quarta-feira, novembro 23, 2005

'Le Figaro': Brasil faz português ficar 'na moda' na França.

da BBC, em Londres

O jornal parisiense Le Figaro afirma nesta quarta-feira que “o interesse pelo Brasil” fez o português ficar “na moda” nas escolas da França.

De acordo com diário, no atual ano letivo, 12 mil alunos escolheram aprender português nas escolas do país, contra dez mil no ano 2000.

Mas o jornal diz que a evolução do ensino da “língua de Paulo Coelho” continua sendo “frágil” na França, porque o número de professores qualificados de português e a oferta de cursos de formação destes profissionais vêm caindo nos últimos anos.

Ainda na França, vale destacar o site do jornal Libération, que abre apenas com uma faixa com a frase “em greve”.

Os funcionários do diário parisiense decidiram cruzar os braços em protesto contra um plano de mandar 52 pessoas embora da empresa.

Prioridades e educação


O jornal espanhol El País publica uma entrevista com o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) em que ele diz que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não prioriza a educação e não está aí para fazer “mudanças sociais”.

Ele diz que “outro presidente” poderia acabar com o analfabetismo “sem problemas em quatro anos”, mas Lula quer apenas “assegurar a estabilidade econômica”.

“Além disso, o PT é submetido às influências de grupos empresariais que são contra a erradicação do analfabetismo, (pois) dizem que é impossível”, afirma Buarque na longa entrevista ao El País.

Ex-ministro da Educação do governo petista, Buarque é apresentado pelo jornal como alguém que consegue falar “por horas” sobre o assunto.

Revolução doce

Na Grã-Bretanha, o The Guardian dedica uma longa reportagem ao uso de álcool como combustível no Brasil.

“O açúcar impulsiona uma revolução nas estradas do Brasil”, diz o título da reportagem.

“Junto com o samba e o futebol, esta é uma área em que o Brasil lidera.”

Mas o jornal diz que há “ceticismo” entre grandes montadoras multinacionais, como a Citroën e a Peugeot, que estão investindo na produção de veículos mais ecológicos, mas têm dúvidas “se o modelo brasileiro pode ser exportado”.

"Deixem Doha fracassar"

Em texto publicado nesta quarta-feira pelo jornal tailandês Bangkok Post, o economista americano Dani Rodrik, um dos mais respeitados especialistas em comércio internacional da atualidade, argumenta que está na hora de deixar a Rodada de Doha da OMC (Organização Mundial do Comércio) dar errado.

Para Rodrik, que é professor da Universidade de Harvard, se isso acontecer, pode ser um caso em que “não há sucesso maior do que o fracasso”.

Ele afirma que “a economia mundial hoje em dia está mais aberta do que nunca”, e que mesmo a liberalização do mercado agrícola nos países ricos teria um impacto global “relativamente pequeno e altamente desigual”.

Um fracasso amigável das negociações, por sua vez, “daria aos negociadores a chance de se concentrar em temas de muito maior importância para os países em desenvolvimento”.

Entre eles estariam a liberalização dos mercados de trabalho dos países ricos e a reformulação das regras da OMC para permitir exceções que ajudem o desenvolvimento dos países pobres.

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