O nome da banda não quer dizer nada. As canções são completamente non-sense. “Allan, o Menino Mau” é seu principal hit do grupo. Apesar dessas e de outras bizarrices, o Jellyfisherbones faz o tipo de som que pode fazer você se pegar cantarolando a qualquer momento. Nascido na capital paulista, o trio – que já foi um sexteto – se inspira para compor em itens que vão das aulas de biologia até as músicas de Nick Cave. Ainda sem disco, mas com um monte de músicas, o Jellyfisherbones anseia para se apresentar ao vivo em breve. Em entrevista à TramaVirtual, a banda contou um pouco sobre sua história e sobre os planos pro ano que vem.
Como surgiu a banda?
Paola: O Jelly é uma banda de amigos que se reencontraram depois de muito tempo e resolveram montar aquela banda que não saiu nos tempos da escola. O nome é um caso a parte, depois de muita birita eu virei e disse que ia se chamar Jellyfisherbones, porque não significava nada, parecia um bicho, era molinho e cheio de ossos ao mesmo tempo; além de ser em "inglês" enquanto as letras são todas em português para encarar o desafio de compor um roque na língua de Macunaíma.
Fabio Faria: O Jelly é diversão. Amigos se juntaram em torno de uma desculpa para se divertir mais. O Jelly-conceito, em janeiro de 2005, as Jelly-songs, março/abril.
Quais são as influências do Jellyfisherbones?
Paola: Aulas de biologia, anedotas de serial killer, serra elétrica, xxxx, xilofone, filme B...?
FF: Tom Friedman, Harmony Korine, Tokyo, computadores, Gonzo, Michel Houellebecq, cavalos marinhos com sua reprodução e, potencialmente, sexualidade peculiar, chuva, Double Leopards.
Walter K: Nick Cave, Leonard Cohen, Bergman e Herzog.
Como vocês gravaram essas músicas da TramaVirtual? Elas vão sair em algum disco?
Paola: As gravações foram todas feitas no computador do WK, as vozes, os instrumentos, os barulhinhos todos tocados um a um e depois mal e porcamente mixados. Um dia elas saem em algum CD. Eu até tenho um nome para ele, mas isso ainda está em discussão.
FF: O que tá na TramaVirtual é demo.
WK: Usei o Protools e o Garageband. Toquei cada instrumento, toscamente. Depois ainda tive coragem e cantei.
Quem é Allan, o menino mau?
Paola: O Allan é um cara que queria ser homem da carrocinha quando era criança. Quando ouviu falar de um cientista chamado Skinner, que torturava animais pra fazer pesquisas, pirou no cara e virou seu maior fã (é, nessa época ele só ouvia Skinny Puppy por causa daquele disco chamado VIVIsectVI, só porque o nome lembrava vivisecção). Até hoje ele enche o saco da banda pra fazer uma música com o Skinner, mas tudo que tem saído nos últimos tempos carrega referências dos
Simpsons. O que pouca gente sabe, é que tem um filme sobre a pré-adolescência do Allan e suas trapalhadas tentando torturar criancinhas que encalhou na produção por motivos éticos e legais.
FF: Allan é um menino mau.
Alguns integrantes saíram da banda? Como rolou essa história?
Paola: Originalmente o Jelly era o mesmo de hoje, Fabio Faria, Walter Kinder e Paola Z, mas era basicamente uma banda virtual. A idéia de criar membros sempre existiu e num determinado momento o WK sugeriu unir o Jelly à sua outra banda que estava ensaiando algumas músicas nossas. Ensaiamos juntos por algum tempo, mas a química não bateu e banda achou por bem se separar novamente em dois projetos paralelos. Lá na comunidade da banda no Orkut tem uma discussão estranhamente polida e civilizada com todos os detalhes. Aliás, isso é uma coisa muito Jelly, quebra pau entre os membros só ao vivo e em cores, de preferência com platéia pra dar risada.
FF: O Jelly fornece material de pesquisa para futuros biógrafos o tempo todo, a banda mais democrática que existe.
WK: Sempre tive 10 projetos ao mesmo tempo. Algumas músicas do Jelly são da minha "carreira solo", outras foram compostas especialmente. Como percebi que algumas canções funcionam melhor no esquema "real", com banda, com músicos, dividi o repertório. Ficou assim: algumas para o Jelly, outras para Walter Kinder mesmo e outras para Marionetes (é o nome da banda que juntou com o Jelly e logo se separou).
Como são os shows do Jellyfisherbones?
Paola: Tá aí, isso ainda é uma incógnita, os membros que surgiram por brotamento se encarregavam de tocar quase todos os instrumentos, como a separação ainda é recente estamos trabalhando num novo layout de palco pra superar as dificuldades de ter poucos músicos.
FF: Divertidos, faremos playbacks, usaremos computadores com programações aleatórias, meus filmes serão projetados sobre nós.
WK: Só vendo para crer.
De onde surge inspiração pra fazer as letras?
Paola: Sinapses erradas, eu acho. Tem uma música sobre pedaços de corpos, um esqueleto que vai desmontando... quem pensa isso? A outra é sobre um menino sádico que tortura bichinhos; tem influências das aulas de biologia e dos nomes estranhos e sonoros, teve uma que eu fiz na mesa do bar só porque uma amiga nossa falou que tinha tínitus (uns zumbidos no ouvido). Dez minutos depois tava lá a letra. Acho que o estranho e o insólito me inspiram. E o ruído da TV.
FF: Pra mim ainda não surgiu. Na real, acho que a gente deve começar a musicar conversas e discussões que temos como, por exemplo, o famoso caso da primeira Jelly-groupie que, supostamente, era uma moça sexualmente bem resolvida e devota de estudos antropológicos explícitos, mas que um dia depois foi desmascarada, através do arquivo de 1 terabyte de pornografia do Walter. Era uma farsa, e no final descobrimos ser a dentista-otorrinolaringologista do Walter. A estória teve vários meandros, mas eu me lembro basicamente disso.
WK: Do cotidiano. Das coisas simples. Da falta de perspectiva. Do fato de existir. Da capacidade de rir de si mesmo.
Quando vai ser o próximo show do Jelly? Tem coisa agendada já?
Paola: Pois é, a outra banda deve tocar em dezembro, algumas das músicas deles estrearam na página do Jelly na TramaVirtual, o pessoal que já conhece o Jelly há mais tempo com certeza vai aprovar o repertório dos caras. O Jellyfisherbones deve passar por algumas reformulações e logo logo monta uma bagunça insana pra desconcertar os fãs.
FF: Acho que vamos hibernar um pouco para evitar a over exposição e bafões. Aproveitaremos esse tempo para construir um repertório forte e, no começo de 2006, vamos estourar com performances encantadoras.
WK: Jelly só no ano que vem. Marionetes no final de dezembro.
Vocês tem feito músicas novas?
Paola: Eu tenho algumas letras novas e o WK é um compositor insano. Estamos trabalhando agora nas massas sonoras criadas pelo Fabio Faria, em breve tem Jelly novo pintando na TramaVirtual.
FF: 1, 2, 3, Jelly vai te pegar...
WK: Tenho umas 50 músicas gravadas nesses últimos seis meses. Mas não sei ainda o que vai pro Jelly e o que vai para outros projetos... Mas a idéia é compor novas músicas para as excelentes letras da Paola.
Pra terminar, fale sobre os planos do Jellyfisherbones pro ano que vem.
Paola: Compor, compor, compor. Tocar, tocar, tocar. E montar uma performance insana pra deixar todo mundo de queixo caído no show. Se pá a gente lança o CD também, se só acertar o nome e o repertório.
FF: Hum, há rumores, que nos chegaram através de fãs, que a Cabala não mente.
WK: Ainda é cedo...
Como surgiu a banda?
Paola: O Jelly é uma banda de amigos que se reencontraram depois de muito tempo e resolveram montar aquela banda que não saiu nos tempos da escola. O nome é um caso a parte, depois de muita birita eu virei e disse que ia se chamar Jellyfisherbones, porque não significava nada, parecia um bicho, era molinho e cheio de ossos ao mesmo tempo; além de ser em "inglês" enquanto as letras são todas em português para encarar o desafio de compor um roque na língua de Macunaíma.
Fabio Faria: O Jelly é diversão. Amigos se juntaram em torno de uma desculpa para se divertir mais. O Jelly-conceito, em janeiro de 2005, as Jelly-songs, março/abril.
Quais são as influências do Jellyfisherbones?
Paola: Aulas de biologia, anedotas de serial killer, serra elétrica, xxxx, xilofone, filme B...?
FF: Tom Friedman, Harmony Korine, Tokyo, computadores, Gonzo, Michel Houellebecq, cavalos marinhos com sua reprodução e, potencialmente, sexualidade peculiar, chuva, Double Leopards.
Walter K: Nick Cave, Leonard Cohen, Bergman e Herzog.
Como vocês gravaram essas músicas da TramaVirtual? Elas vão sair em algum disco?
Paola: As gravações foram todas feitas no computador do WK, as vozes, os instrumentos, os barulhinhos todos tocados um a um e depois mal e porcamente mixados. Um dia elas saem em algum CD. Eu até tenho um nome para ele, mas isso ainda está em discussão.
FF: O que tá na TramaVirtual é demo.
WK: Usei o Protools e o Garageband. Toquei cada instrumento, toscamente. Depois ainda tive coragem e cantei.
Quem é Allan, o menino mau?
Paola: O Allan é um cara que queria ser homem da carrocinha quando era criança. Quando ouviu falar de um cientista chamado Skinner, que torturava animais pra fazer pesquisas, pirou no cara e virou seu maior fã (é, nessa época ele só ouvia Skinny Puppy por causa daquele disco chamado VIVIsectVI, só porque o nome lembrava vivisecção). Até hoje ele enche o saco da banda pra fazer uma música com o Skinner, mas tudo que tem saído nos últimos tempos carrega referências dos
Simpsons. O que pouca gente sabe, é que tem um filme sobre a pré-adolescência do Allan e suas trapalhadas tentando torturar criancinhas que encalhou na produção por motivos éticos e legais.
FF: Allan é um menino mau.
Alguns integrantes saíram da banda? Como rolou essa história?
Paola: Originalmente o Jelly era o mesmo de hoje, Fabio Faria, Walter Kinder e Paola Z, mas era basicamente uma banda virtual. A idéia de criar membros sempre existiu e num determinado momento o WK sugeriu unir o Jelly à sua outra banda que estava ensaiando algumas músicas nossas. Ensaiamos juntos por algum tempo, mas a química não bateu e banda achou por bem se separar novamente em dois projetos paralelos. Lá na comunidade da banda no Orkut tem uma discussão estranhamente polida e civilizada com todos os detalhes. Aliás, isso é uma coisa muito Jelly, quebra pau entre os membros só ao vivo e em cores, de preferência com platéia pra dar risada.
FF: O Jelly fornece material de pesquisa para futuros biógrafos o tempo todo, a banda mais democrática que existe.
WK: Sempre tive 10 projetos ao mesmo tempo. Algumas músicas do Jelly são da minha "carreira solo", outras foram compostas especialmente. Como percebi que algumas canções funcionam melhor no esquema "real", com banda, com músicos, dividi o repertório. Ficou assim: algumas para o Jelly, outras para Walter Kinder mesmo e outras para Marionetes (é o nome da banda que juntou com o Jelly e logo se separou).
Como são os shows do Jellyfisherbones?
Paola: Tá aí, isso ainda é uma incógnita, os membros que surgiram por brotamento se encarregavam de tocar quase todos os instrumentos, como a separação ainda é recente estamos trabalhando num novo layout de palco pra superar as dificuldades de ter poucos músicos.
FF: Divertidos, faremos playbacks, usaremos computadores com programações aleatórias, meus filmes serão projetados sobre nós.
WK: Só vendo para crer.
De onde surge inspiração pra fazer as letras?
Paola: Sinapses erradas, eu acho. Tem uma música sobre pedaços de corpos, um esqueleto que vai desmontando... quem pensa isso? A outra é sobre um menino sádico que tortura bichinhos; tem influências das aulas de biologia e dos nomes estranhos e sonoros, teve uma que eu fiz na mesa do bar só porque uma amiga nossa falou que tinha tínitus (uns zumbidos no ouvido). Dez minutos depois tava lá a letra. Acho que o estranho e o insólito me inspiram. E o ruído da TV.
FF: Pra mim ainda não surgiu. Na real, acho que a gente deve começar a musicar conversas e discussões que temos como, por exemplo, o famoso caso da primeira Jelly-groupie que, supostamente, era uma moça sexualmente bem resolvida e devota de estudos antropológicos explícitos, mas que um dia depois foi desmascarada, através do arquivo de 1 terabyte de pornografia do Walter. Era uma farsa, e no final descobrimos ser a dentista-otorrinolaringologista do Walter. A estória teve vários meandros, mas eu me lembro basicamente disso.
WK: Do cotidiano. Das coisas simples. Da falta de perspectiva. Do fato de existir. Da capacidade de rir de si mesmo.
Quando vai ser o próximo show do Jelly? Tem coisa agendada já?
Paola: Pois é, a outra banda deve tocar em dezembro, algumas das músicas deles estrearam na página do Jelly na TramaVirtual, o pessoal que já conhece o Jelly há mais tempo com certeza vai aprovar o repertório dos caras. O Jellyfisherbones deve passar por algumas reformulações e logo logo monta uma bagunça insana pra desconcertar os fãs.
FF: Acho que vamos hibernar um pouco para evitar a over exposição e bafões. Aproveitaremos esse tempo para construir um repertório forte e, no começo de 2006, vamos estourar com performances encantadoras.
WK: Jelly só no ano que vem. Marionetes no final de dezembro.
Vocês tem feito músicas novas?
Paola: Eu tenho algumas letras novas e o WK é um compositor insano. Estamos trabalhando agora nas massas sonoras criadas pelo Fabio Faria, em breve tem Jelly novo pintando na TramaVirtual.
FF: 1, 2, 3, Jelly vai te pegar...
WK: Tenho umas 50 músicas gravadas nesses últimos seis meses. Mas não sei ainda o que vai pro Jelly e o que vai para outros projetos... Mas a idéia é compor novas músicas para as excelentes letras da Paola.
Pra terminar, fale sobre os planos do Jellyfisherbones pro ano que vem.
Paola: Compor, compor, compor. Tocar, tocar, tocar. E montar uma performance insana pra deixar todo mundo de queixo caído no show. Se pá a gente lança o CD também, se só acertar o nome e o repertório.
FF: Hum, há rumores, que nos chegaram através de fãs, que a Cabala não mente.
WK: Ainda é cedo...
Nenhum comentário:
Postar um comentário