domingo, novembro 20, 2005

Denarc prende suspeito de liderar a distribuição de maconha no país.

da Folha Online

O Denarc (Departamento de Investigações Sobre Narcóticos) prendeu na sexta-feira (18) o empresário paraguaio Ernesto Pablo Villalba em Foz do Iguaçu (PR). Ele é acusado de ser um dos maiores distribuidores de maconha do país, atuando principalmente no eixo São Paulo-Nordeste.

A chamada operação Foz prendeu mais três supostos integrantes da quadrilha liderada por Villalba e apreendeu 7,5 toneladas de maconha --a droga estava sendo transportada para Natal (RN) em uma carreta de milho.

Segundo a polícia, Villalba era tratado pelos companheiros como "patrão" e transportava a maconha em carretas de produtos agroindustriais, como cereais. No esquema do traficante, as cargas eram acompanhadas de notas fiscais.

"Conseguimos identificar este traficante depois de seis meses de investigações. O Serviço de Inteligência levantou a localização dele e na quinta-feira os policiais viajaram para prender o acusado", disse o diretor do Denarc, Emílio Françolin. "A operação foi um sucesso, pois desmontamos a quadrilha."

Três integrantes da quadrilha de Villalba haviam sido presos no último dia 11 no Bom Retiro (região central de São Paulo) com 300 quilos de maconha. São eles: o músico Assis Soares Viana, o Ceará; o taxista Wilson da Silva; e o ambulante Francismar Lima Ferreira, o Alemão.

Segundo o Denarc, Ceará era quem coordenava em São Paulo o esquema de distribuição de maconha para Natal e Fortaleza (CE). Ele mantinha contato direto com Villalba, definindo quantidade de maconha a ser transportada de Foz do Iguaçu para o Nordeste e o preço a ser cobrado dos compradores.

Villalba está com prisão temporária decretada pela 4ª Vara Criminal de Carapicuíba, na Grande São Paulo, região onde começou a investigação. Os outros três foram presos em flagrante por associação para o tráfico e tráfico de drogas. O Denarc busca ainda Roberto Tenório Bezerra, que pertenceria à quadrilha, e que está com a prisão decretada há um ano.

Os policiais calculam que o bando distribuía aproximadamente 20 toneladas da droga ao mês. Segundo investigações, a droga vem do Paraguai.

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