outros produtores, brasileiros ou importados...”, justifica o moço.
É duro de acreditar, mas nem aparelho de som em casa ele tem. E diz ele não receber cantadas depois dos shows, mesmo arrancando suspiros da geral por conta de sua ginga. “Eu gosto de libertar o corpo. Tirar o peso das costas. Deixar o corpo mole como molas.” E bota mola nisso…
O fato é que trata-se de um artista que agrada gregos, troianos, mulheres, crianças, senhores engravatados, gays, heteros, gente que não gosta de música eletrônica e gente que está enterrada na cultura underground eletrônica até o pescoço… “Curiosamente, como diria minha amiga DJ Mari, ‘o povo se solta no show do Nego Moçambique!’. Na verdade, já vi muitas coisas assim... Gente perdendo a linha, querendo subir na mesa... Acho que acontece com todo mundo, né? É a noite, e a noite é pra soltar as feras...”, pondera.
Marcelo de Jesus é esse cara que pensa uma coisa mas cria e transmite outra bem diferente. Aos 32 anos, ele está prestes a lançar seu segundo CD, depois de ter tocado pra públicos diversos e quase sempre muito exigentes.
Nego Moçambique tocou pela primeira vez em São Paulo na festa do núcleo de house Colors, achando que ninguém ia curtir, e causou um dos maiores frissons de 2003.
Nego Moçambique também já colocou os gringos pra dançar nos prestigiados festivais Sónar, em Barcelona, Mutek, no Canadá, foi parar no Favela Chic, em Paris, ao lado do DJ Marlboro. A Cidade-luz também o viu tocar com o pessoal da Gigolo Records num barco sobre o Rio Sena (o clube flutuante Batofar) e no festival Nuit Blanches (evento de 24 horas de cultura brasileira promovido pela Prefeitura de Paris neste ano…).
O cara é um dos artistas mais completos que apareceram nos últimos tempos no país: canta, dança, toca ao vivo e tem carisma de sobra. Mas continua com sua humildade característica: “Não acho que eu seja um ‘one-man show’, tampouco um showman. Eu sempre dizia: ‘Quando crescer, quero conhecer o mundo tocando!’. Conhecer outros países, outras culturas e tocar nesses festivais bacanas onde estão todos os ‘ídolos’, os produtores legais...”.
Não à toa ele chamou a atenção do DJ Hell, durante turnê do alemão no Brasil no começo de 2005. Hell é um dos mais poderosos donos de gravadora do mundo da “eletrônica underground-quase mainstream” (ele chefia o selo International Deejay Gigolos, que lançou Miss Kittin e Tiga para o globo) e ficou a fim de trabalhar o som do Nego na Europa. Se vai rolar? “Quem sabe?”, responde Nego, fazendo mistério.
A matéria completa você encontra na Beatz 18, já nas bancas.
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