Confusão na unidade municipal na zona leste teria começado com um estudante jogando comida nos colegas
DANILO ALMEIDA
DO "AGORA"
Um tumulto generalizado na escola municipal Firmino Tibúrcio da Costa, na Vila Matilde (zona leste de São Paulo), terminou em quebra-quebra e com feridos no final da tarde de anteontem.
O refeitório e quatro salas de aula foram depredados. Houve agressão a professores e funcionários e as aulas foram suspensas ontem. Três alunos de 14 anos foram detidos e, por questão de segurança, o diretor foi afastado.
A confusão começou por volta de 17h30 de anteontem, no final do intervalo da 8ª série. Um estudante teria começado a jogar comida nos colegas no refeitório, onde estavam cerca de 120 alunos.
Os estudantes passaram a jogar uns nos outros não só comida, mas também talheres, pratos e até cadeiras. Os alvos seguintes foram as lâmpadas e as vidraças. Alguns alunos começaram a brigar e atacaram quem tentava apartá-los. No boletim de ocorrência do caso, uma servente e um professor aparecem como feridos, mas alunos relatam que mais funcionários sofreram agressões.
De acordo com um aluno que diz ter visto toda a confusão, uma professora teria levado um soco no rosto ao tentar apartar uma briga. "[A situação] ficou totalmente fora do controle", disse.
Do refeitório, a briga se alastrou para o andar de cima, onde ficam as quatro salas de aula da 8ª série. "Lá em cima piorou tudo", recorda. O resultado foi a destruição de mais vidraças, carteiras, provas escolares e outros documentos.
Segundo outro aluno, o quebra-quebra durou "uns 30 minutos" e só foi controlado com a chegada da PM e da GCM (Guarda Civil Metropolitana).
Ao todo, dez adolescentes foram levados para a delegacia -três deles, responsabilizados pelo tumulto, acabaram liberados só com a presença da família. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, eles devem se apresentar hoje na Vara da Infância e Juventude, no Brás (região central).
O Instituto de Criminalística esteve ontem de manhã na escola para avaliar os danos. As aulas devem voltar ao normal hoje.
Muitos pais reclamaram de falta de segurança na escola e da suposta ação de gangues. "Há grupos que controlam a escola", disse a auxiliar de enfermagem Andréa Cappelletti Hamed Alarcon, 35.
Afastamento
A Coordenadoria Municipal de Educação da região da Cidade Patriarca afastou temporariamente o diretor da escola. Segundo a coordenadora Iraildes Meira Pereira Batista, a decisão foi tomada "por questões de segurança". "Nesse período, uma supervisora assumirá a direção", afirmou.
Iraildes afirmou que a coordenadoria vai intensificar os projetos pedagógicos extraclasse nas 114 unidades da zona leste sob sua responsabilidade. "Os alunos precisam preencher o tempo ocioso."
DANILO ALMEIDA
DO "AGORA"
Um tumulto generalizado na escola municipal Firmino Tibúrcio da Costa, na Vila Matilde (zona leste de São Paulo), terminou em quebra-quebra e com feridos no final da tarde de anteontem.
O refeitório e quatro salas de aula foram depredados. Houve agressão a professores e funcionários e as aulas foram suspensas ontem. Três alunos de 14 anos foram detidos e, por questão de segurança, o diretor foi afastado.
A confusão começou por volta de 17h30 de anteontem, no final do intervalo da 8ª série. Um estudante teria começado a jogar comida nos colegas no refeitório, onde estavam cerca de 120 alunos.
Os estudantes passaram a jogar uns nos outros não só comida, mas também talheres, pratos e até cadeiras. Os alvos seguintes foram as lâmpadas e as vidraças. Alguns alunos começaram a brigar e atacaram quem tentava apartá-los. No boletim de ocorrência do caso, uma servente e um professor aparecem como feridos, mas alunos relatam que mais funcionários sofreram agressões.
De acordo com um aluno que diz ter visto toda a confusão, uma professora teria levado um soco no rosto ao tentar apartar uma briga. "[A situação] ficou totalmente fora do controle", disse.
Do refeitório, a briga se alastrou para o andar de cima, onde ficam as quatro salas de aula da 8ª série. "Lá em cima piorou tudo", recorda. O resultado foi a destruição de mais vidraças, carteiras, provas escolares e outros documentos.
Segundo outro aluno, o quebra-quebra durou "uns 30 minutos" e só foi controlado com a chegada da PM e da GCM (Guarda Civil Metropolitana).
Ao todo, dez adolescentes foram levados para a delegacia -três deles, responsabilizados pelo tumulto, acabaram liberados só com a presença da família. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, eles devem se apresentar hoje na Vara da Infância e Juventude, no Brás (região central).
O Instituto de Criminalística esteve ontem de manhã na escola para avaliar os danos. As aulas devem voltar ao normal hoje.
Muitos pais reclamaram de falta de segurança na escola e da suposta ação de gangues. "Há grupos que controlam a escola", disse a auxiliar de enfermagem Andréa Cappelletti Hamed Alarcon, 35.
Afastamento
A Coordenadoria Municipal de Educação da região da Cidade Patriarca afastou temporariamente o diretor da escola. Segundo a coordenadora Iraildes Meira Pereira Batista, a decisão foi tomada "por questões de segurança". "Nesse período, uma supervisora assumirá a direção", afirmou.
Iraildes afirmou que a coordenadoria vai intensificar os projetos pedagógicos extraclasse nas 114 unidades da zona leste sob sua responsabilidade. "Os alunos precisam preencher o tempo ocioso."
Nenhum comentário:
Postar um comentário