sábado, novembro 12, 2005

Contra violência, Paris proíbe reuniões públicas.

A polícia proibiu reuniões que possam provocar desordem em Paris durante o fim de semana, sob o argumento de que episódios violentos estavam sendo planejados para o sábado na capital. A intensidade dos tumultos na França caiu desde que o governo adotou medidas de emergência para controlar os distúrbios provocados por jovens que protestam contra o racismo e o desemprego.

Da Reuters

Mas foi registrado aumento da violência nos subúrbios da capital durante a noite. A polícia disse que 463 veículos foram queimados em toda a França, uma leve queda em relação à noite anterior, mas o número de veículos incendiados nas áreas ao redor de Paris aumentou de 84 para 111.

"Isso confirma a tendência de queda, com alguma resistência na região de Paris", disse o chefe nacional da polícia, Michel Gaudin, a jornalistas na sexta-feira. "Nesse fim de semana faremos um exercício de vigilância extra na região de Paris."

A polícia disse que a proibição vigoraria das 10h de sábado às 8h de domingo (horário local).

Cerca de 3.000 policiais foram mobilizados na capital francesa, e as forças foram aumentadas em outras cidades do país, disse a polícia.

Esquadrões de bomba com cães policiais estavam a postos, como a tropa de choque, enquanto Chirac compareceu à cerimônias do Arco do Triunfo, no centro de Paris, para comemorar o Dia do Armistício, que marca o fim da 1a. Guerra Mundial, em 1918.

Após ter atingido o auge na noite de domingo, os tumultos diminuíram. A polícia espera que a violência continue diminuindo durante o fim de semana do Armistício, quando o comércio fecha e os centros das cidades ficam mais vazios.

Entre 200 a 300 moradores dos subúrbios atingidos pela violência fizeram um protesto pacífico na Torre Eiffel na tarde de sexta-feira, pedindo fim aos tumultos e incitando o governo a ouvir os jovens rebelados. O comparecimento foi menor que o esperado.

Os manifestantes seguravam faixas com os dizeres "Sim à paz" e "Não à violência". "Sou contra a violência, mas acho que o governo deve reagir à pobreza nos subúrbios", disse Adam Drame, francês de 24 anos de origem árabe.

Medo e violência em Paris

O chefe da polícia de Paris, Pierre Mutz, proibiu o transporte e a compra de gasolina em latas ou outros recipientes, depois de uma série de prisões na capital de pessoas carregando bombas incendiárias. Ele também disse temer que episódios violentos estejam sendo planejados para ocorrer na capital francesa.

"Foram feitos chamados nos últimos dias em sites na Internet e em mensagens por SMS pedindo reuniões dentro de Paris e pedindo "ações violentas", disse o gabinete de Mutz.

A cidade de Paris foi poupada dos piores episódios de violência durante mais de duas semanas de distúrbios em toda a França.

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