Colaboração para a Folha de S.Paulo
Quando o Nirvana lançou o álbum "Nevermind", em setembro de 1991, seu som mudou para sempre a paisagem do rock e inscreveu o nome de seu líder, Kurt Cobain, na lista dos ícones da música do século 20. A exposição "Nirvana: With the Lights Out", lançada em 27 de outubro na galeria Sony Ericsson Proud Central, em Londres, não chega a tanto, mas é um tributo digno da história do trio de Seattle.
São mais de 60 fotografias, muitas raras e algumas inéditas, tiradas pelo inglês Ian Tilton e o americano Charles Peterson, dois experientes fotógrafos de rock. Em três semanas, ela recebeu mais de 3.500 pessoas e até o encerramento, neste domingo, deve se tornar o maior sucesso de público da galeria em 2005.
Um dos maiores trunfos da exposição é a proximidade que os dois fotógrafos tiveram com a banda desde suas primeiras apresentações. Tilton chegou a dividir um pequeno apartamento em Manhattan com eles e mais uma dúzia de pessoas em 1989, durante os shows de divulgação do primeiro álbum, "Bleach". Depois de clicar bandas como The Smiths e Guns and Roses, ele foi a Nova York fotografar o Nirvana para a revista inglesa "Sounds" e se tornou o primeiro europeu a fazê-lo. "Achei-os jovens, um pouco ingênuos e muito pobres, espremidos naquele apartamento", lembra. "Não desconfiava que um dia fossem fazer tanto sucesso."
Peterson teve um contato ainda mais próximo com a banda, pois morava em Seattle e fotografou todas os grupos que tocavam na cidade no fim dos 80. "O primeiro show deles foi tão horrível que eu nem fotografei. Achei que seria desperdício de filme", diz. Vivendo lá até hoje, Peterson costuma ser lembrado como uma das últimas pessoas a ver Cobain antes de seu suicídio, com um tiro na boca, em abril de 1994. "Eu o vi na rua e fui falar com ele. Estava com uma cara horrível, mas parecia bem. Deu-me seu telefone novo e nos despedimos", lembra. "Claro que não imaginava o que aconteceria dali a alguns dias."
O resultado dessa cumplicidade é uma exposição que, além de resumir a trajetória visual do Nirvana ao longo de seus pouco mais de cinco anos, também realiza um panorama emocional da banda. Há fotos mais óbvias e não menos valiosas, com a banda quebrando tudo no palco, e outras com cenas mais íntimas e familiares, poucas vezes vistas. Diversos momentos de Kurt Cobain estão retratados: desde o sorriso maroto das primeiras sessões de foto para a imprensa até o músico solitário com seu violão, num quarto de hotel, em plena madrugada do Ano Novo de 1993.
Algumas fotos ficaram famosas, como a de Cobain chegando de cadeira de rodas ao palco do Reading Festival de 1992, em Londres. "Havia rumores de que ele não poderia tocar por causa de seus problemas com drogas, por isso fez aquela piada", diz Peterson. Entre as raridades há uma que o mesmo fotógrafo fez de Courtney Love e Cobain de pijama, segurando a filha, Frances, um bebê de um ano na época. "Fui à casa deles reproduzir a colagem para o encarte do "In Utero" [terceiro álbum de estúdio do Nirvana] e só há pouco tempo descobri a foto."
Cobain, obviamente, é uma espécie de protagonista da exposição. "A maioria dos astros de rock tenta esconder suas fraquezas, ele não. Era muito autêntico e real. Acho que por isso ainda é tão lembrado", analisa Tilton, autor de uma das fotos mais marcantes da exposição, na qual o vocalista chora copiosamente ao fim de uma apresentação. "Ele simplesmente saiu do palco, sentou-se no chão e começou a chorar." A exposição não tem previsão de turnê, mas 40 fotos podem ser vistas e compradas no site da galeria
São mais de 60 fotografias, muitas raras e algumas inéditas, tiradas pelo inglês Ian Tilton e o americano Charles Peterson, dois experientes fotógrafos de rock. Em três semanas, ela recebeu mais de 3.500 pessoas e até o encerramento, neste domingo, deve se tornar o maior sucesso de público da galeria em 2005.
Um dos maiores trunfos da exposição é a proximidade que os dois fotógrafos tiveram com a banda desde suas primeiras apresentações. Tilton chegou a dividir um pequeno apartamento em Manhattan com eles e mais uma dúzia de pessoas em 1989, durante os shows de divulgação do primeiro álbum, "Bleach". Depois de clicar bandas como The Smiths e Guns and Roses, ele foi a Nova York fotografar o Nirvana para a revista inglesa "Sounds" e se tornou o primeiro europeu a fazê-lo. "Achei-os jovens, um pouco ingênuos e muito pobres, espremidos naquele apartamento", lembra. "Não desconfiava que um dia fossem fazer tanto sucesso."
Peterson teve um contato ainda mais próximo com a banda, pois morava em Seattle e fotografou todas os grupos que tocavam na cidade no fim dos 80. "O primeiro show deles foi tão horrível que eu nem fotografei. Achei que seria desperdício de filme", diz. Vivendo lá até hoje, Peterson costuma ser lembrado como uma das últimas pessoas a ver Cobain antes de seu suicídio, com um tiro na boca, em abril de 1994. "Eu o vi na rua e fui falar com ele. Estava com uma cara horrível, mas parecia bem. Deu-me seu telefone novo e nos despedimos", lembra. "Claro que não imaginava o que aconteceria dali a alguns dias."
O resultado dessa cumplicidade é uma exposição que, além de resumir a trajetória visual do Nirvana ao longo de seus pouco mais de cinco anos, também realiza um panorama emocional da banda. Há fotos mais óbvias e não menos valiosas, com a banda quebrando tudo no palco, e outras com cenas mais íntimas e familiares, poucas vezes vistas. Diversos momentos de Kurt Cobain estão retratados: desde o sorriso maroto das primeiras sessões de foto para a imprensa até o músico solitário com seu violão, num quarto de hotel, em plena madrugada do Ano Novo de 1993.
Algumas fotos ficaram famosas, como a de Cobain chegando de cadeira de rodas ao palco do Reading Festival de 1992, em Londres. "Havia rumores de que ele não poderia tocar por causa de seus problemas com drogas, por isso fez aquela piada", diz Peterson. Entre as raridades há uma que o mesmo fotógrafo fez de Courtney Love e Cobain de pijama, segurando a filha, Frances, um bebê de um ano na época. "Fui à casa deles reproduzir a colagem para o encarte do "In Utero" [terceiro álbum de estúdio do Nirvana] e só há pouco tempo descobri a foto."
Cobain, obviamente, é uma espécie de protagonista da exposição. "A maioria dos astros de rock tenta esconder suas fraquezas, ele não. Era muito autêntico e real. Acho que por isso ainda é tão lembrado", analisa Tilton, autor de uma das fotos mais marcantes da exposição, na qual o vocalista chora copiosamente ao fim de uma apresentação. "Ele simplesmente saiu do palco, sentou-se no chão e começou a chorar." A exposição não tem previsão de turnê, mas 40 fotos podem ser vistas e compradas no site da galeria
Um comentário:
eu adoro o nirvana e principalmente o kurt cobain...
quer diser eu amo eles mais do tudo nessa vida...
o seu blogger esta mt massa!
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